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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Por falta de investimento em saneamento, quase 35% dos municípios registram epidemias ou endemias



A precariedade do setor reflete na saúde de adultos e crianças . MP que pode atrair investidores deve ser votada nesta terça-feira, no Congresso


Cerca de 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e quase metade da população não tem serviço de coleta de esgoto. A precariedade do setor no país reflete diretamente na saúde de adultos e crianças em 1.935 dos 5.570 municípios brasileiros, onde foram registradas epidemias ou endemias ligadas a falta de saneamento básico. Reflexo direto da falta de investimentos nos municípios, esse triste quadro estará em discussão no Congresso Nacional, nesta terça-feira (7). 

A comissão especial que analisa a Medida Provisória nº 868, que atualiza o marco regulatório do saneamento básico, votará o relatório do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE), a partir das 14h. A principal mudança da MP na legislação é quanto ao modelo de exploração dos serviços. O saneamento básico é responsabilidade de cada município. Se o mesmo não tem capacidade de oferecer os serviços, a prefeitura pode firmar um contrato de gestão, por exemplo, com a companhia estadual de água e esgoto. 

Este é o modelo mais comum, embora 325 municípios já tenham firmado contratos com a iniciativa privada. Com a MP, os serviços de água e esgotamento sanitário passando a ser tratados como concessões públicas, como já ocorre hoje com os aeroportos, que melhoraram significativamente a qualidade do atendimento após irem para a gestão da iniciativa privada.

De acordo com o parlamentar, a aprovação do texto é uma forma de estancar um problema crônico do país. “Para que essa imensa vergonha nacional, que é a falta de saneamento básico, seja finalmente um programa que obriga a se alcançar objetivos”, ressaltou.

Para a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), os números confirmam que os investimentos em saneamento são prioritários no Brasil e um dos caminhos seria avançar na regulação do setor com a ajuda do setor privado.

Segundo o diretor de Relações Institucionais da Abcon, Percy Soares Neto, a aprovação da Medida Provisória (MP) 868/2018, conhecida como MP do Saneamento, representa um passo importante por meio da abertura do mercado à competição.

“Quanto mais a gente puder, por meio de parceria com o setor privado, desonerar, desobrigar o recurso público de um serviço ou um investimento que pode ser feito com recurso privado, mais fácil será para acelerar investimento nesse setor por um lado, e para que o estado possa realocar esse recurso em outras áreas como saúde, como educação e como segurança”, afirma.


Epidemias e endemias 

Sem recursos para a ampliação das redes de água e esgoto, grande parte dos municípios brasileiros têm sua população exposta a riscos à saúde. Ao todo, 34,7% dos municípios têm ocorrências de doenças causadas pela falta de infraestrutura. São casos de diarreia, leptospirose, cólera, malária, hepatite.
Um dos entraves para a mudança desse quadro é o baixo índice de investimentos no setor. 

Em 2017, foram desembolsados R$ 10,9 bilhões em saneamento, menor valor investido desde o ano de 2010. O custo para universalizar o acesso aos quatro serviços do saneamento (água, esgotos, resíduos e drenagem) é de R$ 400 bilhões até 2036, de acordo com o cruzamento de dados Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS); Instituto Trata Brasil; DataSUS e IBGE. 






Alerta

No ritmo em que está, o Brasil deve atrasar pelo menos em 15 anos a meta do Plano Nacional de Saneamento básico, que é de atender 90% do território com o tratamento e destinação adequada do esgoto até 2033. Estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base no SNIS, estima que essa meta só seja cumprida após 2050.

Na média dos investimentos feitos pelo país entre 2014-2017, seria necessário aumentar a destinação de recursos em cerca de 70% no setor de saneamento básico. Entre 2015 e 2016, os investimentos em água e esgoto no país caíram de R$ 13,26 bilhões para R$ 11,51 bilhões. Vale lembrar que, a cada R$1 investido em saneamento, uma economia de R$ 4 é gerada na saúde, como também mostra o levantamento da CNI.






Associações podem protestar dívidas gratuitamente


O protesto extrajudicial é um meio ágil, seguro e sem custos para quem precisa cobrar uma dívida

Uma associação é uma reunião de pessoas, sem fins lucrativos, em prol de um objetivo. A arrecadação de fundos dentro dessas organizações é feita com a finalidade de mantê-las funcionando. Logo, todo o orçamento é planejado para questões necessárias ao trabalho delas. Nesse cenário, o não recebimento de algum valor pode colocar o trabalho dessas instituições em cheque, colocando em risco sua existência. Uma alternativa, nesses casos, é cobrar as dívidas por meio do protesto extrajudicial, opção gratuita para quem precisa receber um valor em aberto.
Esse instrumento é uma forma segura e legal de intimar um devedor a quitar débito sem que seja necessário acionar o judiciário. O percentual de recuperação de crédito do protesto é alto, ainda nos três primeiros dias uteis. “Essa agilidade é um diferencial, principalmente no caso da associação, que, não raro, precisa receber para continuar com suas atividades”, destaca Eversio Donizete, presidente do Instituto de Protesto de Minas Gerais, entidade que representa os cartórios do estado.
A gratuidade do protesto também é uma vantagem, pois evita que a associação, já desfalcada pela falta de um pagamento, precise desembolsar qualquer quantia para cobrar a dívida. “O protesto em cartórios é uma ajuda importante para as associações e seus representados no recebimento de dívidas e na movimentação das economias locais, principalmente por ser ágil e gratuito, já que a entidade não precisa desembolsar nenhuma quantia para protestar um débito”, complementa.
Um exemplo de uma situação, em que o protesto extrajudicial pode ser utilizado por associações, é quando uma pessoa ou empresa solicita o aluguel de algum espaço de eventos, usa esse espaço e não efetua o pagamento. “Se uma associação, por exemplo, possui um espaço físico, cobra pelo seu uso para eventos, mas não recebe o pagamento, a associação pode cobrar essa dívida em cartório. Nesses casos, a instituição precisa ter um documento que comprove a dívida” explica o presidente do Instituto.
O protesto gratuito está disponível para pessoas físicas e jurídicas, mas quando envolve órgãos públicos, sindicatos, associações e instituições afins é importante consultar a lei, para sondar o que é permitido ou não. No caso de associações que querem cobrar dívidas de seus associados, seja via protesto ou não, é fundamental que a entidade verifique a legislação vigente que a cerca sobre o assunto e ainda seu estatuto social. “Essa postura é fundamental, pois o pagamento de mensalidade à associação, por exemplo, depende da livre e espontânea vontade do cidadão em associar-se. Isso significa que se a pessoa não é associada, ela não pode ser cobrada”, orienta.

