OMS destaca que a taxa de infecções
hospitalares no Brasil é quase três vezes superior ao recomenda pela
instituição, atingindo até 14% entre pacientes internados, enquanto a
recomendação é de 5%.
Hoje, dia 12 de maio é celebrado o Dia
Internacional da Enfermagem, uma data que homenageia Florence
Nightingale, a visionária que revolucionou os cuidados hospitalares e deu
origem à enfermagem moderna.
No Brasil, mais de 3,2 milhões de enfermeiros, registrados nos
27 Conselhos Regionais de Enfermagem do país, atuam como verdadeiros heróis
anônimos que vão muito além de administrar medicamentos e monitorar sinais
vitais. Esses profissionais criam conexões humanas, acolhem com empatia e
transformam a ciência em uma ponte para o bem-estar de milhões de brasileiros.
Em muitas instituições, eles representam entre 60% e 70% do atendimento ao
paciente.
A história de Florence Nightingale, que reduziu a mortalidade de
42% para apenas 2% ao aplicar medidas simples, como a lavagem das mãos, durante
a Guerra da Crimeia, em 1854, demonstra o poder de ações que parecem pequenas,
mas salvam vidas. Hoje, essa prática é reconhecida pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) como uma das mais eficazes na prevenção de infecções hospitalares.
Dados da OMS — Organização Mundial da Saúde (2022) — revelam
que, em países de baixa e média renda, de 7 a 10 em cada 100 pacientes hospitalizados
adquirem uma infecção relacionada à assistência à saúde. No Brasil, até 14% das
internações podem evoluir para infecções da corrente sanguínea, pneumonia
associada à ventilação mecânica e infecções do trato urinário relacionadas ao
uso de cateteres.
Em um
relatório mais recente, divulgado em 2024, a OMS destaca que a taxa de
infecções hospitalares no Brasil é quase três vezes superior ao recomendado
pela instituição, atingindo até 14% entre os pacientes internados, enquanto a
recomendação da OMS é de 5%.
Outro fato
preocupante é a resistência aos antibióticos, que causa 1,27 milhão de mortes
diretas e indiretas anuais no mundo, além de contribuir para mais de 4,19
milhões de outras mortes.
Valorizar a
enfermagem é garantir a segurança do paciente. Profissionais
bem treinados, valorizados e envolvidos nas decisões estratégicas das
instituições de saúde são essenciais para elevar a qualidade do cuidado. Como
destaca Alessandra Roscani, enfermeira e Diretora de Comunicação da SOBRASP, “a
cultura da segurança deve ser prioridade em todas as instituições de saúde. A
prevenção de infecções está diretamente ligada à qualidade do cuidado, e a
enfermagem é protagonista nesse processo.”
A cultura da segurança deve ser prioridade em todas as
instituições de saúde. “A prevenção de infecções está diretamente ligada à
qualidade do cuidado, e a enfermagem é protagonista nesse processo”, finaliza
Alessandra.

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