De acordo com estudo realizado pela consultoria Neura, setores como alimentação, saúde e mobilidade são afetados por novos costumes
Pensando em garantir um amanhã menos resistente a mudanças é que a Neura, consultoria de estudos comportamentais e porquês, utiliza a pesquisa proprietária, A Permanência da Impermanência, para mapear o impacto do conceito nas diferentes esferas da vida. Com a transformação dos hábitos da sociedade, que pensa em viver mais e melhor, a consultoria reforça como a impermanência pode ser aplicada nas esferas da saúde, moradia, trabalho, mobilidade e alimentação, transformando a forma como a população enxerga a existência como um todo.
Segundo o estudo, realizado em 2024 e em parceria com a PiniOn, plataforma de levantamentos com mais de 3 milhões de usuários, 80% da população acredita que é possível se preparar para viver mais e melhor, mas apenas 4% das pessoas relatam que sempre se planejaram para isso. A pesquisa também traz análises e reflexões sobre o desafio de diminuir a influência de termos perenes, como envelhecimento e longevidade, e potencializar o termo Impermanência nas vidas, negócios e marcas.
“Precisamos entender e discutir sobre esse conceito. Apesar do termo não ser muito usado atualmente, ele está presente em tudo e será cada vez mais difícil ignorá-lo. Entender e aceitar a impermanência nos ajuda a refletir sobre como é possível impactar pessoas e organizações para um amanhã menos resistente a mudanças e, assim, trazer uma nova maneira de enxergar a vida, a sociedade e a forma como consumimos”, afirma Andre Cruz, fundador e CEO da Neura e expert em Neurociência e Comportamento.
Como
resultado, a análise traz insights e reflexões sobre o impacto da impermanência
nas diferentes áreas da vida do indivíduo, demonstrando algumas alterações de
hábitos que irão moldar o comportamento social nos próximos anos. São elas:
- A saúde impermanente:
No
novo modelo desse coletivo, o levantamento revela que a saúde estará muito
relacionada com a prevenção e os tratamentos personalizados para cada
necessidade e fase da vida, levando em conta necessidades física, mental
e social do ser humano. Nesse contexto, algumas inovações intensificam a saúde
impermanente:
- Saúde regenerativa: reavaliação e restabelecimento de hábitos constantemente;
- Saúde remota: exploração da telemedicina como democratizador da área;
- Saúde monitorada: uso de novas tecnologias para acompanhamento contínuo e profundo;
- Saúde holística: considerando o ser humano como um todo (físico, mental, social etc)
e integrando essas diferentes áreas para o tratamento - que interagem
entre si (medicina, psicologia, nutrição, etc);
2.
Moradia
impermanente:
“Tudo
o que falamos aqui é sobre adaptação e, nesse caso, não seria diferente. Os cômodos
mudam de uso, as pessoas alteram as vontades e os moradores podem mudar também.
Com isso em mente, surgem opções diferentes para cada necessidade - moradias
compartilhadas, sob demanda, intergeracional, multifuncional e assistida”,
completa Cruz.
3.
Trabalho
impermanente:
Esse
conceito, de acordo com o estudo, traz sistemas mais flexíveis, adaptáveis e
menos hierarquizados. Com foco em colaboração, equilíbrio entre a vida pessoal
e profissional, cuidado com a saúde mental e aprendizado constante, o modelo
permite a diversidade de gerações, adaptabilidade para sistemas remotos,
autonomia dos profissionais e dinamismo. “Precisamos garantir que as pessoas
participem ativamente na construção dessa nova ordem”, comenta Andre
Cruz.
4.
Mobilidade
impermanente:
Tendo
em vista as necessidades coletivas, segundo o levantamento, essa área traz mais
acessibilidade, sustentabilidade e democratização. “Em um cenário de consolidação
da vida urbana com seus respectivos problemas de custos e impacto cada vez mais
complexos na vida social, a mobilidade do futuro precisa ser mais limpa,
coletiva, sustentável e acessível, garantindo o direito básico de ir e vir de
todo cidadão. Isso é sobre investir em conexão humana. É hora de criar espaços
para discutir como desenhar o futuro e não ignorar o que vem pela frente”,
acrescenta o CEO.
5.
Alimentação
impermanente:
Com tendências como qualidade, consciência e sustentabilidade, esse modelo busca mais equilíbrio e pensa em melhorar, a longo prazo, o padrão de vida da população. “Neste aspecto é importante falarmos também sobre a personalização. Cada organismo responde de forma diferente e absorve os alimentos de maneiras distintas, por isso, precisamos reforçar que, como tudo na impermanência, a comunidade será moldada pela adaptação”, complementa Andre Cruz.
Por
fim, o CEO ainda ressalta que além da impermanência poder ser aplicada em todas
as esferas da vida e que, com os avanços tecnológicos e a mudança da
necessidade da população, ela está cada vez mais presente. “Entender as diferentes
maneiras de encarar a existência é o primeiro passo para começar a mudar
hábitos e se desprender das antigas amarras da vida. A sociedade mudou e, agora,
exige uma nova dinâmica cultural que não pode ser ignorada. A vida não é uma
linha contínua, mas sim uma jornada. A morte não é apenas o nosso ponto de
chegada. Somos diferentes, impermanentes e flexíveis e, por isso, precisamos
nos permitir viver o momento e aceitar as mudanças”, finaliza Andre Cruz.
Neura
Mais informações acessar o site da organização.
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