Protestar é fácil
Vários documentos podem ser protestados, como cheques, contratos, certidões de dívida ativa, notas promissórias, células de crédito bancário, entre outros. A cobrança dos débitos pode ser feita por meio do site www.protestomg.com.br ou pessoalmente, nos cartórios. Nesse caso, é necessário apresentar um documento que comprove a dívida. No site, ainda é possível consultar se existe protesto relacionado àquela pessoa ou àquela empresa, por meio do número de cadastro de pessoa física ou jurídica (CPF/CNPJ), de forma gratuita e sem necessidade de cadastro.



Dez dicas de cuidados nas compras para o Dia das Mães


Advogado especializado em Defesa do Consumidor tem e-book gratuito com dicas

            O Dia das Mães de 2019 deve movimentar mais de R$ 24 milhões no comércio, segundo dados divulgados pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), sendo que 78% dos consumidores devem realizar pelo menos uma compra no período.
            O consumidor deve estar bem informado e ter cautela nas compras, pois a segunda maior data do varejo brasileiro deve ser encarada como uma oportunidade de fazer um bom negócio e evitar “pegadinhas” ou danos materiais.
            Antes de sair para as compras, é bom ler o e-book do advogado Sérgio Tannuri, especialista em Defesa do Consumidor, com as orientações básicas e dicas preciosas para fazer a melhor compra e não ter dor de cabeça futura com reclamações ou prejuízos.
            “Em geral, os consumidores vão para shopping ou lojas de departamentos, mas temos verificado o aumento das compras online. O e-book “O dia é das Mães e o direito é de todos!” tem dicas simples, mas o principal é oferecer informação para ter cuidado antes de sair para a compra e não ser lesado. A linguagem é de fácil entendimento e acessível para qualquer pessoa”, explica Dr. Sérgio Tannuri.



10 Dicas para compras no Dia das Mães

Compras em lojas físicas


·         Quando o preço da etiqueta é diferente do valor cobrado no caixa, o preço menor prevalece;
·         Quando comprar peças de roupa, preste atenção na qualidade dos tecidos, das costuras, botões, fechos e outros detalhes. Saiba que o fornecedor somente é obrigado a trocar se a roupa estiver com defeito;
·         No caso de eletrônicos, peça ao vendedor que demonstre como se usa o aparelho – em caso de eletrodomésticos, preste atenção se a voltagem é a mesma da casa de destino;
·         Na compra de algum móvel, teste a sua resistência de acordo com a finalidade (sente-se, deite-se, apoie-se etc.);
·         Verifique todas as condições de pagamento – quando possível, prefira o pagamento à vista e peça desconto. Exija a nota fiscal do pedido, que deverá constar modelo, marca, cor, valor e data da entrega.

 Compras em ambiente digital 

·         Pesquise a reputação da empresa em sites de reclamações antes de realizar uma compra ou contratar um serviço. O consumidor pode checar os dados cadastrais de uma empresa acessando: www.registro.br;
·         Só compre em sites que tenham o ícone de um cadeado fechado no alto do seu navegador de acesso à internet. Ao clicar no cadeado, deve aparecer o certificado de segurança do site. Isso significa que é um ambiente virtual seguro e os dados do seu cartão não serão abertos;
·         Antes de concluir a compra, verifique se há despesas com fretes e taxas adicionais, bem como o prazo de entrega da mercadoria ou execução do serviço. Se a mercadoria chegar depois da celebração do Dia das Mães, a empresa não só poderá ser obrigada a devolver o valor pago pela mercadoria, inclusive com o valor do frete incluso, como também o cliente terá direito à reparação pelas perdas e danos, por ver frustrada a sua pretensão de presentear (artigo 35 do CDC);
·         Imprima o pedido ou contrato firmado ou arquive em meio digital seguro que permita uma futura impressão. Guarde a confirmação do pedido com o número do protocolo, descrição dos itens comprados e o prazo de entrega;
·         Em compras online, há o “direito de arrependimento”: o consumidor pode devolver o produto ou cancelar o serviço - sem dar nenhuma satisfação - e obter o seu dinheiro de volta. O direito de arrependimento só pode ser aplicado para compras feitas fora do estabelecimento comercial e com a peça (no caso de mercadoria) intacta e sem uso. O prazo para o arrependimento é de 7 (sete) dias, contados a partir da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço, de acordo com o artigo 49, do Código de Defesa do Consumidor.


Unesco confirma avaliação final do Sítio Roberto Burle Marx como Patrimônio Mundial em 2020



É oficial: a candidatura do Sítio Roberto Burle Marx, em Barra de Guaratiba, Rio de Janeiro (RJ), será analisada durante a 44ª reunião do Comitê do Patrimônio Mundial, em 2020. A confirmação chegou nesta segunda-feira, dia 29 de abril, por meio de carta para a embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, delegada do Brasil para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A próxima etapa será a realização da missão de avaliação técnica do Sítio por especialistas do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos).

