Não
é de hoje que a interoperabilidade se tornou pauta importante em instituições
de saúde renomadas. Isto porque, o conceito, que se origina do setor de
Tecnologia da Informação (TI), representa a capacidade de diferentes sistemas,
dispositivos ou entidades de diferentes mercados, se comunicarem e
compartilharem informações de maneira eficiente e padronizada, sem a
necessidade de intervenção manual.
No
contexto corporativo, a interoperabilidade é vital para promover integração,
colaboração e inovação entre partes interessadas, uma vez que permite a
otimização dos processos, a redução de custos operacionais e o aprimoramento da
tomada de decisão com base em dados integrados e transparentes.
Neste
sentido, a aplicação da interoperabilidade, traz benefícios significativos como
aumento da eficiência, otimização na qualidade dos serviços, segurança
aprimorada e inovação. No setor
de saúde, ela facilita o acesso a dados de pacientes, a coordenação entre profissionais
e a agilização de tratamentos, utilizando padrões como o HL7 para a integração
de informações demográficas que aprimoram, ainda mais, o atendimento e a
qualidade do atendimento ao paciente na ponta.
Os desafios da Interoperabilidade na saúde
Para
instituições de saúde no Brasil, a interoperabilidade representa um desafio em
constante evolução, exigindo investimentos
em tecnologia e a adoção de padrões de interoperabilidade regulamentados.
No
entanto, a implementação efetiva de sistemas interoperáveis, requer a escolha
de fornecedores que aderem a padrões estabelecidos e que ofereçam soluções
compatíveis com as plataformas existentes, visando a integração de dados e a
melhoria contínua dos processos, tanto no âmbito das operadoras de saúde como
em toda a rede de prestadores, como hospitais, laboratórios e etc.
É
importante salientar que existem diferentes níveis de interoperabilidade. Entre
eles destacam-se os níveis sintático, semântico e pragmático, os quais abordam,
respectivamente, a estruturação e codificação de dados, a interpretação do
significado das informações e o contexto de uso desses dados.
Além
disso, é importante ressaltar que a interoperabilidade pode ser classificada em
técnica, semântica, humana, legal e organizacional, cada uma abordando aspectos
distintos da integração e comunicação entre sistemas.
Benefícios além do operacional
Investir
em interoperabilidade no setor de saúde não apenas moderniza a gestão, mas
também proporciona a padronização dos dados dos pacientes, redução de custos
operacionais, comunicação eficiente entre setores e a humanização do
atendimento médico, inclusive com a possibilidade de tomadas de decisão e ações
no campo da medicina preventiva junto aos pacientes.
Contudo,
enfrentar os desafios associados à interoperabilidade, como a padronização de
vocabulários e a adequação de equipes a novas tecnologias, é essencial para
alcançar esses benefícios e promover um atendimento de saúde mais eficaz e
personalizado.
Desta
forma, a interoperabilidade é fundamental para garantir a eficiência das
instituições de saúde, seja pública ou privada, permitindo uma integração
eficaz entre diferentes sistemas e plataformas, com o objetivo de melhorar a
qualidade do atendimento ao paciente e promover uma gestão de saúde mais
integrada e inovadora.
Rodrigo Garcia - Head de Mercado e Produtos do Grupo
Benner, empresa que oferece softwares de gestão empresarial e serviços
tecnológicos para revolucionar e simplificar os negócios.
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