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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Especialista condena cirurgia experimental para redução de peso que está dando o que falar



Conhecida por interposição ileal, procedimento não é autorizado pelo Conselho Federal de Medicina. Cid Pitombo, referência nacional e internacional em cirurgia bariátrica e médico dos atores André Marques e Leandro Hassum, não recomenda o uso da técnica e alerta: "Por ser ainda uma pesquisa, pacientes não podem pagar pela interposição”


Um quinto da população brasileira adulta está obesa, revela estudo publicado em revista científica internacional no ano de 2016. Isso equivale a quase 30 milhões de pessoas, o que coloca o país entre os mais obesos do mundo, ficando atrás somente da China e dos Estados Unidos. O culto ao corpo também é uma marca da sociedade brasileira e, portanto, não são pouco frequentes o surgimento de fórmulas, dietas e até procedimentos que prometem eliminar gordura em pouco tempo. Está aí o risco.

Nas últimas semanas a imprensa começou a repercutir casos de pacientes que supostamente morreram após passar pelo procedimento chamado de interposição ileal com o objetivo de reduzir peso e controlar o diabetes. Trata-se da extração de parte do estômago e a colocação do íleo entre o jejuno e o duodeno (parte superior do intestino). Este procedimento não é autorizado pelo Conselho Federal de Medicina.

O dr. Cid Pitombo - recordista de cirurgias bariátricas pelo Sistema Único de Saúde – alerta que a interposição ileal não passou por todos os testes de eficácia e riscos necessários para a segurança dos pacientes. Por ser um procedimento praticamente irreversível, tem altos riscos e pode levar a graves consequências.





“Para se ter uma ideia, a técnica de cirurgia bariátrica por videolaparoscopia que hoje utilizo começou a ser pesquisada em 1966 e apenas na década de 90 passou a ser um procedimento autorizado. Não há estudos suficientes sobre o protocolo da interposição ileal, muito menos a medida dos riscos que o paciente é submetido”, explica o dr. Cid Pitombo, responsável pela cirurgia bariátrica de sucesso nos atores André Marques e Leandro Hassum.


Por ser algo experimental, antes de operar um paciente com a técnica da interposição ileal o médico precisa pedir autorização à Comissão de Ética e Pesquisa (Conep), órgão vinculado ao Ministério da Educação. Além disso, a pessoa precisa estar ciente de que se trata de um teste, concordar com os riscos e nada pode ser cobrado dela. Ou seja, paciente não pode pagar nenhum valor de cirurgia, nem de material ou internação.

Ele orienta os pacientes a sempre questionarem os médicos antes de decidir por um procedimento: “Tem que perguntar se a cirurgia que está sendo sugerida é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina.” 




Pitombo é o recordista de cirurgias bariátricas do SUS - Cid Pitombo é o criador do Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica que mantém a média de 40 pacientes operados por videolaparoscopia por mês no Hospital Estadual Carlos Chagas, no Rio de Janeiro. Já passaram pelo procedimento quase 1.600 pacientes do Sistema Único de Saúde. 






Excesso de peso na mochila escolar prejudica saúde de crianças e adolescentes



O uso contínuo da mochila pesada pode causar desvios posturais, dores e até doenças mais sérias na coluna, como hiperlordose e escoliose

Cadernos, livros, estojos e apostilas, sobrecarregam a mochila dos alunos, e o peso transportado por eles diariamente preocupa pais, professores e especialistas. Pesquisas mostram que alguns estudantes chegam a carregar mais de cinco quilos em material escolar, muito acima do recomendado. A Sociedade Brasileira de Ortopedia prevê que cerca de 70% dos problemas de coluna na fase adulta, são causados pelo peso e esforços repetitivos na infância e adolescência, sendo comum ver nos consultórios uma maior movimentação de estudantes se queixando de dores, durante o período letivo.

De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), a mochila transportada não pode ultrapassar 10% do seu peso corporal. “O peso carregado nas mochilas também deve ser bem distribuído. Por exemplo, mochilas com uma alça só acarretam sobrecarga em um lado do corpo, podendo causar desvios posturais graves”, explica o fisioterapeuta especializado em ortopedia, traumatologia e esportes e sócio-fundador da Club Físio, André Nogueira.

As consequências desse peso abusivo são progressivas e chegam a criar problemas graves de saúde. Segundo Nogueira, os primeiros sintomas são dores na coluna “A dor, causada pelo excesso de peso, pode gerar complicações na qualidade de vida do estudante, afetando seu rendimento na escola, no esporte e nas atividades diárias. Em longo prazo, o aluno pode ter alterações posturais, tais como escoliose, hiperlordose e hipercifose”.