O Sítio onde Burle Marx morou até o final de sua vida está sob a gestão do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Guarda uma exuberante coleção botânico-paisagística, com mais de 3,5 mil espécies de plantas tropicais cultivadas. A propriedade constitui o maior e mais importante registro de memória da vida e obra do artista, mundialmente reconhecido por sua extensa produção no campo das artes visuais. O conceito de jardim tropical moderno, que é sua criação, representou mudança de paradigma no paisagismo mundial, rompendo com a tradição de jardins clássicos e românticos do século XIX e início do XX. 

“Quem conhece a obra de Roberto Burle Marx não tem dúvidas a respeito do valor universal do Sítio como Patrimônio Cultural, diante da qualidade da obra do paisagista, de grande visibilidade e reconhecimento no Brasil e no mundo. Alguns visitantes fazem contato do exterior, solicitando o agendamento de visitas, com meses de antecedência. A inscrição na lista do Patrimônio Mundial representará o reconhecimento da importância do Sítio para a humanidade, o que, além de reforçar sua preservação, trará ainda mais visitantes para este local extraordinário, que o Iphan cuida há tanto tempo”, declara a diretora do Sítio, Claudia Storino. Em 2021, se for oficializada a nomeação pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Comitê do Patrimônio Mundial irá avaliar a candidatura do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.


Musealização

Em outubro de 2018, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 5,4 milhões para o projeto de requalificação do Sítio Roberto Burle Marx. Os recursos são destinados para a produção de uma série de projetos de museologia, design, sustentabilidade, arquitetura e outros. A proposta é melhorar o atendimento ao público, e implementar as condições de trabalho para a equipe. O investimento contempla os projetos executivos de reforma do prédio administrativo e de construção de um novo bloco, com refeitório, vestiários, almoxarifados, além de espaço específico para a pesquisa botânica, com herbário, laboratórios e salas de trabalho.

O Sítio vai ganhar um novo projeto museológico, com educação patrimonial, acessibilidade, comunicação, conservação de acervos e redefinição dos percursos de visitação. O público poderá ter acesso a materiais de apoio à visitação, como audioguias, recursos destinados à acessibilidade, como um mapa tátil, e reproduções de obras para manuseio. O investimento vai garantir também a produção de um livro sobre o Sítio, para que o visitante possa levar para casa como recordação.

Ainda em 2019, a casa principal onde morava Burle Marx receberá novo tratamento museográfico, possibilitando aos visitantes percorrer a casa livremente. O espaço vai ganhar nova iluminação, além de recursos visuais e sonoros, para garantir ao público uma nova experiência em contato com a casa. 





Valor universal

O dossiê de candidatura do Sítio Roberto Burle Marx como Patrimônio Mundial, desenvolvido pelo Iphan, defende o seu valor universal excepcional. O Sítio é um testemunho do intercâmbio de valores humanos, um exemplo representativo do paisagismo moderno e do pioneirismo de Burle Marx na preservação ambiental. 

O Sítio Roberto Burle Marx é exemplo para o mundo de um espaço em que o estudo e a experiência paisagística da flora e da fito-ecologia tropical serviram de base para um intercâmbio de valores humanos que influenciaram a direção da modernidade e a visão de paisagismo no Brasil e no mundo. A partir desse espaço único difundiram-se importantes ideias sobre coleção botânica, paisagismo, design de jardins, horticultura, preservação arquitetônica, planejamento urbano, articulação entre diferentes manifestações artísticas e pensamento ecológico.

A concepção de jardim tropical moderno foi desenvolvida por Burle Marx a partir de suas experiências no local, passando pela compreensão da natureza como, a um só tempo, espaço físico heterogêneo e criação cultural, exuberância natural e forma moderna. O Sítio Burle Marx é, assim, um laboratório que modificou a história do paisagismo internacional.


47% dos jovens da Geração Z não realizam o controle das finanças, aponta pesquisa CNDL/ SPC Brasil


Estudo revela que a maioria dos jovens com idades entre 18 e 24 anos têm alguma fonte de renda e ajudam nas despesas de casa, mas, apesar da conectividade, usam papel para organizar o orçamento e guardam dinheiro de forma conservadora


Praticamente metade dos jovens com idades entre 18 e 24 anos, nascidos dentro da chamada Geração Z e considerados os primeiros nativos digitais, tendo crescido em um ambiente com acesso a grandes quantidades de informação, recursos tecnológicos e propensão ao auto aprendizado, não realiza o controle das finanças pessoais (47%). A principal justificativa é o fato de não saber fazer (19%), sentir preguiça (18%), não ter hábito ou disciplina (18%) ou não ter rendimentos (16%). Por outro lado, 53% afirmam controlar receitas e despesa, e apesar de bastante conectados, 26% ainda utilizam o tradicional bloquinho de papel para organizar o orçamento.

Oito em cada dez entrevistados garantem ter alguma fonte de renda (78%), sendo que a maior parte (36%) trabalha com carteira assinada e 23% estão alocados em trabalho informal, fazendo bicos ou atuando como freelancers. Em contrapartida, 22% não têm rendimentos. O estudo mostra, ainda, que dos jovens que afirmam ter dinheiro guardado (52%), a maioria investe em opções pouco ou nada rentáveis: 53% mantém os valores na poupança, 25% guardam em casa e 20% na conta corrente.

Os dados foram levantados em uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que avaliou hábitos de gestão das finanças pessoais desse grupo. A pesquisa integra o convênio Políticas Públicas 4.0 (PP 4.0), firmado entre o Sistema CNDL e o Sebrae, e pretende coletar insumos para a proposição de políticas públicas que contribuam com a melhoria do ambiente de negócios no país e, consequentemente, apoiem o desenvolvimento do varejo.

