Dra. Nayara Fazolato, especializada em felinos no Hospital Veterinário Taquaral (HVT) Divulgação |
Planejamento pode tornar a ida ao veterinário menos estressante
Preparo para transportar felinos deve começar em
casa dias antes
Você sabia que o estresse de um gatinho para ir ao consultório
pode começar em casa? Gatos são animais espertos que percebem qualquer mudança
na rotina. Por isso, é importante preparar-se com calma antes de sair para
evitar situações de estresse e ansiedade.
Muitos gatos não gostam da caixinha de transporte e
relutam em entrar. A Dra. Nayara Fazolato, especializada em felinos no Hospital
Veterinário Taquaral (HVT), de Campinas, aconselha não deixar a caixinha em locais
onde o gato não tenha acesso, como em cima do guarda-roupa. Pois além de pegar
pó e sujeira, não tem o odor do gato, tornando o acessório um ambiente
estranho. Além disso, o gato faz associações e pode se lembrar da última vez
que entrou na caixinha de transporte para ir a algum lugar desconhecido. Essa
sensação pode ser ainda pior se a consulta anterior tiver sido estressante.
Truques
A veterinária recomenda que a caixinha de
transporte fique em local onde o gato tenha familiaridade, com cobertores
macios e alguns brinquedos dentro. Desta forma, ele vai associar a caixinha a
um lugar conhecido, pois terá seu cheiro, e então, se sentirá seguro.
Outra sugestão importante da doutora é manter a
caixinha sempre limpa, evitando produtos com cheiro forte ou perfume, pois
podem causar irritação em trato respiratório e estresse.
Ela frisa que alguns gatos preferem evitar contato
visual com o ambiente. Um truque é cobrir a caixinha com cobertor para o animal
se sentir mais confortável.
Crédito: Thaíssa Belinazzo |
A veterinária indica que a caixinha ideal não deve ser grande e nem pequena, mas permitir que o gato dê a volta dentro dela sem maiores dificuldades. “Caixinhas grandes podem chacoalhar o gato no transporte causando ansiedade”, enfatiza. Uma boa opção é a caixinha desmontável, que permite retirar a parte de cima, viabilizando ao veterinário examinar o gato dentro dela durante a consulta.
Borrifar feromônio felino nas cobertas dentro da
caixinha é um excelente recurso, de acordo com a médica-veterinária. Isso vai
auxiliar no relaxamento e bem-estar. O procedimento deve ser feito ao menos 15
minutos antes do contato do gato.
Jejum
É importante checar antes com o veterinário a necessidade de o gato fazer jejum antes da consulta, dependendo se o felino apresenta ou não algum sintoma. Esse cuidado pode evitar que o felino precise ser levado mais uma vez à clínica. Dra. Nayara informa que o jejum pode ter período de duração variado, a depender do exame a ser realizado.
A especialista diz que estar alimentado ou não antes do transporte não evita de
o gato vomitar caso enjoe na viagem. Se o animal estiver alimentado, o conteúdo
será ração, e se não tiver comido, pode vomitar um conteúdo transparente e
espumoso e, em alguns casos, bile.
De acordo com Nayara, se o gato costuma apresentar
vômito durante a viagem, comunique ao veterinário sobre esses acontecimentos.
Há medicamentos para náusea que podem ser indicados antes da viagem a fim de
minimizar a ocorrência dos vômitos.
No carro
Nayara dá uma dica que funciona para alguns
pacientes quando estão no carro: cobrir a caixinha de transporte com um
cobertor. “Alguns diminuem a frequência dos vômitos, para outros pode não
funcionar e então há a necessidade de medicar o felino.
Caso o gato vomite, faça cocô ou urine durante o
percurso e o destino ainda estiver longe, se o gato animal for tranquilo e
permitir a manipulação de retirar, trocar os paninhos e colocá-lo novamente na
caixinha, a higienização pode ser feita. Porém, antes disso, é muito importante
certificar-se de que todas as janelas e portas do carro estejam fechadas para
não haver risco de fuga.
Segundo Nayara, ouvir no carro músicas que o gato
está habituado a escutar em casa pode ajudar, no entanto, em volume baixo para
evitar agitação. “A playlist Relax My Cat, facilmente encontrada em plataformas
como YouTube e Spotify, ajudam a proteger o felino de ansiedade”.
A ragdoll Lindy tem duas bolsas de transporte.
Este é o modelo em formato de mochila
Crédito: Elzeli Moreira Ribeiro
Lindy fica tranquila na bolsa telada, macia e aconchegante Crédito: Elzeli Moreira Ribeiro |
Um lugar para chamar de seu
Ainda que os pets tenham boa convivência, é
recomendável evitar mais de um gato por caixinha de transporte. Por mais que se
planeje sair de casa, geralmente o gato apresenta algum grau de estresse.
Juntos num espaço restrito, podem brigar e até se machucarem devido ao balanço
natural do veículo.
Nayara conclui com outra boa dica: não deixar as
janelas do carro abertas durante o transporte e dar preferência ao
ar-condicionado em temperatura amena. Com isso, além de aumentar a segurança,
minimiza o estresse pelo barulho externo da rua e possível vento que naturalmente
entre com o veículo em movimento.
No hospital
Devido ao fato de o olfato do gato ser dez vezes mais sensível do que o humano, é importante não deixar a caixinha de transporte do gato no chão da clínica, pois além de ser desconfortável não ter uma visão panorâmica do ambiente, geralmente no chão há odores que possam irritá-los, como de outros animais que ali transitam, produtos de limpeza e a própria poeira.
Hospital Veterinário Taquaral – Campinas SP
www.youtube.com/@hvtcampinass
Instagram: @hvtcampinass
www.facebook.com/hospital.taquaral
site Link
Endereço: Av. Heitor Penteado, 311, Taquaral (em frente ao portão 6 da Lagoa) – Campinas SP
Funcionamento: 24 horas, sete dias por semana
Telefones: (19) 3255-3899 / WhatsApp: (19) 99256-5500
Nenhum comentário:
Postar um comentário