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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Cirurgia de coluna em atletas profissionais: desafios e recuperação

Especialista destaca a importância do trabalho preventivo em atletas profissionais

 

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 começam nesta semana. Durante os jogos, é comum nos perguntarmos sobre a resistência física e a preparação dos atletas para os mais altos níveis de competição. Ao longo da história, vimos diversos profissionais recuperarem-se após lesões graves. Um exemplo é o judoca Leandro Guilheiro, que em sua trajetória já passou por 12 cirurgias, incluindo uma no quadril após conquistar o bronze nas Olimpíadas de Atenas em 2004. 

Quando um atleta é diagnosticado com algum problema que dependa de cirurgia, surgem inúmeros questionamentos, sobre, principalmente, a recuperação e quando voltará para a rotina esportiva. Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista especialista em coluna e membro do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, explica que sentir dor não é comum, até mesmo em atletas. 

“A dor pode ser estrutural (disco, desgaste, nervos) ou funcional (muscular). Dependendo do nível de atividade atlética, é comum sentir dores, mas quando a dor aumenta é necessário buscar ajuda para identificar a causa. Atletas de elite, por exemplo, têm uma grande demanda física e demandam muito do corpo. Nesses casos, é importante trabalhar de forma preventiva”, explica.

O especialista também aponta que, nos últimos anos, as cirurgias tornaram-se menos invasivas, o que significa que é possível solucionar problemas com menos lesões nos músculos, resultando em menos dor, recuperação mais rápida e retorno mais célere às atividades. 

“A fisioterapia, por exemplo, é importante no pré e no pós-operatório. Reduzir o grau inflamatório e aumentar a musculatura em uma articulação debilitada, antes do procedimento cirúrgico, é extremamente importante para uma recuperação mais rápida", acrescenta Dr. Marcondes.

 

Tratamento

Segundo o Dr. André Evaristo Marcondes, o tratamento deve ser personalizado, considerando as necessidades do paciente. O médico deve levar em conta a modalidade esportiva e o grau de participação do atleta, além de discutir alternativas para aumentar a adesão e otimizar os resultados.

“O atleta tem outro limiar de dor, outra produção hormonal e metabólica, mas não é normal sentir desconforto. É importante que ele se empenhe em ganhar musculatura e respeitar o tempo de recuperação”, conclui.


Dr. André Evaristo Marcondes – Ortopedista Especializado em Coluna – Mestre em Saúde Pública Global pela University of Limerick (Irlanda), possui especialização em Cirurgia de Coluna, em Ortopedia e Traumatologia, e graduação em Medicina pela Universidade de Marília. Preceptor do Grupo de Coluna do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina do ABC. É membro da North American Spine Society (NASS), Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). Fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e, atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, AACD e Grupo C.O.T.C. Centro de Ortopedia, Traumatologia e Coluna. Instagram: @dr.andrecoluna | dicasdrcoluna.com.br


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