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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Saque do FGTS pode beneficiar lojistas, diz pesquisa


FCDLESP aponta que pagamento de dívidas está no topo da lista de prioridade dos consumidores, seguido por compras em datas sazonais

Em julho, o governo anunciou duas opções para saques de contas ativas e inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), sendo elas o saque imediato e o saque de aniversário. Segundo uma pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), a prioridade dos consumidores é o pagamento de dívidas, que podem devolver o crédito a eles, seguido por compras, que podem movimentar o comércio.

Para os lojistas, as vendas podem ter potencial de crescimento de 2%, pois alguns consumidores podem fazer o saque imediato e sacar até R$ 500,00. “Em 2018, cerca de 62 milhões de pessoas fecharam o ano no vermelho, por alguma conta atrasada e com o CPF negativado. Esse número representa mais de 40% da população brasileira, segundo SPC. Por se tratar de um valor extra, que certamente não estava previsto no planejamento mensal, grande parte dos que optarem pelo saque imediato provavelmente irão quitar débitos, gerando assim uma normalização nas linhas de créditos”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff.

A pesquisa foi realizada com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo, que enviaram dados locais como, percentual de crescimento das vendas, repercussão da notícia na região, pontos positivos com a atualização do saque e qual data será mais beneficiada no segundo semestre.


Região Metropolitana de São Paulo 

Na região metropolitana de São Paulo, as expectativas para as vendas são de um crescimento mínimo, quando comparadas ao interior e litoral do estado. As CDLs de Itaquera e Guarulhos preveem um crescimento de 2%, mas as datas mais beneficiadas se diferem, para Itaquera será a Black Friday e Guarulhos o Dia das Crianças.

Para a CDL de Taboão da Serra, o crescimento pode ser de 3%, devido à notícia ter repercutido de forma positiva na região.  Já a CDL de São Mateus prevê um crescimento de 5%, pois como o nível de endividamento das famílias está alto, o recurso adicional terá um impacto positivo, resultando em um percentual maior de consumidores com poder de compra com base no crédito, explica o presidente da CDL, Marcelo Dória.

Na região do Grande ABC Paulista, as CDLs de São Bernardo do Campo e Diadema estimam um crescimento entre 2% e 3%. Marcos Vicente, presidente da CDL de Diadema, explica que a atualização do FGTS soou de forma tranquila na região, apesar de ter sido uma surpresa para todo e a opção mais utilizada será do saque imediato.

Já a CDL de São Bernardo do Campo, acredita que os consumidores optaram pelo saque de aniversário, que corresponde em sacar uma parte do FGTS todos os anos, em troca, perde-se o direito de sacar todo o valor do fundo se for demitido. Para a CDL de São Caetano do Sul, Mauá e Casa Verde, os consumidores podem optar pelo saque imediato, porém não haverá um crescimento nas vendas devido à prioridade pelo pagamento das dívidas.


Interior

As expectativas de vendas para a região de Bauru permanecem estáveis. A região acredita no aumento somente se houver alguma sobra do valor sacado, pois a prioridade está em pagar as dívidas. “Em pouco tempo, cada inadimplente poderá se tornar um cliente ativo novamente, após o pagamento dos débitos”, comenta o presidente da CDL de Bauru, Odair Secco.

Já para CDL de Pederneiras, localizada na região de Bauru, a opção do consumidor será o saque imediato e o crescimento nas vendas será de 3%. Para a CDL de Franca, a notícia na região gerou muitas dúvidas, mas a princípio a população irá pagar suas pendências financeiras. Sendo assim, não há perspectivas de crescimento nas vendas para o comércio local.

Na região de Sorocaba, o saque imediato pode ser a opção utilizada pelos consumidores, visto que a cultura do comércio local, quando as pessoas recebem dinheiro extra, é utilizá-lo. Provavelmente o Dia das Crianças deve ser a data mais próxima quanto a vendas.


