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sábado, 15 de fevereiro de 2025

Carnaval fortalece a cultura e a educação infantil com aprendizado e diversão

Pais e educadores podem usar a festa para transmitir valores, estimular a criatividade e garantir uma participação segura das crianças


O Carnaval é um mosaico de tradições culturais que se manifestam de maneiras únicas em cada canto do País. Ensinar sobre a celebração e outros costumes para as crianças promove o sentimento de pertencimento e desenvolve a criatividade, o respeito à diversidade e as habilidades sociais. “Carnaval é uma forma de educação não formal, que transmite saberes ancestrais por meio da música, das histórias contadas nos enredos e da arte que envolve essa festa popular. E ao valorizar nossas raízes, formamos crianças mais conscientes, respeitosas e conectadas com sua história”, explica a psicopedagoga e escritora infantil Paula Furtado.

O contato com essas diversas manifestações amplia o repertório cultural dos pequenos, estimula a expressão artística e fortalece o senso de coletividade, já que é uma festa de inclusão e alegria compartilhada. Além disso, ainda de acordo com Paula, o lúdico presente na música, na dança, nas fantasias e maquiagens contribui para o bem-estar emocional e cognitivo, o que torna o conhecimento mais significativo.


Trabalho em conjunto

Paula acredita que tanto os pais quanto os educadores podem trabalhar com o tema para despertar no público infantil valores como coletividade, alegria e respeito às diferenças por meio de um ambiente inclusivo. “Na escola, podem ser promovidas atividades como oficinas de máscaras, confecção de trajes com materiais recicláveis e narrativas sobre a origem do Carnaval e suas influências culturais. Já em casa, as famílias podem organizar pequenos bailes, brincadeiras musicais e desfiles para estimular a imaginação”, aconselha Paula.

Os símbolos coloridos e alegres do Carnaval, como fantasias, máscaras, adereços festivos, são formas lúdicas de expressão que estimulam a imaginação. “Explicar esses elementos ajuda a garotada a se envolver de maneira mais ativa na folia. As fantasias, por exemplo, permitem que elas assumam diferentes personagens, desenvolvendo a empatia e o faz de conta. Já as máscaras remetem à tradição histórica da data, o que incentiva a curiosidade sobre sua origem. Os confetes e serpentinas simbolizam a alegria e a diversão da festa”, diz a psicopedagoga.


Dicas para um Carnaval seguro

É possível se divertir de diversas maneiras. Muitas cidades têm blocos de Carnaval infantis que costumam acontecer em horários mais tranquilos, onde a criançada pode participar da folia de forma segura e adaptada para elas, com músicas apropriadas, fantasias e entretenimento.

E para equilibrar a diversão do Carnaval com o bem-estar, é essencial que os pais zelem pelo seu conforto durante a folia, evitando excessos e desconfortos e sempre respeitando o ritmo de cada um. “É preciso garantir que as crianças estejam bem hidratadas, alimentadas e protegidas do sol. Roupas leves e confortáveis são ideais para que as crianças possam aproveitar a festa sem preocupações”.

Muitos pais preferem ambientes fechados, como clubes, escolas ou espaços recreativos, que oferecem mais controle sobre a segurança e o conforto. “Nesses locais, há menos preocupação com aglomerações, hidratação e exposição ao sol, além de contar com atividades planejadas para a idade, como oficinas de máscaras, concursos de fantasia e bailinhos com marchinhas”, conclui Paula.




Paula Furtado - pedagoga, formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com especialização em Psicopedagogia, Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Arte de Contar Histórias e Arteterapia pelo Instituto Sedes Sapientiae e Leitura e Escrita, também pela PUC-SP. A profissional já trabalhou como professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental na rede particular de ensino, e já atuou como assessora pedagógica em escolas públicas e particulares. Paula Furtado atende crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizado. Nesta área da educação, a pedagoga ministra cursos para formação de educadores nas instituições de ensino pública e particular e realiza palestras para pais sobre a importância de contar histórias. Como autora, Paula completa seu trabalho escrevendo diversos livros infantojuvenis (100 obras até o momento) e, dentro de suas atuações de jornada literária, também foi coordenadora e supervisora psicopedagógica em diversas publicações infantis (Contos de fadas, Lendas e Folclore) com Girassol Brasil e Mauricio de Sousa. A autora conclui suas atividades escrevendo para diferentes revistas de educação sobre temas pedagógicos, além de trabalhar na criação e patente de Jogos Pedagógicos como: Desafio, Detetive de Palavras, De Olho na Ortografia, dentre outros.


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