A preocupação em torno do excesso de peso nas mochilas já é realidade no Congresso Nacional e em alguns colégios da capital paulista. Um projeto de lei, aprovado pelo Senado, tem o objetivo de delimitar o peso da mochila utilizando como parâmetro 10% do seu peso corporal.

Para que seus alunos transitem sem peso todos os dias, a Escola Internacional de Alphaville, instituição bilíngue localizada em Barueri, na Grande São Paulo, oferece armários individuais para que os alunos deixem seus materiais na escola, levando em conta sua saúde. “Em nossa escola, os materiais são armazenados em armários individuais, nos quais podem guardar livros, cadernos, estojo, etc., para que não precisem transportar estes itens diariamente. Os alunos levam para casa somente o que será necessário para a realização das lições ou estudar para alguma avaliação.”, afirma Lígia Diniz, coordenadora do Junior 3, 4 e 5 (3º, 4º e 5º anos do Ensino Fundamental). Lígia conta que a Escola já foi elogiada sobre a iniciativa dos armários. “Sabemos do peso desse material e do quão desnecessário é para uma criança carregá-lo em suas mochilas”.

Além dos armários, também é recomendado por docentes e especialistas que os alunos utilizem a mochila de rodinhas. “Todas as vezes que alguma família nos questiona sobre qual mochila é a mais indicada, recomendamos este modelo, sem dúvida. Desta forma, as crianças não carregam nas costas um peso muito maior do que o recomendado para cada faixa etária”.

Já no Colégio Mary Ward, localizado no Tatuapé, em São Paulo, o horário de aulas no início do ano letivo é elaborado levando em conta a praticidade e a viabilidade do uso de alguns materiais e a frequência com que os mesmos são levados à escola, no caso de trabalhos e lições de casa. “A escola disponibiliza “colmeias” onde a criança deixa na escola o material que não utilizará em casa para estudos. Vale ressaltar que seguir o horário de aulas é sempre importante para não trazer à escola materiais excedentes e realizar uma compra consciente, pois alguns materiais utilizados na confecção de malas, mochilas e estojos, por serem mais resistentes acabam sendo mais pesados, mesmo estando vazios”, ressalta o diretor pedagógico César Marconi. 

Para finalizar, o fisioterapeuta André Nogueira, indica, além da mochila de rodinhas, “levar apenas o material necessário para o dia de aula; evitar mochilas com apenas uma alça; e manter a mochila justa nas costas da criança (nunca na altura do bumbum ou pernas)”.





Volta às aulas: o que fazer para a criança não sentir falta dos pais?



Ficar longe dos filhos depois de um período de intenso relacionamento, durante as férias de verão, pode ser sofrido para os pais. Mas, o fim das férias deixa, principalmente, um vazio e causa ansiedade nas crianças, que podem ficar resistentes na volta às aulas, devido à insegurança em relação ao novo. “O que as aflige é perder hábitos livres e divertidos, que tiveram no período das férias, além dos momentos mais próximos com os pais”, explica a psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro.

Segundo a especialista, não existe uma fase para surgir esse medo. “Pode acontecer em qualquer idade. As crianças menores tendem a sofrem mais, pois não têm noção de tempo. Eles não entendem que é apenas um momento do dia longe dos pais”, afirma. “Por isso, é importante iniciar a reorganização das rotinas diárias alguns dias antes da volta às aulas, para que a mudança aconteça aos poucos e o sofrimento seja menor”, completa. 

Confira algumas dicas da especialista para facilitar a adaptação: 


- Incentive a criança a ir à escola, converse sobre as coisas legais que ela poderá fazer lá e sobre os amigos que encontrará; 

- Diga que entende seu medo e que também sentirá saudades, mas que isso não é algo ruim, pois estarão juntos novamente ao final do dia; 

- Se a escola permitir, leve seu filho até a sala de aula ou do berçário. Converse com a professora, participe e seja presente, principalmente nos primeiros dias; 

- Transmita confiança. Esteja no horário combinado para buscá-lo e, se for atrasar, avise seu filho ou peça para que a escola repasse o recado, para que ele se sinta seguro. Se possível, busque-o mais cedo na primeira semana para terem mais tempo juntos; 

- Não compense a ida da criança à escola com presentes ou doces. Isso não ajuda em nada. Muito pelo contrário! A criança perceberá que pode continuar com esse comportamento para ganhar o que quer; 

- Tenha paciência. Diferentemente dos adultos, as crianças não levam muito tempo para se adaptar às mudanças. O fundamental é que os pais ou responsáveis sejam amorosos e tolerantes;

- Não demonstre seu medo e insegurança para a criança. Nem sempre o que você sente é aquilo que seu filho irá sentir. O que você passa para ele, com certeza, ele irá perceber.






Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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