O estudo também revela que 65% dos jovens da Geração Z contribuem financeiramente para o sustento da casa. Considerando os gastos mensais pagos com o próprio dinheiro, nove em cada dez mencionam ao menos alguma despesa, sendo que as mais comuns são: alimentação (51%), roupas, calçados e acessórios (43%), produtos de higiene e beleza (34%), TV por assinatura ou internet (31%) e contas de serviços básicos como água e luz (27%). Por outro lado, 11% têm todas as despesas e gastos mensais pagos por terceiros.


Quem é a Geração Z?

A Geração Z reúne os nascidos entre 1995 e 2010, que hoje têm entre nove e 24 anos – sendo que a pesquisa considerou os jovens de 18 a 24 anos. São considerados os primeiros nativos de um ambiente tecnológico definido pela mobilidade digital e pela onipresença da internet e das conexões em rede. Como consequência da hiperconectividade, é a primeira geração a crescer e chegar à vida adulta tendo acesso online e instantâneo, desde cedo, a grandes quantidades de informações.

“A Geração Z está vivendo seu período de formação intelectual num contexto social e cultural de intensas transformações, em que a todo momento surgem produtos e serviços mediados pela tecnologia. Esses jovens prometem ser a próxima grande força indutora do consumo e, na verdade, já tomam parte em muitas das decisões de compra de suas famílias”, comenta o presidente da CNDL, José Cesar da Costa.


Metade dos jovens da Geração Z possui dinheiro guardado e maioria se revela conservadora com os investimentos

Pouco mais da metade dos jovens entrevistados possui dinheiro guardado (52%), sendo as principais motivações os acontecimentos imprevistos (33%), viagens (21%) e compra da casa própria (19%). 85% guardaram os próprios recursos, enquanto 20% obtiveram esses recursos financeiros dos pais. Mas mesmo com acesso a grandes quantidades de informação, estes jovens investem em opções pouco ou nada rentáveis, com claro predomínio do uso das modalidades mais tradicionais: 53% mantém os valores na poupança, 25% guardam em casa e 20% na conta corrente. Entre os motivos de quem não guarda nenhuma quantia, 51% afirmam que nunca sobra dinheiro, 22% não têm disciplina para juntar dinheiro e 19% sentem-se desestimulados e sem esperança de juntar um bom valor a longo prazo por sobrar pouco dinheiro.

Em relação aos hábitos de consumo, 56% admitem que costumam ceder aos impulsos quando querem muito comprar algo, enquanto 47% às vezes perdem a noção de quanto podem gastar com atividades de lazer e 34% gostam de ter um produto que a maioria dos seus amigos têm. Três em cada dez admitem que a forma como gastam o dinheiro é motivo para brigas frequentes com pais, familiares ou cônjuge (32%).

Quatro em cada dez entrevistados já estiveram com o nome negativado (37%). Ao comentar as razões para os compromissos financeiros não pagos, os jovens mencionam a perda do emprego (24%), o fato de não terem planejado os gastos ou terem gasto mais do que podiam (21%) e o empréstimo do nome para terceiros (20%).

“Embora a crise econômica e desemprego elevado ajudem, em parte, a explicar as dificuldades financeiras dos jovens, é preciso ressaltar a importância de investir na formação e na educação financeira dessa parcela da população. A seu favor eles têm a enorme familiaridade com a tecnologia e o pensamento lógico, a fluidez ao transitar entre os ambientes físico e o online, a aptidão intrínseca para absorver e compreender novas formas de interação social mediadas pelos aplicativos e ferramentas online, bem como para colocar ideias novas em prática”, comenta Costa.


Somente um em cada quatro se prepara para a aposentadoria

A pesquisa revela que 75% não se preparam para a aposentadoria. Dentre os que realizam algum preparo, a estratégia mais comum é a aplicação em poupança (26%), o INSS pago pela empresa (21%) – que não reflete um investimento deles mesmos –, a Previdência Privada (21%), a abertura do próprio negócio (21%) e o INSS pago de forma autônoma (19%).

As razões apontadas pelos que se preparam para a aposentadoria envolvem julgar que sempre foram precavidos (35%), espelhar-se em exemplos de pessoas que não se prepararam e tiveram problemas financeiros (22%) ou mesmo em pessoas que se prepararam e, por isso, tiveram uma aposentadoria tranquila (18%). Por outro lado, aqueles que não se preparam argumentam não ter renda (27%), o fato de ser cedo, pois ainda são muito jovens (27%), não sobrar dinheiro (24%) e não saber como fazer (21%).

“É importante observar que os jovens precisam ter objetivos financeiros claros e aprender a controlar o imediatismo e os impulsos de consumo, evitando gastos excessivos desde cedo para que não se tornem hábitos e comprometam a saúde financeira e o atingimento de metas no futuro”, afirma Costa.

Apesar das justificativas para o despreparo, muitos sabem que essa negligência pode provocar efeitos negativos no futuro: 26% acreditam que quem não se prepara não poderá viver com tranquilidade na terceira idade, 25% consideram que o padrão de vida pode cair depois de aposentado, 16% julgam que não poderão parar de trabalhar e 13% que precisarão contar com ajuda financeira de familiares e amigos para se manter.

“A implantação de políticas públicas que não somente conscientizem os jovens, mas incentivem o letramento financeiro e eduquem quanto ao uso do dinheiro é fundamental para evitar problemas financeiros futuramente. Ao mesmo tempo, são necessárias propostas de intervenções práticas no sentido de incentivar comportamentos adequados e o autocontrole nas decisões de gastos. Medidas como a reserva automática de uma parte dos ganhos e a adesão automática a planos de previdência nas empresas e para empreendedores, por exemplo, estimulando o preparo para a aposentadoria e evitando que na velhice toda uma geração venha a depender do Estado ou da ajuda de terceiros”, acredita Costa.


