Tumores de mama, próstata e cólon e reto são os mais incidentes; De acordo com projeção da OMS, a doença atingirá cerca de 35 milhões de pessoas no mundo até 2050
Considerado
o principal problema de saúde pública no mundo, o câncer, somente no Estado de
São Paulo, deve atingir mais de 181 mil pessoas em 2025. Dados do Instituto
Nacional do Câncer (Inca) destacam que os tumores mais incidentes nesta região
são, os de mama e de próstata, com previsão de 20.470 e 16.830 novos casos
respectivamente, além de cólon e reto, que seguem como a terceira causa, com
estimativa de 14.980 diagnósticos.
“O
crescimento da incidência de casos de câncer é esperado devido ao
envelhecimento e crescimento da população, mas principalmente ao aumento da
exposição a fatores de risco, como o tabaco, o álcool e a obesidade. Outro
possível fator relacionado a alta dos números é a poluição do ar, que tem
atingido níveis cada vez mais alarmantes nos últimos anos”, comenta Diocésio
Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
Em
nova projeção, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a doença deve atingir
cerca de 35 milhões de pessoas no mundo até 2050, uma alta de 77% em relação a
2022, ano em que foram registrados cerca de 20 milhões de casos.
Em
Ribeirão Preto, dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde afirmam
que, somente em 2024, mais de 1.700 pessoas foram diagnosticadas com neoplasias
na cidade. A estudante de medicina Gabriela Souza, de 25 anos, foi uma delas.
Portadora
da síndrome de Li-Fraumeni - causada por uma variação genética no gene TP53 de
caráter hereditário, que enfraquece a habilidade das células de controlar
diversos sistemas vitais –, a jovem teve o diagnóstico de câncer de mama
confirmado há poucos meses.
“Eu
pensei que teria um tempo para me acostumar com a ideia da queda capilar, que
faria cirurgia e depois a quimioterapia, mas o caminho precisou ser o inverso,
devido o tumor estar muito maior do que eu imaginava e isso foi um choque”,
contou a estudante.
Apesar
de toda mudança em sua rotina, Gabriela se manteve positiva diante do
diagnóstico. “É claro que o câncer nunca será bem-vindo, mas eu acredito que
quanto mais jovem você descobre a doença, maior é o susto. Entretanto, levei em
consideração que, devido a minha idade, meu corpo se restabeleceria mais
rápido, principalmente por sempre ter levado uma vida saudável e com a prática
de atividade física, o que faz toda a diferença na luta contra a doença”,
conta.
Cheia
de esperança para as últimas sessões de quimioterapia, que se encerram em
março, Gabriela já se prepara para o próximo passo: a cirurgia. “Conviver com o
câncer é como estar em uma montanha russa. Tem dias que você está bem e
esperançosa, e tem outros que está debilitada, seja emocionalmente ou
fisicamente, devidos às medicações. Não é fácil, mas estou ganhando maturidade
e um olhar amplo para vida. Hoje sou grata e penso que por trás de tudo isso
tem um propósito maior, que me levou a querer ajudar outras pessoas”, completa.
Hoje,
a estudante compartilha sua história e rotina como paciente oncológica por meio
das redes sociais. Nos vídeos, Gabriela dá detalhes de como se sente em cada
processo do tratamento e apoio para as pessoas que estão passando pela mesma
situação.
Importância
da prevenção
Indo
além do caso de Gabriela, Diocésio Andrade alerta para
uma questão pertinente: vários tipos de tumores podem ser prevenidos com
mudanças de hábitos. “É necessário que a população se conscientize sobre a
importância dos cuidados com a saúde, como a alimentação saudável e a prática
de atividade física regular. Também é fundamental estar em dia com as vacinas
contra o papilomavírus humano (HPV) e a hepatite B, além de evitar a exposição
prolongada ao sol e às radiações ionizantes”, afirma.
Detecção
precoce
O
médico reforça ainda que, quando descoberto em estágio inicial, o câncer pode
responder melhor ao tratamento, resultando em uma maior probabilidade de
sobrevivência e menor morbidade.
“Muitos
dos tipos mais comuns de tumores, como o de mama, colo do útero, oral e
colorretal, têm altas taxas de cura quando detectados precocemente e tratados de
acordo com as melhores práticas.”, conclui o oncologista.
Oncoclínicas&Co
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