Especialista aponta as principais evoluções da
FIV ao longo dos anos
No dia 25 de
julho, comemora-se um marco histórico na medicina reprodutiva: 45 anos desde o
nascimento da primeira criança concebida através da fertilização in vitro
(FIV). Desde o nascimento de Louise Brown, em 1978, a técnica de FIV tem
passado por inúmeros avanços e transformações que possibilitaram a realização
do sonho da maternidade e paternidade para milhões de casais ao redor do mundo.
Reconhecida
como uma das maiores conquistas da medicina moderna, a FIV passou por notáveis
avanços ao longo do tempo. Desde a coleta de óvulos guiada por ultrassonografia
em 1982, que permitiu uma disseminação mais ampla da técnica, até a
desvitrificação de embriões, em 1998, quando ocorreu o primeiro nascimento após
a transferência de um embrião desvitrificado, aumentando ainda mais as chances
de sucesso da técnica.
Segundo Renato
Oliveira, ginecologista e obstetra especializado em Reprodução Humana, há muito
o que celebrar. “Nesses 45 anos, testemunhamos progressos significativos nas
tecnologias relacionadas à FIV, englobando equipamentos, meios de cultura,
medicações, avanço no conhecimento sobre doenças associadas à infertilidade,
além das estratégias terapêuticas”, afirma. O especialista ainda destaca os
principais marcos: “a utilização da Injeção Intracitoplasmática de
Espermatozoides, que trouxe esperança para casais com fator masculino grave; a
criopreservação de embriões para transferências futuras e o início do
Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (PGD), atualmente denominado Teste
Genético Pré-Implantacional (PGT), que permitiu uma avaliação mais precisa do
pré-embrião, detectando informações e algumas das possíveis doenças genéticas
antes da transferência”, explica.
De acordo com
o ginecologista, nos anos iniciais do procedimento, a limitação de técnicas de
videolaparoscopia para a captação oocitária, algo que necessitava de um
treinamento maior e de equipamentos específicos, além dos recursos restritos
dos laboratórios foram alguns dos desafios enfrentados, resultando em uma taxa
de sucesso baixa. “Atualmente, com a evolução tecnológica e o aprimoramento das
técnicas ao longo dos anos, por exemplo, com a modificação do descongelamento
lento para a desvitrificação, a chance de sobrevivência do oócito (gameta feminino)
e do embrião alcança, aproximadamente, 99% de sucesso”, conta.
Os avanços tecnológicos também possibilitaram que a FIV desempenhasse um papel fundamental no planejamento reprodutivo. Com a postergação da maternidade em decorrência do papel da mulher na sociedade e outras demandas, a preservação da fertilidade tornou-se crucial. A FIV tem proporcionado às mulheres e pessoas com útero a opção de planejar a família de forma consciente, aumentando as chances sobre o seu futuro reprodutivo. Nesse contexto, a Organon tem sido uma importante aliada no cuidado com a saúde feminina, oferecendo soluções que proporcionam um protocolo amigável e menos estressante para essas pacientes.
Quanto ao futuro da FIV, Renato Oliveira acredita que será promissor. “Haverá um avanço em técnicas de avaliações embrionárias não invasivas, seja por inteligência artificial ou por proteômica e metabolômica, além do desenvolvimento contínuo da farmacogenética reprodutiva, aprimorando ainda mais as taxas de sucesso e segurança dos tratamentos”, finaliza.
www.organon.com/brazil
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