Augusto Neto, autor de geografia do Sistema de Ensino pH, fala sobre o impacto social e ambiental na região e mostra seu contexto histórico e importância atual
Nos últimos dias, a comunidade de Maceió,
em Alagoas, testemunhou um êxodo forçado de milhares de residentes por conta do
perigo iminente do colapso de uma mina de sal-gema operada pela Braskem,
empresa petroquímica com atuação global. O solo em diversos bairros da cidade
está cedendo e a Defesa Civil alerta para a possível formação de uma cratera,
cujo tamanho se assemelharia ao do estádio do Maracanã. Apesar de ter ganhado
notoriedade recentemente, o problema remonta a 2018, evidenciando uma situação
de risco que se arrastou ao longo do tempo.
A situação no
local decorre de anos de exploração intensiva de sal-gema pela Braskem,
combinada com a localização das minas em uma área de falha geológica. De acordo
com o autor de Geografia do Sistema de Ensino pH, Augusto Neto,
o enfraquecimento do subsolo, resultante da extração prolongada, cria grandes
buracos, levando ao afundamento do solo. “Embora as informações detalhadas
ainda estejam em processo de investigação, é evidente que o agravamento da
situação não é apenas um fenômeno natural, sugerindo possíveis falhas nas
medidas de prevenção”, explica ele.
O histórico da
crise remonta à década de 1970, quando a Braskem iniciou a exploração intensiva
de sal-gema. “A extração prolongada, especialmente em áreas de falha geológica,
enfraqueceu o subsolo ao longo dos anos. Em 2018, isso resultou em rachaduras e
afundamentos nos bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro, deslocando milhares
de pessoas. A Braskem, responsável pela extração do sal-gema, essencial para a
produção de PVC, soda cáustica e cloro, encerrou as atividades na região após
esse acontecimento, iniciando ações de compensação para as comunidades
afetadas”, diz Augusto.
Segundo Augusto, por conta da extensão do problema, este assunto pode aparecer em vestibulares de 2024 sob o guarda-chuva de 3 temas: impactos ambientais, atividade mineradora e geologia. Todas essas questões envolvem impactos sociais e na natureza e a necessidade de gestão de recursos, por exemplo “Vejo isso evocando comparações com outros fenômenos, como os casos de Brumadinho ou do deslizamento de rochas em Capitólio atingindo as lanchas turísticas”, finaliza.
Augusto Neto, autor de Geografia do Sistema pH de Ensino, formado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ele tem mais de 15 anos de carreira como professor, com grande experiência em meio ambiente, e trabalho especializado com curso pré-vestibular e último ano do Ensino Médio.
Sistema de Ensino pH
www.sistemadeensinoph.com.br
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