Pais e educadores podem usar a festa para transmitir valores, estimular a criatividade e garantir uma participação segura das crianças
O Carnaval é um mosaico de tradições culturais que
se manifestam de maneiras únicas em cada canto do País. Ensinar sobre a
celebração e outros costumes para as crianças promove o sentimento de
pertencimento e desenvolve a criatividade, o respeito à diversidade e as
habilidades sociais. “Carnaval é uma forma de educação não formal, que
transmite saberes ancestrais por meio da música, das histórias contadas nos
enredos e da arte que envolve essa festa popular. E ao valorizar nossas raízes,
formamos crianças mais conscientes, respeitosas e conectadas com sua história”,
explica a psicopedagoga e escritora infantil Paula Furtado.
O contato com essas diversas manifestações amplia o
repertório cultural dos pequenos, estimula a expressão artística e fortalece o
senso de coletividade, já que é uma festa de inclusão e alegria compartilhada.
Além disso, ainda de acordo com Paula, o lúdico presente na música, na dança,
nas fantasias e maquiagens contribui para o bem-estar emocional e cognitivo, o
que torna o conhecimento mais significativo.
Trabalho em conjunto
Paula acredita que tanto os pais quanto os
educadores podem trabalhar com o tema para despertar no público infantil
valores como coletividade, alegria e respeito às diferenças por meio de um
ambiente inclusivo. “Na escola, podem ser promovidas atividades como oficinas
de máscaras, confecção de trajes com materiais recicláveis e narrativas sobre a
origem do Carnaval e suas influências culturais. Já em casa, as famílias podem
organizar pequenos bailes, brincadeiras musicais e desfiles para estimular a
imaginação”, aconselha Paula.
Os símbolos coloridos e alegres do Carnaval, como
fantasias, máscaras, adereços festivos, são formas lúdicas de expressão que
estimulam a imaginação. “Explicar esses elementos ajuda a garotada a se
envolver de maneira mais ativa na folia. As fantasias, por exemplo, permitem
que elas assumam diferentes personagens, desenvolvendo a empatia e o faz de
conta. Já as máscaras remetem à tradição histórica da data, o que incentiva a
curiosidade sobre sua origem. Os confetes e serpentinas simbolizam a alegria e
a diversão da festa”, diz a psicopedagoga.
Dicas para um Carnaval seguro
É possível se divertir de diversas maneiras. Muitas
cidades têm blocos de Carnaval infantis que costumam acontecer em horários mais
tranquilos, onde a criançada pode participar da folia de forma segura e
adaptada para elas, com músicas apropriadas, fantasias e entretenimento.
E para equilibrar a diversão do Carnaval com o
bem-estar, é essencial que os pais zelem pelo seu conforto durante a folia,
evitando excessos e desconfortos e sempre respeitando o ritmo de cada um. “É
preciso garantir que as crianças estejam bem hidratadas, alimentadas e
protegidas do sol. Roupas leves e confortáveis são ideais para que as crianças
possam aproveitar a festa sem preocupações”.
Muitos pais preferem ambientes fechados, como
clubes, escolas ou espaços recreativos, que oferecem mais controle sobre a
segurança e o conforto. “Nesses locais, há menos preocupação com aglomerações,
hidratação e exposição ao sol, além de contar com atividades planejadas para a
idade, como oficinas de máscaras, concursos de fantasia e bailinhos com
marchinhas”, conclui Paula.
Paula Furtado - pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já trabalhou como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede particular de ensino, e já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e particulares. Paula Furtado atende crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. Nesta área da educação, a pedagoga ministra cursos para formação de educadores nas instituições de ensino pública e particular e realiza palestras para pais sobre a importância de contar histórias. Como autora, Paula completa seu trabalho escrevendo diversos livros infantojuvenis (100 obras até o momento) e, dentro de suas atuações de jornada literária, também foi coordenadora e supervisora psicopedagógica em diversas publicações infantis (Contos de fadas, Lendas e Folclore) com Girassol Brasil e Mauricio de Sousa. A autora conclui suas atividades escrevendo para diferentes revistas de educação sobre temas pedagógicos, além de trabalhar na criação e patente de Jogos Pedagógicos como: Desafio, Detetive de Palavras, De Olho na Ortografia, dentre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário