Medida da
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo orienta a suspensão antes de
procedimentos
A Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
implementou uma medida preventiva com a constatação do aumento no número de
pacientes em pré-operatório que fazem uso de medicações auto aplicáveis para
controle de diabetes, como o ozempic, trulicity, victoza e a saxenda, com
objetivo de emagrecimento. As medicações representam riscos no procedimento
cirúrgico, como a broncoaspiração, durante o processo de anestesia, e por isso,
dentro da Rede, os médicos passaram a orientar seus pacientes em pré-operatório
que suspendam o uso com a devida consulta ao médico que realizou a prescrição.
Procedimentos como endoscopia, ressonância magnética e cirurgia, são abrangidos
pela medida preventiva do São Camilo.
A broncoaspiração é a entrada de substâncias do
trato gastrointestinal, tais como alimentos e saliva, pela via respiratória.
Essa condição pode ocorrer pelo enfraquecimento dos músculos usados na
deglutição. É uma condição clínica com alto potencial de prejudicar o
funcionamento das vias respiratórias do paciente durante um procedimento
anestésico-cirúrgico.
Como medida preventiva, a Rede de Hospitais São
Camilo de São Paulo passou a orientar a suspensão de uso desses medicamentos
aos pacientes em pré-operatório. "Os fármacos análogos da GLP-1 alteram o
tempo de esvaziamento gástrico, podendo aumentar o risco de broncoaspiração
durante o processo anestésico. Desta forma, sempre que possível, sugere-se a
suspensão de tais fármacos antes de procedimentos com anestesia”, explica a
anestesista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Dra Adeli Alfano.
Procedimentos como endoscopia, ressonância magnética e cirurgia, são abrangidos
pela medida preventiva do São Camilo.
Para compostos como a Liraglutida (victoza;
saxenda), a recomendação de suspensão é de 48h antes do procedimento. Já para a
Semaglutida (ozempic) ou Dulaglutida (trulicity), a recomendação é de 10 dias
antes do procedimento. Na medida preventiva, o médico que realizou a prescrição
do medicamento também deve ser consultado antes da suspensão para avaliação da
possibilidade de suspensão.
Medicamentos como o ozempic são injetáveis e tem
alto custo, com preços a partir de R$ 800, e também tem atraído famosos, como a
apresentadora Jojo Todynho, que publicou um vídeo contando sobre sua
experiência com o ozempic, que utiliza o produto para perder peso. A prescrição
da medicação é feita de forma “off label”, quando se indica ao paciente uma
droga para um fim para o qual ela não foi aprovada.
O fármaco tem aval da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratamento da diabete tipo 2,
exclusivamente, e o uso para perda de peso é feito de acordo com avaliação
médica dos riscos e benefícios individuais, em conjunto com o paciente. É
importante ressaltar que o uso de qualquer medicamento deve ser feito com prescrição
e acompanhamento médico.
Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo
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