A cúrcuma, conhecida em algumas regiões como
açafrão-da-terra, açafrão-da-índia, gengibre amarela ou raiz do sol, é o rizoma
da planta Curcuma longa, conhecida por seus benefícios medicinais que,
depois de seca e moída, se converte em uma especiaria de cor amarela/laranja
intensa. Os povos asiáticos têm utilizado-a há séculos, incorporando-a tanto na
culinária, quanto nas práticas tradicionais de saúde.
É o poder antioxidante e anti-inflamatório da
cúrcuma que tem despertado o interesse no campo científico internacional.
Grande parte da ação terapêutica da cúrcuma vem da da presença de polifenóis da
classe dos curcuminóides, que são os compostos bioativos mais presentes na
cúrcuma, representando cerca de 2 a 6% do conteúdo do rizoma e que também
proporcionam a cor característica da planta. A curcumina é o curcuminóide
majoritário no rizoma da Curcuma longa, representando cerca de
77% dos curcuminóides, e, por isso, é frequentemente associada a uma variedade
de benefícios à saúde, principalmente no que se refere ao tratamento de
processos inflamatórios. Este composto bioativo é objeto de estudos que
exploram ainda suas propriedades antioxidantes, cicatrizantes, cardioprotetoras
e, potencialmente, anticancerígenas.
A capacidade anti-inflamatória da curcumina advém
da sua ação sobre o fator nuclear kappa B (NF-kB), um regulador da expressão de
genes associados à resposta inflamatória no corpo. A inibição do NF-kB resulta
na supressão de várias moléculas pró-inflamatórias, contribuindo para uma
resposta anti-inflamatória. Ou seja, o composto atua modulando a resposta
inflamatória do corpo, mediante a diminuição da liberação de citocinas
pró-inflamatórias, proteínas ligadas ao processo inflamatório.
Além dos curcuminóides, a cúrcuma também possui
outros fitonutrientes que demonstram propriedades anti-inflamatórias positivas
para dores em articulações, estando associada, em particular, a benefícios da
osteoartrite.
Fora o impacto nas articulações, a cúrcuma revela
uma aplicação potencial no trato gastrointestinal. A curcumina pode ter um
efeito protetor sobre o estômago e se associa à redução dos riscos de úlcera
péptica e gástrica. A possibilidade de administrar a curcumina em jejum pode
ocasionar melhorias em determinadas situações relacionadas ao mal estar
estomacal, uma vez que este composto pode apresentar a capacidade de inibir o
crescimento da H. pylori, bactéria associada à gastrite.
No âmbito antibacteriano, a curcumina demonstrou
propriedades que protegem o intestino contra a formação de bactérias negativas
ao trato gastrointestinal, além de possibilitar a predominância de bactérias
boas na região, favorecendo a melhora do perfil da microbiota intestinal e,
consequentemente, melhora em vários processos metabólicos e prevenção de
doenças crônicas não transmissíveis.
Quando se trata de sua aplicação como agente
anti-inflamatório, é importante mencionar que a baixa biodisponibilidade da
curcumina pode ser um obstáculo. Ou seja, o corpo absorve uma fração mínima da
substância quando ingerida isoladamente. Entretanto, quando combinada com a
piperina, um polifenol encontrado na pimenta-preta, a absorção da curcumina
pelo corpo é ampliada.
Embora seja, em geral, considerada segura para a
maioria das pessoas quando consumida como parte da dieta, a cúrcuma e seus
suplementos não são isentos de contra-indicações e potenciais efeitos
colaterais. Indivíduos com distúrbios hemorrágicos, obstrução dos ductos
biliares, úlceras estomacais, ou que estejam em preparação para cirurgias, por
exemplo, devem usar a especiaria com cautela. Além disso, doses elevadas ou uso
prolongado de suplementos de cúrcuma podem provocar desconfortos gástricos e,
em casos raros, arritmias cardíacas.
Nesse contexto, a cúrcuma surge como um exemplo de
como a sabedoria tradicional e a ciência moderna podem convergir. Seu uso, da
culinária à farmacologia, evidencia a necessidade de continuar explorando, de
maneira responsável e fundamentada, os tesouros que a biodiversidade da
floresta oferece à saúde humana.
Cúrcuma ativada cultivada na
Floresta
A Viva Regenera oferece cúrcuma de origem
agroflorestal em duas versões: cúrcuma com gengibre e cúrcuma com pimenta.
Formulada apenas com ingredientes íntegros, o produto com gengibre aumenta a
absorção da curcumina pelo organismo sem causar desconfortos gastrointestinais
que a pimenta pode desencadear. Já a versão com pimenta é mais utilizada para
digestão e imunidade, já que a pimenta piperina aumenta em muitas vezes a
absorção da curcumina pelo organismo.
Cultivo agroflorestal
Cultivada no Sitião Agroflorestal, uma referência
na prática agroflorestal que transcende os métodos orgânicos tradicionais, a
cúrcuma da Viva Regenera é nutrida por um solo florestal rico e pela
coexistência de diversas plantas que se apoiam e se nutrem mutuamente. Esta
prática não apenas exclui o uso de pesticidas e agrotóxicos, mas também realça
o poder da cúrcuma graças à rica matéria orgânica do solo agroflorestal.
A cúrcuma ativada da Viva Regenera, disponível nas
versões com e sem pimenta, alia a sabedoria milenar à tecnologia moderna. O
foco da Viva Regenera é explorar os nutrientes da biodiversidade brasileira,
sem agredir o solo, inovando em alimentos com alta biodisponibilidade e boa aceitabilidade
quando consumidos.
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