Pesquisar no Blog

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Julho Turquesa - Mês de conscientização do Olho Seco

Oftalmologista alerta para negligência de sinais do olho seco e impactos do problema que afeta até 24% dos brasileiros

Questionário aponta que mais da metade das pessoas que sentem desconfortos na visão não procura um oftalmologista

Sensação de areia nos olhos, coceira, vermelhidão, lacrimejar em excesso e irritação são sintomas incômodos, mas silenciosos, que podem indicar a ocorrência da doença do olho seco, uma condição que afeta entre 13% e 24% da população brasileira, mas que é negligenciada e pode se tornar incapacitante. Embora o nome da condição indique um sintoma único, o olho seco pode se manifestar de formas variadas e em intensidades diferentes, sendo confundido com quadro de conjuntivite ou uma irritação simples.

“Geralmente, é comum que ao acordar a pessoa sinta algum desconforto nos olhos e que aumenta ao longo do dia, com a ocorrência de um ou mais sinais como a irritação, coceira e visão embaçada”, alerta a médica oftalmologista Dra. Monica Alves, especialista em doenças da superfície ocular e embaixadora no Brasil da Tear Film & Ocular Surface Society (TFOS), líder mundial em pesquisa e educação em saúde ocular. 

Considerada uma doença multifatorial da superfície ocular, o olho seco compromete o filme lacrimal e pode ocorrer devido a uma inflamação das glândulas lacrimais, que afeta pálpebras, conjuntiva (membrana da pálpebra) e córnea. Geralmente o problema acontece nos dois olhos de forma simultânea, com casos raros em que apenas um olho apresenta os sintomas. O tratamento dos sintomas geralmente é feito com o uso de colírios que agem hidratando a superfície ocular e melhorando a qualidade da lágrima. 

Questões ambientais e comportamentais têm relação direta com as doenças da superfície ocular e o olho seco, como tempo excessivo de uso de telas de celulares e computadores, fatores nutricionais e baixa ingestão de nutrientes importantes para os olhos, como o ômega 3 encontrado em peixes, além da convivência em locais e cidades com alta taxa de poluição. Um estudo revelou a prevalência de 24% de casos de olho seco na cidade de São Paulo, devido às características ambientais e comportamentais de quem vive na cidade. 

“Estamos falando de uma doença crônica relacionada a hábitos e estilos de vida e que se não tratada pode afetar a qualidade de vida. É importante que os sintomas não sejam deixados de lado e que se promova uma educação em saúde ocular para conscientização dos fatores de risco e adoção de formas de prevenção”, explica a oftalmologista Dra. Monica Alves. 

No caso da exposição excessiva a telas de dispositivos eletrônicos, hábito que favorece a ocorrência de olho seco, a especialista orienta realizar pausas a cada 20 ou 30 minutos de uso ininterrupto para descansar a visão e observar objetos distantes, a cerca de 5-10 metros, lembrando de piscar os olhos para facilitar a troca e estímulo da produção de lágrimas.

 

Pesquisa sobre olho seco

Um questionário virtual realizado pela farmacêutica União Química, companhia 100% nacional e referência no segmento de oftalmologia com colírios e lágrimas artificiais, mapeou cerca de 700 respostas a um questionário sobre a síndrome e revelou que 44% das pessoas convivem com sintomas frequentes ou constantes do olho seco, porém mais da metade (64%) dos respondentes não visitaram um oftalmologista para avaliar o problema. A pesquisa também indicou que, de todos os participantes respondentes, 61% têm alta probabilidade de ter a doença. 

A companhia mantém um portal com informações e dados sobre o olho seco, além de um questionário simples com oito perguntas que o usuário pode responder para avaliar a presença dos principais sintomas. A página pode ser acessada neste Link.

 

União Química


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados