Professor da Faculdade Una Jataí orienta sobre o
armazenamento e o descarte correto de medicamentosImagem Pressfoto para Freepik.jpg
Qual
é a melhor maneira de guardar os remédios em casa? Devemos ter algum cuidado
específico na hora de descartar a medicação vencida? Tharlley Rodrigo Eugênio
Duarte, professor dos cursos de Farmácia e Biomedicina da Faculdade Una Jataí,
explica a importância de conservar os medicamentos corretamente. “É crucial
para assegurar que os compostos ativos não se degradem e mantenham sua eficácia
no tratamento. Além disso, impede a contaminação e a deterioração, garantind o a segurança do uso”.
O
especialista aponta os principais erros da população no armazenamento desses
produtos. “Os mais comuns são guardar em locais com muita umidade ou exposição
à luz direta, como banheiros e cozinhas; não verificar a data de validade; a
falta de organização, que pode levar ao consumo acidental de formulação errada
ou vencida; e não manter tais itens fora do alcance de crianças e animais de
estimação”.
Tharlley
ressalta os riscos de consumir fármacos vencidos ou armazenados
inadequadamente. “Os remédios fora do prazo de validade podem perder eficácia,
não proporcionando o efeito desejado, ou gerar reações adversas inesperadas. Já
a conservação incorreta pode levar à degradação dos ingredientes ativos, transformando-os
em substâncias potencialmente tóxicas ou ineficazes”.
Leia a bula
A
bula é o documento, direcionado aos profissionais da saúde e aos pacientes, que
informa a composição, as características, os riscos e o modo de usar de
determinada medicação.
O
docente salienta que a bula fornece orientações essenciais sobre o
armazenamento, “como temperatura adequada, necessidade de proteção contra a luz
ou a umidade, e indicações sobre o prazo de validade após a abertura. Seguir
essas instruções é fundamental para garantir a potência e segurança do produto
até o seu uso completo”.
Não jogue no lixo
Se
desfazer de fármacos no vaso sanitário ou no lixo comum pode prejudicar o meio
ambiente e a saúde da população, conforme evidencia o farmacêutico. “Isso pode
levar à contaminação dos recursos hídricos e do solo, afetando a fauna e a
flora. Para a saúde pública, há o risco do desenvolvimento de resistência
antimicrobiana e potencial intoxicação de seres humanos e animais que entram em
contato com elementos descartados incorretamente”.
A
conscientização e a implementação de boas práticas de descarte ajudam a
minimizar esses riscos e promovem uma sociedade mais responsável na utilização
desse tipo de substâncias químicas. Tharlley enfatiza que existem várias
alternativas para a destinação final adequada de medicamentos:
- Coleta
Seletiva: Muitas cidades têm programas de coleta, onde os cidadãos podem
devolver aqueles não utilizados em locais específicos, como farmácias ou
postos de saúde.
- Pontos
de Entrega: Estabelecimentos de saúde e farmácias podem atuar como pontos
de entrega para destinação final, garantindo que sejam tratados de maneira
segura.
- Incineração:
Algumas substâncias podem ser incineradas em condições controladas, um
método seguro para eliminar compostos potencialmente perigosos.
Educação
e Conscientização
O
docente reforça a necessidade de educação contínua sobre o emprego consciente
de medicamentos e a realização de campanhas informativas para ensinar a
população sobre a relevância do descarte adequado e orientar sobre os locais
disponíveis para esse fim.
“Isso
implica não apenas em como descartar corretamente, mas também em como usar os
fármacos de forma responsável, evitando a automedicação e o consumo excessivo.
Além disso, a regulamentação e a fiscalização mais rigorosas sobre a produção e
a distribuição podem ajudar a reduzir o desperdício e a necessidade do manejo
de resíduos. É essencial que haja um esforço conjunto entre governos,
instituições de saúde e a sociedade para promover práticas saudáveis e
sustentáveis em relação ao uso desses produtos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário