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Planejamento e
escolha adequada dos materiais e espécies vegetais são fundamentais para o
sucesso do projeto
A arquitetura contemporânea tem abraçado soluções
inovadoras para tornar os espaços urbanos mais sustentáveis e harmoniosos. Uma
dessas tendências que cresce no mundo inteiro são os telhados verdes,
coberturas vegetadas que unem estética e eficiência ambiental. De residências a
edifícios comerciais, escolas e museus, essas estruturas vivas vêm conquistando
cada vez mais adeptos, proporcionando benefícios que vão desde a redução da
temperatura dos ambientes até a valorização do imóvel.
“Além de sua beleza exuberante, um telhado verde
funciona como um isolamento térmico e acústico natural, reduzindo
significativamente a necessidade de climatização artificial e contribuindo para
o conforto ambiental da construção”, explica Rose Chaves, arquiteta e
especialista em design de interiores. Segundo ela, essas coberturas também
melhoram a qualidade do ar, ajudam no controle da umidade e ainda favorecem a
biodiversidade, atraindo pássaros, insetos polinizadores e pequenos animais
para os centros urbanos.
A arquiteta explica que criar um telhado verde
exige planejamento e a escolha adequada dos materiais e espécies vegetais. Não
basta simplesmente remover as telhas e plantar grama, pois é fundamental
garantir uma base estrutural resistente e um sistema de drenagem eficiente para
evitar infiltrações e sobrecarga na construção. “Para que o projeto seja
bem-sucedido, é essencial contar com profissionais especializados, como
arquitetos, engenheiros estruturais, paisagistas e especialistas em
impermeabilização e irrigação. Uma escolha errada de vegetação pode comprometer
toda a estrutura, causando danos graves”, alerta Rose.
De acordo com a especialista, os telhados verdes
podem ser classificados em três categorias principais, cada uma com suas
especificidades:
Extensivo: leve e de baixa manutenção, geralmente
composto por suculentas, musgos e gramíneas. Ideal para quem busca uma solução
sustentável sem necessidade de regas frequentes.
Intensivo: mais semelhante a um jardim tradicional,
permite o cultivo de arbustos, flores e até pequenas árvores. Requer manutenção
regular e um sistema de irrigação adequado.
Semi-intensivo: uma opção intermediária, que
combina elementos dos dois tipos anteriores, permitindo a criação de áreas
ajardinadas sem sobrecarregar a estrutura do edifício.
“Alguns dos projetos arquitetônicos mais inovadores
do planeta já incorporaram telhados verdes como parte de sua identidade
sustentável. O Museu de Quai Branly, em Paris, e a Biblioteca Pública de
Vancouver, no Canadá, são exemplos impressionantes de como essas coberturas
podem unir funcionalidade e impacto visual. No Brasil, edifícios como o
Instituto Inhotim, em Minas Gerais, e o Sesc Pompeia, em São Paulo, também
adotaram essa solução verde para tornar seus espaços mais integrados à
natureza”, ressalta Chaves.
Além de contribuir para a sustentabilidade urbana,
os telhados verdes proporcionam redução no consumo de energia, aumento da
durabilidade da cobertura e até incentivos fiscais em algumas cidades. “Quem
opta por essa solução não está apenas investindo em estética, mas também em
qualidade de vida e economia a longo prazo”, finaliza Rose.
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