34% possuem cartão de crédito digital com abertura e operação via internet

A pesquisa também buscou entender como se comportam os jovens brasileiros desta nova geração em relação ao acesso e posse de instrumentos financeiros, bem como a adesão frente as instituições financeiras digitais, uma vez que muitos já integram a força de trabalho e possuem renda. Dos entrevistados, 65% já possuem conta corrente, 42% têm cartão de loja e 22% limite extra de cheque especial em uso no momento. Praticamente seis em cada dez possuem cartão de crédito (57%). Destes, um terço tem um cartão digital com abertura e operação via internet (34%), enquanto 25% dos que têm conta bancária possuem somente em formato digital; e 12% dos que têm algum investimento fizeram em fintechs ou startups do segmento financeiro.

Considerando as dívidas declaradas pelos entrevistados, independentemente de estarem em dia ou não, as mais mencionadas são as parcelas do crediário ou carnê (26%), os empréstimos pessoais ou consignados (21%) e as parcelas de financiamento de automóvel (21%).

“Esses jovens precisam de orientação sobre uso responsável do crédito e do dinheiro. Quanto mais as ferramentas se tornarem rápidas e intuitivas, quanto mais fácil se tornar a abertura de uma conta corrente ou a realização de um investimento, maior deverá ser o conhecimento em relação às consequências da má gestão financeira. Além disso, políticas claras e regras de conduta devem pautar as instituições públicas e privadas que lidam com a concessão de crédito, para que haja critérios justos e responsáveis, ajudando o jovem no uso consciente dos instrumentos de crédito, na manutenção da própria saúde financeira, e evitando o endividamento e a inadimplência”, argumenta Costa.




Metodologia

A pesquisa ouviu 801 jovens brasileiros, com idade entre 18 e 24 anos, residentes em todas as capitais. Homens e mulheres pertencentes a todas as classes econômicas e escolaridades. A margem de erro no geral é de 3,5 pontos percentuais, a um intervalo de confiança de 95%. 




Planejamento para poupar mais: consultor enumera dicas para construir um colchão financeiro para 2020


Consultor financeiro e autor do livro "Conquiste Mais: como realizar seus sonhos, gastando melhor o seu dinheiro", Guilherme de Almeida Prado - fundador da Konkero, maior portal de finanças pessoais do Brasil -, aponta as dicas para mudar o comportamento em relação ao dinheiro, criar uma nova disciplina e construir um colchão financeiro para 2020. O livro pode ser baixado, gratuitamente, no link https://www.konkero.com.br/financas-pessoais/economizar/baixe-agora-e-de-graca-o-livro-que-te-ensina-a-dominar-as-financas


No início de 2018, pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) mostrou que 56% dos entrevistados tinha interesse em investir nos 12 meses seguintes. Ao repetir o levantamento em 2019 – com 3.452 entrevistas em 152 municípios do país –, comprou-se que apenas 8% da população economicamente ativa conseguiu, efetivamente, guardar dinheiro. Na análise de Guilherme de Almeida Prado, a educação financeira é um desafio a ser enfrentado no país, sobretudo porque o interesse por finanças é ditado por uma situação extrema, ou seja, somente quando o problema surge.  E quais seriam as explicações para tal comportamento? A hipótese do consultor e autor do livro Conquiste Mais: como realizar seus sonhos, gastando melhor o seu dinheiroé que o modelo comportamental deriva de uma junção de fatores que passam, inclusive, pelo repertório histórico que temos. Sim, a História do Brasil foi determinante para moldar o hábito de não poupar.

Na análise do consultor financeiro, o histórico de inflação alta estimulou a população a comprar. O país passou dezenas de anos lidando com alta de preços, influenciando diferentes gerações. Apesar da inflação ter sido controlada em 1994 – ou seja, há 25 anos –, 70% da população brasileira atual tinha 15 anos ou mais quando a inflação foi controlada. Na prática, a maioria da população ainda se lembra de como era esse período e passa essa informação e comportamento para as gerações posteriores. Ainda dentro do contexto histórico, houve o confisco da poupança no governo Collor. Apesar de ter devolvido o dinheiro, ficou a sensação de que quem consumia – e não tinha nada guardado – não foi prejudicado. “Um outro fator, mais ligado à afetividade do nosso povo é a solidariedade entre famílias e amigos: quem poupa acaba tendo que ajudar quem não guarda dinheiro. E, se não ajudar, é considerado egoísta, mesquinho, muquirana. Poupar não traz status social: a pessoa que poupa é vista como aquele que não aproveita a vida; uma pessoa sovina e desprovida de interesse pelas coisas boas da vida. E ninguém quer ser visto dessa forma, correto?”, questiona Almeida Prado.

Abaixo, as dicas dadas pelo especialista em finanças pessoais para melhorar a vida financeira por meio do hábito de poupar. As dicas estão alinhadas aos capítulos do livro: definir as metas(o que quer conquistar, quando quer conquistar, descobrir o custo de cada conquista e alternativas para alcançar a conquista); cuidar do dinheiro(cortar gastos em excesso, cortar compras, identificar vantagens gratuitas, definir recompensas para as economias e controlar melhor os gastos); conquistar seus sonhos(pesquisar antes de comprar, negociar e fechar). “Minha experiência com finanças mostra que uma família com renda de R$ 3 mil mensais consegue melhorar cerca de 20% a vida financeira. Isso significa que essa família pode ter R$ 600 reais a mais, todos os meses, se conseguir colocar em prática as diferentes a mudança de comportamento em relação ao dinheiro – o que representa um ganho de R$ 7.200,00 em um ano e R$ 36 mil em cinco anos”, afirma.


DICA #1 | Estabeleça um motivador e comunique.Defina uma conquista financeira que você deseja realizar ao longo de 2019 – pode ser fazer um intercâmbio, uma viagem com a família ou quitar as dívidas – e estabeleça o valor que precisa economizar para realizar. Divulgue a meta para a família e amigos, pois isso ajuda a criar um compromisso social para que seja realizado.


