Imediatistas, impacientes, mimados e sem ambição profissional. Esses são alguns dos exemplos de como são classificados os membros da Geração Z. As discussões acerca do perfil desse público vêm ganhando força à medida em que cada vez mais este grupo vem preenchendo os postos de trabalho. E, tendo em vista as particularidades que permeiam essa geração, é necessário chamar atenção sobre a importância de preparar aqueles que serão os líderes de amanhã.
A Geração Z é formada por pessoas que nasceram
entre 1996 e 2010. Este público, no geral, é marcado por ter em suas
características o não conformismo, tendo amplo entendimento dos direitos que
possuem. Atualmente, são eles que vêm compondo os times das empresas e, segundo
o portal Business Insider, até 2025, deverão compor 27% da força de trabalho –
algo que vem acendendo um alerta de preocupação para alguns gestores.
É importante mencionar que mesmo a Geração Z sendo
rotulada de diferentes maneiras e considerada como a mais desafiadora, ela
também pode ser classificada como extremamente promissora para o ambiente de
trabalho. Independente do fato de que tenham características distintas das
gerações anteriores, como uma necessidade maior de feedbacks
constantes, maior preferência por ambientes colaborativos e uma demanda por
propósito em suas atividades profissionais, esses traços também podem ser
vistos como oportunidades para o crescimento e inovação nas organizações.
Contudo, um dos maiores desafios que permeiam esta
geração está no fato de que estes integrantes não almejam chegar ao topo.
Dentre as suas prioridades, destacam-se a flexibilidade e diversidade no
ambiente organizacional, ao qual não estabelecem nenhum tipo de fidelização
completa com a empresa, pois, uma vez não satisfeitos com esses aspectos, saem
em busca de novas oportunidades. Mediante a isso, cabe o questionamento: então,
como prepará-los para serem líderes?
Para isso, é essencial adotar uma abordagem
flexível e inclusiva, oferecendo programas de desenvolvimento de liderança que
se adaptem às suas preferências, como mentorias, rotações de emprego e projetos
desafiadores. Esses elementos podem ajudá-los a adquirir habilidades gerenciais
e a desenvolver seu potencial de liderança. Além disso, é fundamental
incentivar a diversidade e a inclusão em todos os níveis da organização,
proporcionando oportunidades iguais de crescimento e reconhecimento para,
assim, preparar efetivamente os membros da Geração Z para se tornarem líderes
influentes e motivados.
Ainda, também é fundamental que as empresas também
estejam abertas para aprender com os novos perfis que integram essa geração.
Isso porque esses jovens trazem consigo diferenciais que envolvem uma
mentalidade criativa, abordagem inovadora e disposição para desafiar o status
quo. Deste modo, as organizações podem se beneficiar ao adotar e promover uma
cultura que valorize a experimentação, a criatividade e a colaboração.
Além disso, não podemos descartar o atual cenário
da transformação digital que vem acometendo as organizações. Neste aspecto, os
membros da Geração Z têm uma afinidade natural com a tecnologia e podem ajudar
a impulsionar os avanços tecnológicos nas empresas, bem como a valorização da
inclusão e responsabilidade social, auxiliando no engajamento dos princípios de
sustentabilidade na corporação. E, ao acolher esses novos perfis de
profissionais e incentivar suas contribuições criativas, as organizações podem
se adaptar melhor às demandas do mercado atual e se manterem
competitivas.
Estes profissionais possuem claro os seus ideais e,
quando descontentes, saem em busca de uma nova oportunidade. Assim, reter esse
grupo é uma ação essencial para garantir a eficácia em toda preparação para a
liderança. Desta forma, as empresas também devem considerar a criação de um
ambiente de trabalho adaptável, que ofereça opções como horários flexíveis,
formatos híbrido ou remoto, e projetos multifuncionais, bem como estabelecer um
canal de comunicação aberto e transparente, incentivando o feedback constante e
proporcionando um ambiente no qual se sintam valorizados e ouvidos.
Em suma, a preparar a Geração Z para se tornarem os
líderes de amanhã dependerá de uma relação de via dupla, na qual os gestores
experientes e que já percorreram o "caminho das pedras" possam
contribuir para a construção profissional destes novos profissionais,
compartilhando conhecimentos, orientando esses jovens, e fornecendo insights valiosos
sobre a carreira e o desenvolvimento profissional.
Mais do que qualquer estereótipo, a Geração Z é
aquela em que, desde já, podemos vislumbrar o futuro. Portanto, é fundamental
que as organizações estejam alinhadas em transmitir para esse grupo
ensinamentos que possam ser aperfeiçoados, bem como integrar suas
particularidades em sua gestão. Estar aberto ao novo sempre será o caminho, mas
aceitar as diferenças continuará sendo aquilo que nos torna únicos.
Mayra
Oliveira - supervisora de pessoas e cultura na G2.
G2
https://g2tecnologia.com.br/
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