Litoral 

A CDL de Santos-Praia está com altas expectativas quanto às vendas, segundo o presidente Nicolau Miguel, o crescimento esperado pode ser de 5%. “Qualquer dinheiro extra que entra na conta do consumidor pode gerar um aumento nas vendas, pois fomenta o comércio”, acredita.   

Para a CDL de Bertioga, o crescimento será pequeno, em torno de 2%. “Primeiramente os consumidores irão pagar suas contas atrasadas, para a liberação do crédito e, com isso, voltarão a consumir”, comenta a presidente da CDL, Adriana Dias.

Já a região do Guarujá acredita numa pequena movimentação quando se refere a compras. A expectativa é de crescimento de 2% e a data que mais pode se beneficiar é o Dia das Crianças, segundo o presidente da CDL, Orlando João.

5 passos para construir a cultura startup


A cultura de uma empresa pode fazer ou destruir um negócio. Nenhuma novidade até aí. Mas em uma era marcada pela inovação e pela entrada dos millennials no mercado, conhecer algumas nuances da chamada cultura startup pode ajudar, e muito, a pavimentar o caminho de qualquer empresa para o sucesso. Por isso, separei cinco lições que podem te ajudar no processo de repensar alguns hábitos organizacionais. Confira!



#1. Esqueça o plano de negócios.
Aquele calhamaço de papel para realizar as projeções de longo prazo do negócio foi trocado pela metodologia lean. A ideia é validar as premissas básicas de um negócio ou projeto, com pequenos experimentos, antes de se investir nela. Esse processo de validação deverá envolver o mínimo possível de tempo e dinheiro, para fazer os ajustes necessários o quanto antes. Se você quer testar um novo produto ou serviço com uma base de clientes que você já tem, por exemplo, você poderia enviar um email marketing em que eles podem se cadastrar numa lista de espera. Se não houver aderência, essa pode não ser a melhor ideia; se houver, tem algo de interessante nessa oferta.  


#2. Pare de punir o erro.

No mundo corporativo, o erro é punido. Dependendo do tamanho do erro, isso pode custar até o emprego. Isso pode não parecer muito relevante, mas entenda: uma pessoa jamais será criativa se ela tiver medo de errar. Para ser criativo você precisa estar aberto à possibilidade de estar enganado. Uma cultura de inovação, pelo contrário, abraça o erro. Errar, especialmente num ambiente controlado, é a melhor maneira de aprender.


#3. Não confunda criação com gestão.

Criar um negócio e gerir um negócio demandam competências bem diferentes. Por isso, é importante colocar as pessoas certas à frente de cada um dos desafios. Na essência, um bom gestor otimiza resultados e recursos em um contexto estático. O mercado, os concorrentes, o produto e os processos estão dados; ele precisa extrair o máximo disso. Um empreendedor, pelo contrário, é um desbravador de possibilidades. Ele precisa pensar de maneira flexível e integrada, testando constantemente caminhos completamente contraditórios entre si.


#4.  Flexibilidade para mudar de rumo.

E esse é talvez um dos maiores aprendizados que podemos ter com uma startup. Companhias tradicionais, muito em função de terem sido criadas em um contexto analógico, têm processos e estruturas organizacionais mais rígidas; nas startups tudo é mais maleável. Isso permite que elas tenham uma agilidade muito maior para promover mudanças e reagir a alterações drásticas de mercado. E em um mundo acelerado como o nosso, essa capacidade é fundamental.


#5. Compreenda que nada é para sempre.

Muitas vezes, o produto que levou a sua empresa ao sucesso é justamente o que está no caminho da sua sobrevivência no futuro. Às vezes precisamos matar o produto que nos levou ao topo, por mais doloroso que isso seja. Se a sua empresa não inova, muito provavelmente outra companhia virá e tomará seu lugar.

