Ter uma gestão embasada na entrega e geração de valor, com certeza, é o objetivo de toda organização. No entanto, para que essa meta seja atingida, é necessário traçar um fluxo corretamente, a fim de identificar quais as dores e problemas que precisam ser sanados, para que sejam conquistados resultados eficientes – algo que pode ser obtido através do Value Stream Mapping (VSM), ou mapeamento do fluxo de valor, em português.
Para entender a fundo o VSM, é importante destacar
que o conceito se deriva da técnica Lean – um método enxuto que utiliza somente
recursos necessários para a realização de um trabalho, evitando desperdícios
que garantem melhorias contínuas. Sendo assim, o Value Stream Mapping
trata-se do mapeamento do fluxo de valor, o qual, por meio do Lean, analisa os
desenhos detalhados dos processos, capturando as atividades-chave de processos
e eliminando aquilo que não adiciona valor ao produto ou serviço.
É importante enfatizar que o VSM pode e deve ser
utilizado independente do porte e segmento de determinada empresa, uma vez que
toda organização precisa de uma padronização dos processos. Um exemplo disso é
o caso da Providence St. Joseph Health, uma das maiores organizações de saúde
sem fins lucrativos nos Estados Unidos, que estava buscando maneiras de
melhorar a eficiência e qualidade nos atendimentos. Diante disso, ela aplicou o
VSM para mapear o processo de atendimento ao paciente desde a chegada até a
alta, até a administração de medicamentos, exames e procedimentos. Como
resultados, foram obtidos redução no tempo de espera e custos adicionais, até o
aumento da satisfação dos pacientes.
No entanto, mesmo destacando essa importância,
diversas empresas ainda acabam inibindo o seu potencial de desempenho pela
ausência desta metodologia. Isso é, temos um cenário no mercado em que as
empresas tentam localizar os problemas de gestão, mas esse apontamento acaba
sendo feito de forma superficial, sendo deixadas de lado questões mais
profundas que precisam ser sanadas. E a razão disso? A metodologia foi aplicada
de forma incorreta. Afinal, para que o Value Stream Mapping tenha o efeito
almejado, é necessário que alguns passos sejam seguidos.
Uma maneira efetiva de direcionar tais etapas é por
meio do Gemba, um conceito de origem japonesa que tem o intuito de
levar os gestores a estarem presentes onde acontece as atividades que geram
valor. Sendo assim, para que o mapa de fluxo de valor opere de forma coerente,
é necessário que, antes de tudo, sejam selecionados quais ambientes da
organização precisam dessa avaliação e, com isso, traçar quais são os objetivos
a serem conquistados.
Posteriormente, para deixar o processo mais
produtivo, é fundamental preparar a equipe para que se sintam à vontade para
participarem de todas as etapas. Assim, será aplicado o próximo passo, em que
são avaliados os processos para que seja compreendido como estão sendo
executados e localizar pontos de falhas. Todo esse caminho deve ser anotado e
os resultados devem ser compartilhados com o time, a fim de levar para todos
ampla compreensão daquilo que está sendo feito e como pode ser aprimorado.
Certamente, direcionar todo o processo do VSM não é
um caminho simples, uma vez que envolve toda a equipe e diversas áreas da
empresa, o que pode gerar dúvidas e incertezas. Neste aspecto, contar com o
apoio de uma consultoria especializada nesse tipo de abordagem dará toda
diferença no processo. Até porque, ter a presença de um time de profissionais
neste conceito irá ajudar a localizar quais as dores reais enfrentadas pela
empresa, analisar a fundo toda a cadeia de valor, entrevistar toda a equipe e,
por fim, chegar na solução final.
O VSM traz uma gama de benefícios para a
organização, pois trata-se de uma metodologia que une os times e os integra
como uma parte fundamental para o funcionamento do negócio. Além disso, os
ganhos do mapa de fluxo de valor também podem ser vistos na ponta final da
empresa, uma vez que, ao ter os processos bem alinhados, reduz desde o tempo de
entrega, até esforço operacional e desperdícios.
Levando em conta as atuais configurações de
mercado, as organizações que ainda não têm implementado um mapa de fluxo de
valor estão sujeitas a perderem espaço frente à concorrência, a entregarem
serviços com baixo valor atribuído, a cometerem falhas e eventuais prejuízos.
Por isso, para aquelas que almejam potencializar o seu
desempenho, investir no Value Stream
Mapping é a melhor opção, afinal, para se saber aonde quer
chegar, é necessário ter bem construído o mapa que irá guiá-las.
Viceri-SEIDOR
www.viceri.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário