Opinião
A crescente presença da tecnologia na área da saúde tem aberto
espaço para inovações que estão transformando a forma como consultórios,
clínicas de saúde, hospitais e profissionais de saúde se relacionam com
clientes e pacientes. A incorporação de recursos como Inteligência Artificial
(IA), big data, Internet das Coisas (IoT) e a robótica provocou um aumento no
Índice de Tecnologia Médica, que entre 2008 e 2019 cresceu 117%, impactando
positivamente no bem-estar da população e no desenvolvimento do setor, segundo
pesquisa encomendada pela Associação Brasileira da indústria de Tecnologia para
Saúde (ABIMED).
Há uma revolução na forma como os serviços são prestados. Isso
porque os investimentos no período, que somaram R$ 97,68 bilhões, acarretaram inúmeras
melhorias para os processos de gestão e na personalização dos serviços, além de
diagnósticos mais precisos e com maior celeridade. Por meio de softwares de
gestão, por exemplo, é possível otimizar o agendamento de consultas, a emissão
de laudos médicos, o controle de estoque e até mesmo o acompanhamento do
paciente. Já a IA e o Big Data permitem uma análise mais profunda dos dados do
paciente, identificando padrões e auxiliando na tomada de decisões clínicas.
Prova disso é que, segundo a Pesquisa TIC Saúde, de 2022, oito
em cada dez enfermeiros usaram meios digitais para registrar dados sobre os
pacientes. Em 2019, a proporção era de cinco para cada dez. Entre os médicos, o
número saltou de 74% para 85% na quantidade de profissionais que digitalizaram
a lista de medicamentos prescritos aos pacientes. E há muito mais por vir.
Entretanto, é preciso ressaltar que nem todos os profissionais estão preparados
para isso.
Aplicar conhecimentos avançados em tecnologias específicas no
contexto da medicina não faz parte da rotina e do dia a dia da maioria dos
profissionais e nem mesmo da maior parte das salas de aulas de cursos de saúde
no Brasil. Por isso, manter-se pessoalmente atualizado e buscar instituições
que estão à frente das demandas do mercado é fundamental para aqueles que
querem acompanhar e evoluir junto às constantes mudanças.
Cabe às instituições de ensino superior capacitar profissionais
para atuarem com tecnologia em saúde, na operação, gestão e desenvolvimento de
soluções inovadoras. Laboratórios modernos, currículo integrado e uma formação
não convencional, são pré-requisitos para formar um profissional do futuro e
isso o mercado não está acostumado a ver.
Para quem já passou pela graduação, uma pós-graduação de
qualidade precisa fornecer conhecimentos atualizados sobre as ferramentas
emergentes no setor, permitindo aos profissionais adquirirem habilidades específicas
e se tornarem especialistas nesses campos. Além disso, o curso deve promover o
networking e o contato com profissionais que já atuam ou estão buscando
aperfeiçoamento na área. Em resumo, a saúde do futuro está cada vez mais
conectada à tecnologia e aqueles que estiverem preparados para esse cenário
certamente estarão à frente no mercado e contribuirão para a melhoria do
atendimento e, consequentemente, da saúde da população. Não basta que o mercado
se modernize, mas a sala de aula deve acompanhar esse ritmo. No Centro
Universitário Facens garantimos que a qualidade acadêmica está alinhada com as
competências necessárias para a trabalhabilidade do profissional de saúde do
hoje e do amanhã.
Profa. Dra. Patrícia Klahr -Pró-Reitora
de Ciências da Saúde no Centro Universitário Facens, referência nacional em
metodologias inovadoras de educação nas áreas de arquitetura,
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