Desastres naturais
têm desencadeado fenômeno psicológico que afeta muitas pessoas e as empresas
podem ter parte nissoDivulgação
Tensão muscular, taquicardia ou palpitação, medo
constante e enxergar perigo em tudo, insônia e alterações de sono. Esses são
alguns dos sintomas comumente relacionados ao transtorno de ansiedade. Agora,
eles podem também fazer parte de um novo tipo de ansiedade, ligada ao medo de
desastres naturais. A Associação Americana de Psicologia (APA, em inglês),
descreve a eco-ansiedade como “o medo crônico de sofrer um cataclismo ambiental
que ocorre ao observar o impacto, aparentemente irrevogável, das mudanças
climáticas gerando uma preocupação associada ao futuro de si mesmo e das gerações
futuras”.
Para a APA, a interiorização dos problemas
ambientais que afetam o planeta pode ter sequelas psicológicas, mais ou menos
graves, em algumas pessoas. Ondas de calor e incêndios, ciclones e tufões,
terremotos e maremotos, desmoronamentos pelo acúmulo de chuva, como o que
afetou recentemente a Serra do Mar, aumento da poluição, acúmulo de lixo.
"As informações estão cada vez mais disponíveis para todas as pessoas em
diferentes veículos e formatos: filmes, redes sociais, rádio, TV. Há comunidades
para todos os temas. As escolas estão tornando a conscientização sobre os
problemas ambientais com mais ênfase. A ansiedade já é desafio de muitas
crianças e jovens. Em muitos a compreensão sobre esses aspectos os torna mais
engajados e comprometidos com as com as decisões sobre o que e como consumir,
em outros, intensifica os níveis de ansiedade”, comenta Claudia Coser,
professora, consultora e CEO da Plataforma Nobis.
Para Claudia, o fenômeno da eco-ansiedade está
relacionado a maneira como esses públicos lidam com as decisões e ações da
sociedade como um todo. De toda a forma, as empresas estão cada vez mais na
vitrine desses públicos. “Esses públicos estão cada vez mais atentos ao que as
empresas fazem. Hoje, crianças e adolescentes, apesar de não disporem de poder
aquisitivo, influenciam, e em muitos casos, têm decisão de compra de produtos e
serviços nas famílias, "cancelam" empresas e em poucos anos,
decidirão em quais organizações desejam trabalhar."
Ativismo entre os jovens
Claudia acredita que as pessoas estão muito mais
alertas e que as redes sociais abriram espaço para que as pessoas se manifestem
a respeito de comportamentos empresariais que desagradam e podem. O ativismo
ambiental não está limitado a especialistas ambientais, ou ativistas populares.
Está no cotidiano, entre pessoas comuns, provocando mudanças nos modos de
consumo. E isso tem um lado positivo, regenerativo.
Mas é possível driblar a eco-ansiedade? Como
patologia, é necessária intervenção terapêutica. Do ponto de vista de prevenção,
a sociedade precisará encontrar novos caminhos. As empresas têm um papel muito
importante neste sentido, especialmente se estiverem dispostas a buscarem
transições para modelos de negócios, processos e operações cada vez mais
sustentáveis, responsáveis. "Será preciso co-criar soluções, envolvendo
cada vez mais os públicos com as inovações. Não basta comunicar, tem que fazer
participar".
Claudia reforça a importância do papel do
consumidor no momento de compra e aposta também no diálogo entre as partes. “Se
quiserem ser perenes, as empresas precisam estar atentas às demandas da
sociedade por um mundo mais sustentável e socialmente justo. Os gestores dessas
organizações podem dar um passo importante nesse sentido ao avaliarem os seus
processos e produtos à luz do ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e
governança). Será preciso equilibrar a equação: cuidar da vida do planeta, das
pessoas e da perenidade das organizações.
https://esg.nobisapp.com.br/
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