O caso mais emblemático disso é a Blockbuster.  Uma companhia gigante, com uma grande clientela fiel e que morreu em pouquíssimos anos, quase de maneira surreal. A grande ironia dessa história é que uma tal de Netflix fez uma oferta para ser comprada pela gigante em 2000, que rejeitou a proposta por achar o streaming de filmes "nichado demais". Se a Blockbuster tivesse tido a coragem de recriar seu negócio, talvez fosse ela que nós assistíssemos para ver a última temporada da Casa de Papel.


 
André Arcas - Fundador e coach de palco da Arcas Treinamentos. Advogado formado pela USP, estudou empreendedorismo e inovação por Stanford, negociação em Harvard, storytelling pela IDEO e PNL (Programação Neuro-Linguística) na SBPNL.

 

Divórcio: tentativa de fraude na divisão de bens pode levar ao prejuízo


 Advogada alerta sobre atitudes próximas à data do divórcio que podem configurar má-fé na intenção de diminuir os direitos de um dos cônjuges no momento da partilha dos bens


A união de duas pessoas em um casamento é feita visando um futuro juntos e na expectativa de que seja eterno. Porém, com as adversidades do cotidiano, não é sempre que esse desejo se cumpre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE),  aumentou em 8,3% o número de divórcios e reduziu em 2,3% o número de casamentos; a proporção é de três casamentos para cada divórcio. A separação nem sempre acontece sem que uma das partes tente dissimular fatos para lucrar na divisão de bens.

Além dos patrimônios pessoais que o casal pode acumular durante a união, em alguns casos, os parceiros podem ainda ser sócios em uma empresa. Segundo Natália Marques, advogada do escritório Dosso Toledo Advogados, nessa condição as dúvidas e os conflitos são ainda mais recorrentes.

Na tentativa de atenuar os problemas e preservar as partes envolvidas, tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado um projeto de lei que determina que o cônjuge que sonegar bens no momento de dissolução do casamento perderá o direito sobre eles (PL 2.452/2019). A proposta, da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), aguarda designação do relator.

O projeto que sugere alteração no Código Civil estabelece que, comprovada a prática de sonegação, o cônjuge prejudicado terá o direito de ficar com o bem encoberto. “Essa lei é importante, uma vez que não é difícil ver casos em que, já antevendo a separação, uma das partes na sociedade de determinada empresa faz uso de manobras irregulares para tentar ‘diminuir’ o patrimônio que fará parte da partilha”, ressalta Natália.

Uma das maneiras adotadas para evitar o prejuízo pessoal decorrente do divórcio é, às vésperas da separação, o marido ou a esposa simular sua “saída” da sociedade, de modo que suas cotas na empresa não sejam incluídas na divisão de bens. “A pessoa pode, ainda, tentar fraudar documentos contábeis e informações financeiras com o intuito de demonstrar uma realidade diferente e atribuir um falso valor para essas cotas, mais baixos do que seriam de fato. Essas situações infelizmente são comuns, sendo inclusive retratadas na dramaturgia”, explica a advogada.

Ainda segundo a especialista, a informação sobre os rendimentos e aquisições materiais do casal é algo que deveria estar sempre em pauta durante o casamento. “É fundamental observar a situação dos bens e a ocorrência de mudanças abruptas, tais como a venda, diminuição súbita de receitas e a adoção de manobras suspeitas que possam afetar a futura divisão do patrimônio.” Uma vez que essas situações forem identificadas, o juiz do divórcio deve ser alertado sobre a possibilidade de ocorrência de fraude.

Natália ressalta que, se comprovada a irregularidade na partilha, o juiz pode desconsiderar a situação atual apresentada pela parte que está omitindo informações financeiras. “Por exemplo, caso seja comprovado que o cônjuge vendeu cotas da sua empresa às vésperas da separação apenas com o intuito de tirá-las da partilha, sem de fato deixar de atuar como sócio, o juiz poderá simplesmente desconsiderar a transação.”


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