A endocrinologista Dra. Nathalia Ferreira orienta formas de lidar com o problema.
Segundo estudos da
Fiocruz, 72% dos brasileiros têm problemas de sono, como insônia e apneia, mas
segundo a endocrinologista Dra. Nathalia Ferreira, o que muitos não sabem é
que, além de alterações de humor e falta de disposição, as poucas horas de sono
por noite também costumam afetar o metabolismo e levar ao ganho de peso.
“Isso acontece,
pois dormir mal desregula a produção de hormônios essenciais para o equilíbrio
do organismo. Durante o sono, nosso corpo produz melatonina, um hormônio que
regula o ciclo circadiano e influencia a recuperação celular. Com a privação do
sono, há uma redução dessa produção, o que dificulta o descanso adequado e
compromete as funções metabólicas”, explica Dra. Nathalia.
Outro hormônio
afetado é a grelina, responsável pela sensação de fome. “A privação do sono
eleva a produção de grelina e reduz a leptina, hormônio da saciedade, fazendo
com que a pessoa sinta mais fome e tenha maior tendência a ingerir alimentos
calóricos”, acrescenta.
Como
evitar o problema
Para contornar
esses efeitos negativos, a Dra. Nathalia recomenda algumas estratégias para
melhorar a qualidade do sono. “Criar uma rotina regular de sono, evitar o uso
de telas antes de dormir, manter um ambiente escuro e silencioso e reduzir o
consumo de cafeína no período da noite são medidas fundamentais para garantir
um descanso reparador”, sugere a médica.
Outro ponto
importante é o cuidado com a alimentação. “Evitar refeições pesadas antes de
dormir e priorizar alimentos ricos em triptofano, como banana e aveia, pode
contribuir para a produção de melatonina e melhorar a qualidade do sono. Além
disso, praticar atividades físicas regularmente também auxilia no equilíbrio
hormonal e melhora a disposição ao longo do dia”, indica a endocrinologista.
Diante desse
cenário, dormir bem não é apenas uma questão de descanso, mas um fator
determinante para a saúde no geral, já que ajustes na rotina podem ajudar a
manter o peso equilibrado e prevenir doenças associadas ao sedentarismo e ao
desequilíbrio hormonal. “O sono é um dos pilares da nossa saúde, por isso
merece tanta atenção quanto a alimentação e a atividade física”, conclui Dra.
Nathalia Ferreira.
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