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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Nunca jogue remédios vencidos no lixo com

Imagem Pressfoto para Freepik.jpg
Professor da Faculdade Una Jataí orienta sobre o armazenamento e o descarte correto de medicamentos

 

Qual é a melhor maneira de guardar os remédios em casa? Devemos ter algum cuidado específico na hora de descartar a medicação vencida? Tharlley Rodrigo Eugênio Duarte, professor dos cursos de Farmácia e Biomedicina da Faculdade Una Jataí, explica a importância de conservar os medicamentos corretamente. “É crucial para assegurar que os compostos ativos não se degradem e mantenham sua eficácia no tratamento. Além disso, impede a contaminação e a deterioração, garantind o a segurança do uso”. 

O especialista aponta os principais erros da população no armazenamento desses produtos. “Os mais comuns são guardar em locais com muita umidade ou exposição à luz direta, como banheiros e cozinhas; não verificar a data de validade; a falta de organização, que pode levar ao consumo acidental de formulação errada ou vencida; e não manter tais itens fora do alcance de crianças e animais de estimação”. 

Tharlley ressalta os riscos de consumir fármacos vencidos ou armazenados inadequadamente. “Os remédios fora do prazo de validade podem perder eficácia, não proporcionando o efeito desejado, ou gerar reações adversas inesperadas. Já a conservação incorreta pode levar à degradação dos ingredientes ativos, transformando-os em substâncias potencialmente tóxicas ou ineficazes”.
 

Leia a bula

A bula é o documento, direcionado aos profissionais da saúde e aos pacientes, que informa a composição, as características, os riscos e o modo de usar de determinada medicação. 

O docente salienta que a bula fornece orientações essenciais sobre o armazenamento, “como temperatura adequada, necessidade de proteção contra a luz ou a umidade, e indicações sobre o prazo de validade após a abertura. Seguir essas instruções é fundamental para garantir a potência e segurança do produto até o seu uso completo”.
 

Não jogue no lixo

Se desfazer de fármacos no vaso sanitário ou no lixo comum pode prejudicar o meio ambiente e a saúde da população, conforme evidencia o farmacêutico. “Isso pode levar à contaminação dos recursos hídricos e do solo, afetando a fauna e a flora. Para a saúde pública, há o risco do desenvolvimento de resistência antimicrobiana e potencial intoxicação de seres humanos e animais que entram em contato com elementos descartados incorretamente”. 

A conscientização e a implementação de boas práticas de descarte ajudam a minimizar esses riscos e promovem uma sociedade mais responsável na utilização desse tipo de substâncias químicas. Tharlley enfatiza que existem várias alternativas para a destinação final adequada de medicamentos:

  • Coleta Seletiva: Muitas cidades têm programas de coleta, onde os cidadãos podem devolver aqueles não utilizados em locais específicos, como farmácias ou postos de saúde.
  • Pontos de Entrega: Estabelecimentos de saúde e farmácias podem atuar como pontos de entrega para destinação final, garantindo que sejam tratados de maneira segura.
  • Incineração: Algumas substâncias podem ser incineradas em condições controladas, um método seguro para eliminar compostos potencialmente perigosos.


Educação e Conscientização

O docente reforça a necessidade de educação contínua sobre o emprego consciente de medicamentos e a realização de campanhas informativas para ensinar a população sobre a relevância do descarte adequado e orientar sobre os locais disponíveis para esse fim. 

“Isso implica não apenas em como descartar corretamente, mas também em como usar os fármacos de forma responsável, evitando a automedicação e o consumo excessivo. Além disso, a regulamentação e a fiscalização mais rigorosas sobre a produção e a distribuição podem ajudar a reduzir o desperdício e a necessidade do manejo de resíduos. É essencial que haja um esforço conjunto entre governos, instituições de saúde e a sociedade para promover práticas saudáveis e sustentáveis em relação ao uso desses produtos”.
 

Uma - Centro Universitário Una, que integra o Ecossistema Ânima



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