Abordagem centrada no cuidado com o paciente é recomendada pela OMS e vem economizando recursos da saúde em todo o mundo
Um
conceito antigo, mas que começou a ganhar cada vez mais visibilidade nos
últimos anos, o PBM (abreviação do termo em inglês Patient Blood Management,
ou gerenciamento de sangue do paciente, em tradução livre), visa otimizar o
manejo das transfusões, proporcionando mais eficácia e qualidade no cuidado
médico de um paciente.
“A
abordagem surgiu diante de uma necessidade que a medicina tinha em reduzir a
exposição desnecessária do paciente aos riscos potenciais de transfusões
sanguíneas”, explica Dr. Leandro Felipe Figueiredo Dalmazzo, vice-presidente
médico do Grupo GSH, instituição no qual este conceito já é aplicado.
O
PBM é baseado em três principais pilares, sendo o primeiro a fase
pré-operatória, buscando a otimização da massa eritrocitária, na qual são
feitos exames para garantir que o paciente tenha níveis adequados de plaquetas,
hemoglobina e outro componentes do sangue antes de um determinado procedimento
cirúrgico.
“O
segundo pilar é a fase intraoperatória, que tem como objetivo a minimização da
perda de sangue do paciente por meio da utilização de algumas técnicas
anestésicas e cirúrgicas”, elucida Dr. Leandro.
Por
último, a fase pós-operatória, que tem como intuito a melhoria da tolerância do
paciente à anemia, tende a evitar essa enfermidade pós-cirúrgica por meio de
estratégias que façam o paciente tolerar níveis mais baixos de sangue no corpo.
Em
2010, o PBM foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma
importante abordagem que deveria ser implementada em sistemas de saúde de todo
o planeta. No Brasil, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e
Terapia Celular (ABHH) tem incentivado ativamente a aderência ao PBM,
publicando em 2023 um consenso sobre a metodologia e fornecendo diretrizes para
implementação em clínicas e hospitais.
“No
Grupo GSH, essa abordagem é aplicada de tal maneira que assegure a recuperação
dos pacientes da melhor maneira possível por meio do uso seguro e racional do
sangue, para que seja reduzida a exposição desnecessária a produtos
sanguíneos”, enfatiza Dr. Leandro.
Além
de trazer um olhar mais cuidadoso para os pacientes, o PBM mostrou-se uma
metodologia com ótimos resultados clínicos em todo o mundo e tem contribuído
para a economia de recursos da saúde ao reduzir custos de transfusões pelos
quatro cantos do planeta.
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