DICA #2 |Reveja gastos.Analise todos os gastos e comece a renegociar – solicite isenção de anuidade do cartão de crédito; diminuição do custo da conta bancária; a mensalidade de academia ou escola; reveja e renegocie planos de internet, tevê e celular. A ideia é avaliar os gastos fixos e enxergar potencial para cortes e negociação.   

    
DICA #3 |Analise os gastos do último mês. A proposta é analisar os gastos no mês anterior e enxergar os ralos, ou seja, onde estão os gastos que podem ser reajustados ou cortados.


DICA #4|Lembre-se da meta todos os dias. É muito comum estabelecermos várias metas nos primeiros meses do ano e esquecermos ao longo dos meses. Para combater esse comportamento, espalhe a meta escrita pela casa (na porta da geladeira, por exemplo) e na carteira. Visualizar a meta de poupança faz toda a diferença.


DICA #5 |Marque na agenda. Uma vez por mês, avalie como está a evolução do hábito de poupar. Reveja a meta e tente superar o previsto. Segundo Guilherme de Almeida Prado, as cinco dicas são complementares e têm o objetivo de reforçar um comportamento poupador. “A proposta é mudar o comportamento financeiro e para isso é necessário revisar, constantemente, todas as ações envolvendo dinheiro. Essa avaliação e o hábito de sempre checar os gastos são determinantes para a conquista de uma vida financeira mais equilibrada”, finaliza.



 Guilherme de Almeida Prado - Com mais de 15 anos de experiência empreendedora, Guilherme de Almeida Prado é empreendedor de negócios de impacto social serial. Fundou a Konkero – portal com a missão de transformar a vida financeira de milhões de brasileiros –, a KeroGrana e a Central da Catarata. O especialista em finanças pessoais é graduado e mestre em Administração de empresas pela EAESP-FGV.




Konkero
www.konkero.com.br

DIGA FORO DE SÃO PAULO, MOÇA!


        A jornalista arregala os olhos, tranca os lábios e sacode a cabeça em sinal negativo. “Diga, moça, você verá que não dói”, insisto eu. Mas ela persiste na recusa. Eu volto: “Ao menos diga que o PT e o Partido Comunista Cubano são responsáveis por isso que você está descrevendo”. Nada. Palavra alguma, também, sobre comunismo, sobre Lula, sobre Fidel. Na voz daqueles analistas, a ditadura venezuelana parecia um desses vulcões simpáticos que posam para fotografia de turistas e, subitamente, começam a cuspir fogo vindo do nada.
        Aliás, durante todo o programa entretive esse diálogo mental com a apresentadora enquanto ela e seus colegas se revezaram em merecidas e pesadas críticas à ditadura venezuelana, hoje com Maduro, ontem com Chávez, mas ignorando as causas do que está em curso naquele país.
Aprendamos, pois, com Aristóteles e esclareçamos o que o mutismo dos analistas escondeu. O velho grego ensina haver quatro tipos de causas para que as coisas existam. Elas são materiais, formais, eficientes e finais. Assim, a causa material do que acontece na Venezuela, sua substância, chama-se comunismo.  A causa formal, que determina sua essência, talvez por saltar aos olhos, era o único tópico reconhecido pelos analistas: ditadura com apoio militar. As causas eficientes, aquelas que explicam como a coisa tomou a forma atual, eram as que a moça, em meu diálogo mental, se recusava a admitir: o Foro de São Paulo, o regime e o governo cubano, o apoio do petismo quando governou o Brasil, e mais Lula, Fidel e Raúl Castro. E a causa final, razão de existir, é a manutenção de um grupo político no poder por tempo indeterminado, evoluindo na direção do partido único, que submeta a si todas as instituições do país.
Longe de mim a ideia de ensinar a moça a ajudar na sua missa diária. Quem realmente dirige o rito sabe o que está fazendo, tem seus motivos e quaisquer outros ficam fora de cogitação.
Minha intenção, por outro lado, é muito prática. Ao mostrar o que a moça estava omitindo, assim como o bebê que tranca os lábios ante uma colher de sopa de potinho, estou aproveitando o noticiário destes dias para revelar as terríveis consequências das ações dos agentes malignos que se congregaram no Foro de São Paulo no longínquo ano de 1980.
O Brasil petista, o protagonismo de Lula nas eleições venezuelanas, os “financiamentos” a fundo perdido proporcionados pelos governos brasileiros e os cambalachos a eles relacionados foram causa eficiente da tragédia venezuelana.  Esconder estas realidades da opinião pública, calar a respeito delas e jamais mencionar o Foro de São Paulo, é também ocultar parte das causas da crise em que nosso próprio país foi jogado.



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar


Dicas para as mulheres equilibrarem a vida pessoal e profissional


Diante da tripla jornada diária, a psicóloga Fernanda Tochetto, sugere que as mulheres compartilhem angústias e tarefas


Mais um Dia das Mães está chegando. E com a proximidade da data comemorativa é natural que se jogue luz com mais intensidade nas dificuldades enfrentadas pela mulher no mundo contemporâneo, no qual ela se vê obrigada a dividir-se em múltiplas tarefas, tais como: mãe, trabalhadora e - muitas vezes - a única responsável pelos afazeres domésticos. Ciente destes percalços, a psicóloga, Fernanda Tochetto, sugere alguns passos que devem ser dados pelas mulheres a fim de obter um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

O primeiro passo é aprender a cuidar mais de si própria, ou em outras palavras, gostar mais de si mesma. “Não esqueça das coisas que te fazem bem e procure fazê-las não para os outros, mas para si mesma”, recomenda Tochetto. Assim, exemplifica a psicóloga, na sua rotina diária, procure encontrar um tempo, minutos que sejam, para movimentar o corpo, preparar sua alimentação, estudar ou cuidar do seu relacionamento.

Mas a tarefa não é automática. Segundo Tochetto, para saber o que faz bem a elas, as mulheres precisam olhar para dentro de si próprias, para as suas jornadas, para a forma como estão realizando as suas tarefas. Dessa forma, refletirão se estão agindo mais em benefício de outras pessoas do que de si mesmas. “Se estão esquecendo de si próprias certamente tornarão sua rotina mais difícil, pois a tendência e que se sintam mais exaustas e desgastadas”, afirma.

Na esteira deste primeiro passo, Tochetto recomenda mais um outro ligado à autorreflexão: estar conectada com seu porquê. De acordo com a psicóloga, a ciência de suas reais motivações faz com que a mulher e mãe tenha uma vida pessoal e profissional menos custosa. “Por que você deseja ter um relacionamento, uma família, trabalhar com o que você está trabalhando? Se você descobre quais as razões para sair de casa e para retornar, tudo se torna bem mais fácil”, destaca.

O autoconhecimento também é importante para que as mulheres consigam identificar as rotinas que fazem mal a elas e bloqueiam suas trajetórias rumo ao equilíbrio. Conforme Tochetto, ao olhar para a própria história, para o passado, identificando o agente gerador de mágoas e ressentimento, a mulher se torna mais apta a exercitar o perdão e prosseguir a vida com leveza. “É pouco provável que você plante, construa, faça qualquer coisa boa em um terreno que não está fértil, apto para isso”, diz.

O terceiro passo essencial é compartilhar as angústias e, ao fazer isso, dividir as tarefas. “Faz toda a diferença na jornada da mulher repartir com a família. Os desafios, os sonhos, as razões sobre a importância de desempenhar diferentes papéis e assim chegar a acordos de como as coisas precisam funcionar em casa, na esfera da profissão, no dia a dia de uma forma geral”, afirma Tochetto.

Caso não haja um parceiro ou parceira com que dividir os afazeres, a psicóloga sugere que a mulher, mãe e profissional avalie diligentemente quais tarefas fazem parte de sua rotina diária e identifique as pessoas mais adequadas a ajuda-la na realização. De acordo com Tochetto, o importante é delegar aquilo que for possível, o que não precisa ser feito somente por você e que está levando a um desgaste, seja a compra do mercado, seja o cuidado dos filhos, seja a forma de conduzir a organização de sua casa, sejam as atividades de sua produção laboral. “Caso pense que é a única que pode fazer determinada tarefa, que o mundo vai acabar se alguém fizer aquilo que apenas você sempre fez, sugiro que experimente para ver o que acontece. Delegue e acompanhe”, diz.

Ao partilhar as responsabilidades, a mulher alivia sua rotina, de forma a conseguir direcionar o tempo para estudos ou atividades que desenvolvam alguma área específica de sua vida. “E para que essa divisão de tarefas dê certo, aprenda a aceitar como a pessoa designada as executa. Lembre-se que cada um desenvolve a atividade de acordo com suas habilidades”, alerta a psicóloga.

Com mais tempo para viver de maneira adequada as diversas atividades da sua vida, a mulher precisa prestar atenção em mais alguns detalhes no sentido de ter um dia mais produtivo. Conforme Tochetto, o primeiro detalhe é focar no mínimo necessário das tarefas que precisam ser entregues, dedicar-se e se tornar um especialista no assunto. “Quão melhor você saber determinado tema, maior a chance do resultado ser positivo”, observa.

Outra dica para melhorar a produtividade é estabelecer padrões, rotinas e estratégias. Segundo a psicóloga, é preciso planejar sua rotina desde a hora que acorda até o momento que vai dormir. Sua disposição mental no início do dia certamente definirá como irá trabalhar no restante dele. “Preste atenção para como inicia o dia, quantas horas dorme, como se alimenta, como gerencia se cotidiano. Você estabelece padrões ou faz todo dia de uma maneira? Você é aquela que sai atrasada, arrumando desculpas, justificando-se? Se é! Está aí a sua grande dificuldade”, afirma.

A terceira dica nesse sentido é reflexo da segunda. De acordo com Tochetto, é preciso priorizar a organização, investindo tempo e disposição no planejamento das atividades. “É necessário ter bem definidas as tarefas, as metas, as minimetas, as ações diárias, as estratégias de entrega, e os resultados”, observa a psicóloga, sugerindo que, após a elaboração do planejamento, este seja colocado em um lugar físico, tais como agenda, caderno, aplicativo de smartphone etc. “É preciso tirar essas coisas da mente, deixando-a livre para fazer o seu trabalho”, diz.

Em um cenário onde a mulher tem de dividir suas atenções entre o ambiente profissional, doméstico e a criação dos filhos, é comum e até previsível que apenas a sua boa vontade não seja suficiente para que ela seja bem-sucedida. A ajuda do outro é sempre bem-vinda para que mais mulheres não desistam de seus sonhos, como não ter filhos por conta da profissão ou abandonar a profissão para cuidar dos filhos. “A família e os amigos desempenham um papel importante nesse sentido. Eles devem estar presentes, atentos para os reais motivos que fazem uma mulher deixar um plano de lado, ouvindo-a e questionando-a a respeito. Não existe problema que não possa ser superado com um pouco de boa vontade, diálogo e principalmente amor”, conclui Tochetto.


domingo, 5 de maio de 2019

BOA MÃE E BOA PROFISSIONAL

Por muitas gerações a prioridade das mulheres, mesmo as que trabalhavam, era a família. Atualmente, o desafio é maior, já que a figura feminina ganha cada vez mais participação no mercado de trabalho, inclusive em cargos de liderança em organizações de todos os tamanhos e segmentos. Ao mesmo tempo, cresce também a relevância das mulheres dentro de casa, sendo elas muitas vezes, responsáveis pelo sustento das famílias.

