Brasil detém o maior índice de
ansiedade do mundo, segundo dados da OMS, e tem o 3º lugar pior no índice
global de saúde mental; psiquiatra da SIG comentaDivulgação
A conscientização sobre a importância da saúde mental tem crescido
não só no Brasil, mas no mundo todo. Um exemplo disso é o sucesso do filme “Divertida
Mente 2”, que estreou em junho e vem fazendo grande sucesso
entre crianças e adultos. A animação se passa dentro do cérebro de uma menina
de 13 anos e destaca o surgimento da ansiedade na mente humana, em meio às
reflexões da formação dos múltiplos sentimentos durante a adolescência.
No que diz respeito à ansiedade, o Brasil é o país com maior
índice desse transtorno mental: Segundo a OMS, 9,3% dos brasileiros convivem
com a doença. Além disso, temos o terceiro pior índice global de saúde mental.
“É uma doença que pode ser grave, porque diminui consideravelmente a qualidade
de vida das pessoas, mas é importante deixar claro que existem tratamentos”,
comenta o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG -
Residência Terapêutica.
São diversas as causas da ansiedade, segundo o psiquiatra, desde
problemas familiares até traumas passados. “Os sintomas também variam, podendo
ser tanto físico quanto psíquicos, ou seja, o paciente pode ter tensão
muscular, taquicardia, palpitação, dor no peito, transpiração
em excesso, dor de cabeça, tontura, além de sensação de desrealização, quando o
ambiente parece todo diferente, ou sensação de despersonalização, quando a
pessoa parece não se reconhecer mais”, resume.
Brasileiros estão adoecendo
O estresse sem precedentes causados ainda pelo isolamento social decorrente da pandemia ainda é uma das principais explicações para o aumento no número de pessoas com transtornos mentais. “Foi uma época em que as pessoas viveram incertezas, se afastaram de amigos e familiares e nem sempre só a volta ao normal é suficiente para que a ansiedade, depressão e outros transtornos causados por isso estejam controlados. Pelo contrário, com a ausência de tratamentos efetivos, eles podem ter piorado ao longo do tempo”, explica o Dr. Lipman.
Mas não é só isso. Há ainda muitos fatores por trás do adoecimento
da nossa população: desemprego, mudanças na economia e a falta de segurança
pública. “São temas que diariamente aparecem nos noticiários e que até mesmo
são vividos no cotidiano por essas pessoas. A pessoa passa dificuldade
financeira, sai de casa com medo, vive a incerteza, é normal que isso vire uma
ansiedade, um pânico, uma depressão”, complementa.
Excesso de telas
Outro ponto a se considerar é o uso excessivo de telas, que com o
passar dos anos vem aumentando, podendo gerar diversos problemas ao longo do
tempo, até mesmo impactando no desenvolvimento cerebral e na educação dos mais
jovens.
Um estudo realizado pela Canadian Journal of Psychiatry já
comprovou que o nível de ansiedade aumenta com o uso de telas. “A rede social é
o pior problema dentro disso, porque pode gerar cobranças nas pessoas. Elas
querem levar a vida que as pessoas levam na internet, comparam seus corpos,
seus trabalhos, tudo”, opina o especialista.
Prevenção é fundamental
É sempre importante ressaltar que a prevenção é a melhor maneira de se proteger. “É o que a gente sempre indica aos pacientes, uma mudança de estila de vida com viés mais saudável, incluindo exercícios físicos, boa alimentação e bom padrão de sono. Além disso, menos ingestão de álcool e estimulantes como cafeína”, finaliza.
Sig
Residência Terapêutica
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