Com o aumento das ações de fiscalização e deportação em Portugal, brasileiros que desejam residir no país precisam estar atentos às regras e procedimentos atuais para evitar problemas legais. Segundo Marcial Sá, advogado especialista em Direito Internacional do GodkeLaw - Portugal e especialista em Direito Migratório., o processo de migração envolve etapas essenciais: solicitar o visto adequado ao propósito da viagem — seja trabalho, estudo ou investimento — junto ao consulado português no Brasil, e, após entrada no país, solicitar a autorização de residência junto à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Dados recentes indicam que Portugal planeja
deportar até 18 mil imigrantes ilegais, reforçando o rigor das ações de
fiscalização. A principal causa de deportação de brasileiros, explica Sá, é a
permanência irregular, seja por entrada sem visto, por visto vencido ou por não
renovação da autorização de residência. Erros na documentação, como passaporte
vencido ou visto incorreto, também aumentam o risco de detenção e deportação.
Marcial Sá reforça que entrar como turista com a
intenção de regularizar a situação posteriormente é uma estratégia de alto
risco, pois a fiscalização tem se tornado mais rigorosa. Em caso de detenção
por irregularidade, o brasileiro deve exercer seu direito à defesa, procurar
auxílio jurídico especializado e buscar recursos legais para regularizar sua
situação.
Dicas para brasileiros que
desejam migrar para Portugal:
Solicite o visto adequado: Antes de viajar, obtenha o visto correspondente ao seu propósito
(trabalho, estudo, investimento) junto ao consulado português no Brasil. Não
tente regularizar sua situação após a entrada, pois isso aumenta o risco de
irregularidade.
Mantenha a documentação em dia: Verifique a validade do passaporte e demais documentos necessários
para a solicitação de visto e autorização de residência. Documentos vencidos ou
incompletos podem levar à deportação.
Respeite os prazos e
procedimentos: Após entrar em Portugal com o visto legal,
solicite a autorização de residência na AIMA, seguindo rigorosamente os prazos
estabelecidos. Evite entrar como turista com intenção de regularizar
posteriormente.
Tenha meios de subsistência: Comprove que possui recursos suficientes para se manter no país,
conforme exigido pelo tipo de visto, para evitar problemas na permanência.
Procure orientação jurídica
especializada: Em caso de detenção ou dúvidas, consulte um
advogado especializado para garantir seus direitos e buscar recursos legais
adequados.
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