O Dia
Internacional da Mulher é um dia muito especial, dedicado a nós, mulheres, que
desafiamos limites, quebramos barreiras e construímos um caminho de igualdade.
A data sempre me traz muitas reflexões e, geralmente, busco me ocupar com
atividades que me façam pensar e tambémgostode estar na companhias de pessoas
que me nutram e inspirem, tanto como mulher, quanto como cidadã.
Os desafios ainda persistem. A história nos mostra a árdua luta de
mulheres que nos antecederam; batalhas repletas de preconceito, estereótipos e,
consequentemente, desigualdades. A cultura da sociedade, por muitas vezes,
impõe questões sobre o que é ou não de direito da mulher e o que é possível ou
não a ela de alcançar. Esses pensamentos se enraizaram de uma forma que até nós
mesmas, por décadas e décadas, duvidávamos de nossa capacidade.
A realidade ainda está longe de ser a ideal
A sociedade somente prospera quando todos prosperam e os índices
ainda são cruéis com o público feminino. Vejamos:
- O mercado de trabalho brasileiro segue mostrando
distorções entre os gêneros. No levantamento do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - Dieese
2023, mulheres são minoria na força de trabalho, mas a maioria entre
os desempregados (55,5%);
- As brasileiras também têm maiores taxas de subocupação
e, mesmo nos dias de hoje, ganham uma média de 21% a menos do que os
homens! Os dados do Pnad, reunidos nesse mesmo estudo, pelo Dieese,
reforçam essas informações;
- Três a cada dez brasileiras já foram vítimas de
violência doméstica. Esses são dados recentes, de acordo com a 10ª
Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, feita pelo Instituto DataSenado,
em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV). Esse
mesmo levantamento mostra que, de fato, 74% das brasileiras perceberam um
aumento da violência doméstica e familiar em 2023.
- Segundo o The Economist, em estudo
recente intitulado “Pena de Maternidade”, as mulheres ainda possuem
seus empregos impactados, em quase todos os países, ao se tornarem mães. A
pesquisa ainda aponta que, mesmo nos países ricos, quase todas as
diferenças de gênero na taxa de atividade econômica surgem após o parto,
onde mulheres em uma posição de ascensão, após a maternidade, precisam
retomar a carreira em posições muito inferiores, comparado à sua própria
jornada. Enquanto isso, os homens geralmente não são impactados.
Além de todos esses fatores comprovados e que permanecem ocorrendo
em nossa sociedade, mascarados ou não, as pautas relativas ao feminismo e ao
dia da mulher também contemplam consciência do machismo, combate à violência de
gênero, desconstrução de estereótipos, solidariedade feminina, autonomia de
escolha, sororidade, dentre tantas outras. Infelizmente, mulheres ainda são
criadas para enxergar outras mulheres como rivais - e
principalmente rivais da atenção masculina. Somos classificadas de acordo
com a roupas, o estilo, a maquiagem e por aí vai. Mesmo que meninos e meninas
sejam diferentes biologicamente, a sociedade potencializa as diferenças.
Você já se perguntou o que pode ser feito? Que tal começarmos por
mudar nossa postura, a nossa mentalidade? Que tal criar crianças ressaltando
seus talentos? Que tal deixarmos de acreditar que quanto menos feminina for a
aparência de uma mulher, mais chances ela terá de ser ouvida?
Eu sou divorciada, independente, amo minhas escolhas e o que
faço. Porém, por muitas vezes e por diferentes pessoas, incluindo outras
mulheres, fui questionada sobre tudo isso. E o que sempre digo é que nós
mulheres podemos fazer o que quisermos.
Eu, Norma, apoio o movimento e quero ser respeitada pela minha
feminilidade.
Então, deixo um pedido. Homens, respeitem as mulheres da vida de vocês.
Líderes, dêem empregos para mulheres. Pais, criem seus filhos nos princípios da
equidade.
Mulheres, vamos lutar juntas, sem competições. Vamos nos ajudar e
empoderar! Um mundo diverso e inclusivo certamente será muito mais feliz.
Que neste 8 de março – Dia internacional da Mulher, possamos
renovar nosso compromisso com a prosperidade, igualdade e justiça. Que o Dia da
Mulher seja um momento de celebração da força e da determinação feminina, e de
reconhecimento da importância das mulheres em todas as áreas da sociedade.
Um dia especial a todas nós!
Norma Mosic - experiência na gestão de departamentos
jurídicos de grandes e médias empresas, hoje comanda o departamento jurídico da
Janga Invest. Norma Mosic é graduada em Direito e pós-graduada “lato
sensu”, com o título de especialista, em Direito Empresarial pelo Centro
Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), e em Direito
Comercial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. A executiva jurídica
também é especialista em Direito Tributário pela SBDP – Sociedade Brasileira de
Direito Público e em Administração Legal pela FGV – Fundação Getúlio Vargas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário