Especialista
destaca a importância do trabalho preventivo em atletas profissionais
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começam nesta
semana. Durante os jogos, é comum nos perguntarmos sobre a resistência física e
a preparação dos atletas para os mais altos níveis de competição. Ao longo da
história, vimos diversos profissionais recuperarem-se após lesões graves. Um
exemplo é o judoca Leandro Guilheiro, que em sua trajetória já passou por 12
cirurgias, incluindo uma no quadril após conquistar o bronze nas Olimpíadas de
Atenas em 2004.
Quando um atleta é diagnosticado com algum problema
que dependa de cirurgia, surgem inúmeros questionamentos, sobre,
principalmente, a recuperação e quando voltará para a rotina esportiva. Dr.
André Evaristo Marcondes, ortopedista especialista em coluna e membro do Núcleo
de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, explica que sentir dor não é
comum, até mesmo em atletas.
“A dor pode ser estrutural (disco, desgaste,
nervos) ou funcional (muscular). Dependendo do nível de atividade atlética, é
comum sentir dores, mas quando a dor aumenta é necessário buscar ajuda para
identificar a causa. Atletas de elite, por exemplo, têm uma grande demanda
física e demandam muito do corpo. Nesses casos, é importante trabalhar de forma
preventiva”, explica.
O especialista também aponta que, nos últimos anos,
as cirurgias tornaram-se menos invasivas, o que significa que é possível
solucionar problemas com menos lesões nos músculos, resultando em menos dor,
recuperação mais rápida e retorno mais célere às atividades.
“A fisioterapia, por exemplo, é importante no pré e
no pós-operatório. Reduzir o grau inflamatório e aumentar a musculatura em uma
articulação debilitada, antes do procedimento cirúrgico, é extremamente
importante para uma recuperação mais rápida", acrescenta Dr. Marcondes.
Tratamento
Segundo o Dr. André Evaristo Marcondes, o
tratamento deve ser personalizado, considerando as necessidades do paciente. O
médico deve levar em conta a modalidade esportiva e o grau de participação do
atleta, além de discutir alternativas para aumentar a adesão e otimizar os
resultados.
“O atleta tem outro limiar de dor, outra produção hormonal e metabólica, mas não é normal sentir desconforto. É importante que ele se empenhe em ganhar musculatura e respeitar o tempo de recuperação”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário