Avanços no manejo
clínico e cirúrgico da condição têm permitido controlar a doença e reduzir a
hospitalização
Conhecida como a doença do coração que mais causa internações, a insuficiência cardíaca (IC) atinge cerca de 200 mil pessoas por ano, ou 23 pessoas por hora, e acontece quando o coração não consegue bombear sangue de maneira eficiente para atender às necessidades do corpo. Com isso, a circulação sanguínea fica descompensada, o que pode causar diversas outras complicações secundárias, por exemplo, insuficiência renal, problemas hepáticos e arritmias.
Nos últimos anos, avanços significativos no tratamento da insuficiência cardíaca têm melhorado a qualidade de vida dos pacientes. “Novos medicamentos, dispositivos implantáveis, como marcapassos e desfibriladores, e programas de reabilitação cardíaca são algumas das opções que ajudam a controlar a doença e a reduzir a necessidade de hospitalizações frequentes”, explica Dr Alexandre Soeiro, coordenador do Programa de Insuficiência Cardíaca e Transplante Cardíaco do Hcor, cardiologista do Hcor.
O futuro é promissor, graças a todas essas
pesquisas que vêm sendo desenvolvidas nos últimos tempos. Além de melhorar a
qualidade de vida do paciente, também permitem que a jornada dele seja menos
estressante, já que poderá contar com cirurgias minimamente invasivas e métodos
de imagem mais avançados. Isto sem falar da personalização do cuidado, que faz
com que cada caso seja tratado de maneira única.
No entanto, o presente requer cautela. O
especialista reforça que o tratamento ainda enfrenta desafios. Seja pela
complexidade da doença principal ou das complicações secundárias, seja pela
diferença de cada paciente, que exige uma personalização e um estudo a fundo do
estilo de vida do indivíduo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80%
das mortes por doenças cardíacas poderiam ser evitadas com mudança no estilo de
vida. Como uma doença crônica e, às vezes, assintomática no início, o
diagnóstico precoce pode ficar prejudicado e não ocorrer tão antes quanto seria
o esperado. O grande objetivo é
evitar que a IC aconteça, por isso, quando começarem a aparecer sintomas como
cansaço, falta de ar e inchaço nas pernas, é
recomendado que a pessoa procure um médico para iniciar o tratamento mais
eficaz”, explica o Dr. Soeiro.
É importante que os pacientes com insuficiência
façam atividade física, restrinjam alimentos, como o sal, o excesso de líquido,
e façam uso dos medicamentos corretos. Outro ponto fundamental é a necessidade
de visitar o médico regularmente e de aderir ao tratamento completo, pois assim
a pessoa poderá ter uma melhor qualidade de vida e controlar a doença de modo
mais fácil”, conclui o médico.
Hcor
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