Conscientes da força desta importante mão de obra e, principalmente, sabendo que para determinadas atividades a presença feminina é fundamental, algumas empresas passaram a ser mais flexíveis e dispostas a negociar condições para que suas funcionárias possam desempenhar, sem culpas, as atividades de mãe como, por exemplo, horários flexíveis, creche na empresa, homeoffice, extensão da licença maternidade, entre outros benefícios.

Por outro lado, realmente não deve ser fácil ter que decidir entre uma proposta tentadora de novo cargo e aumento de salário, em troca de abdicar de mais tempo com a família, até por isso, justificam-se pesquisas que comprovam que os salários das mulheres ainda são menores que dos homens. Isso acontece, pois as empresas têm basicamente quatro “moedas” para oferecer: dinheiro, segurança, status e aprendizado. Quem gosta mais de dinheiro inconscientemente deixará em segundo plano as outras moedas, abrindo mão principalmente da segurança que significaria estabilidade e mais tempo para dedicar à família. Há mais homens ganhando mais e em cargos de chefia, pois eles, ao contrário das mulheres, culturalmente priorizam a carreira e colocam a família em segundo plano.

Para aquelas mães que pensam em aliar o crescimento profissional à dedicação aos filhos, o ideal é avaliar bem qual moeda de troca ela dará prioridade em sua carreira. Normalmente, a escolha pela segurança é quase instintiva. Como têm uma sobrecarga muito maior de tarefas que a dos homens, elas tacitamente aceitam ganhar menos em troca de uma carreira que lhe dê mais segurança e flexibilidade para suas múltiplas jornadas. Não há nada de ruim nisso e uma opção não é melhor que a outra, apenas consequências e tudo tem seu preço.

Já quem está disposta a investir mais tempo na carreira, precisará ter uma boa retaguarda (cuidadores confiáveis, escola em período integral, por exemplo) ou então optar por trabalhar por conta própria, situação que pode definir os horários e jornada de trabalho conforme a idade dos filhos. Não é fácil ser mãe quando os filhos ainda são pequenos e ter uma vida profissional intensa, mas é possível, com uma estratégia bem pensada,  atingir os objetivos mais no longo do que no curto prazo, pois afinal os filhos crescem e carreira continua por décadas.





Eduardo Ferraz - consultor em Gestão de Pessoas há 25 anos e especialista em treinamentos usando como base a Neurociência comportamental. Acumula mais de 30.000 horas de experiência prática em empresas de vários segmentos.  É pós-graduado em Direção de Empresas e autor dos livros “Por que a gente é do jeito que a gente é?”,Vencer é ser você” e “Seja a pessoa certa no lugar certo”, pela Editora Gente. Para mais informações,
www.eduardoferraz.com.br ;  www.facebook.com/eduardoferrazconsultor

CINCO DICAS DE COMO ECONOMIZAR NO PRESENTE DE DIAS DAS MÃES



O Dia das Mães é a data que mais aquece o comércio e o varejo no primeiro semestre, seguido da Páscoa. De acordo com estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em parceria com a Boa Vista SCPC, os presentes para esse dia das mães devem ser mais modestos devido ao atual cenário econômico.


Pensando em ajudar os filhos que querem agradar suas mães, mas não extrapolar nas contas, levantamos cinco dicas que podem ajudar no presente ideal:

1)     Não tenha preguiça de comparar preços: pesquisa e planejamento são fundamentais para conseguir enxergar oportunidades dos melhores negócios online. Por meio de ferramentas online disponíveis no mercado é possível selecionar o produto desejado e acompanhar sua oscilação de preços, para adquiri-lo no melhor momento;

2)     Faça uso dos programas de fidelidade: ao longo do ano você se cadastrou em programas de fidelidade dos seus e-commerces favoritos? Então este pode ser um ótimo momento para usar os descontos, benefícios e serviços que eles oferecem. E-commerces de moda, por exemplo, podem oferecer vouchers para um dia de spa. Um presente que toda mãe adoraria;

3)     Outlets estão cada vez mais em alta: ficou para trás a época que outlets eram significado de peças ruins ou com defeitos. O mercado de outlets no Brasil cresceu significativamente e tem atraído cada vez mais consumidores. Esse movimento vale para os e-commerces de outlets também, que proporcionam uma economia ainda maior do que as lojas físicas;

4)     Compras parceladas nem sempre são as melhores escolhas: ao pesquisar por produtos no imenso mar de e-commerces disponíveis pode ser tentador optar pelo parcelamento das compras. Porém, essa pode ser uma armadilha. É preciso prestar atenção aos juros que podem ser incluídos no valor final, refazer as contas e ver se realmente vale a pena essa forma de pagamento;

5)     Redes Sociais podem ser um ótimo canal de comunicação: vivemos em um mundo totalmente conectado e as redes sociais são um dos canais mais utilizados para comunicação. Marcas que atuam com e-commerces costumam manter suas páginas sempre atualizadas e podem, inclusive, oferecer vantagens e exclusividades para seus seguidores;

Queremos, com essas dicas, ajudar os consumidores a consumidor de forma consciente nas mais diversas datas sazonais que temos durante o ano. Dessa maneira, conseguiremos sanar as demandas de consumo e alavancar o mercado de e-commerce nacional.





Patrick Nogueira - fundador do Baixou, uma startup do Espírito Santo especializada em ferramentas online que monitoram a variação de preço de mais de 3 milhões de produtos, em todo varejo nacional. Seu plugin chamado “Baixou Agora” tem mais de 75 mil instalações e avisa aos usuários, antes das compras online, se aquele é o menor preço encontrado em lojas virtuais. A startup está sendo acelerada pela “Start You Up”, no Brasil e de Junho e Setembro de 2013 participou do processo de aceleração da “Plug and Play Tech Center”, no Vale do Silício.



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