A nova geração está transformando a maneira como as empresas operam e se relacionam com seus colaboradores. Com a chegada da Geração Y ou Millenials (nascidos entre 1982 e 1994) e da Geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) no mercado de trabalho, as empresas precisam se adaptar a novas necessidades para atrair e reter talentos. A gestora de carreira e CEO Madalena Feliciano explica as diferenças entre a nova geração e a geração anterior, o que as empresas precisam fazer para se adaptar à nova geração no mercado de trabalho, a importância de se adaptar à nova geração, a necessidade da nova geração de trabalhar a partir de um propósito pessoal e profissional e o que pode acontecer com as empresas que não se flexibilizam.
As gerações Y e Z estão cada vez mais presentes,
trazendo consigo particularidades e anseios diferentes das gerações anteriores.
Esses jovens cresceram cercados por tecnologias e recursos digitais, o que os
torna mais adaptáveis a diferentes plataformas e dependentes de tecnologia para
exercer suas atividades.
Diferenças entre a nova
geração e a antiga
A nova geração de trabalhadores é composta
principalmente pela Geração Y e pela Geração Z. Essas gerações diferem em
muitos aspectos da geração “Baby Boomers” (nascidos entre 1945 e 1964), ou
Geração X (nascidos entre 1965 e 1981), entenda:
1. Tecnologia
A Geração Y e a Geração Z cresceram em um mundo
digital e estão acostumadas a usar a tecnologia em todas as áreas de suas
vidas. No entanto, apesar dessa imersão aos meios eletrônicos, essas gerações
preferem as relações mais humanizadas, o que levanta a importância do apoio dos
líderes e boas relações no trabalho, que podem ser cultivadas através do
diálogo para gerar maior identificação com o local de trabalho.
2. Propósito
A nova geração busca um propósito no trabalho e
quer trabalhar em empresas que compartilhem seus valores e tenham um impacto
positivo no mundo.
Para entender melhor a mentalidade da geração Z, a
McKinsey realizou um estudo sobre os padrões de comportamento dessa nova
geração no Brasil. Entre os resultados, destacam-se a busca pela verdade, a
valorização da expressão individual, a evitação de rótulos, a defesa de
diversas causas, o diálogo para resolver conflitos e a análise pragmática.
Essas características influenciam a forma como a
geração Z enxerga o consumo, valorizando o acesso em vez da posse, a expressão
da identidade e o apoio a uma causa. Essa preocupação com o bem-estar,
diversidade e sustentabilidade é evidente nos comportamentos identitários da
classe.
3. Flexibilidade
A nova geração valoriza a flexibilidade no
trabalho, incluindo horários flexíveis e opções de trabalho remoto.
Além disso, as gerações Y e Z buscam benefícios que
vão além da descontração e do ambiente amigável, como maior apoio para a saúde
mental, jornadas flexíveis e oportunidades para o desenvolvimento de
habilidades. Esses jovens também estão mais interessados em empreendedorismo e
no desejo de ter seu próprio negócio.
Mas o motivo não é a dificuldade de se encaixar em
empresas já existentes, e sim a garantia de independência e sucesso financeiro.
Um ponto a favor para o sucesso é que são menos idealistas.
4. Inclusão
A nova geração valoriza a diversidade e a inclusão
no local de trabalho e espera que as empresas criem um ambiente de trabalho
inclusivo e colaborativo.
Segundo relatório da Deloitte, para 89% dos
participantes do relatório 2022 Gen Z and Millennial Survey afirmaram que as
empresas devem adotar ações que atenuem mudanças mais sustentáveis,
para 66% das pessoas entrevistadas o foco das empresas deve estar nas ações de
saúde emocional e bem-estar. Além disso, um ponto importante para as gerações Y
e Z é a associação a compromisso com um futuro mais ético e diverso.
5. Comunicação
A nova geração espera uma comunicação aberta e
transparente com feedback regular e oportunidades para se expressarem.
Para atrair e encantar as novas gerações no mercado
de trabalho, é importante que as empresas tenham um propósito bem definido,
permitam espaço para inovação, invistam em feedbacks e dêem mais voz e espaço
aos funcionários. A nova geração espera um retorno sobre o desempenho nas
atividades e valorizam a diversidade e inclusão em ações e projetos
participativos.
O que as empresas precisam
fazer para se adaptar à nova geração no mercado de trabalho
Madalena Feliciano enfatiza que é importante
considerar as seguintes estratégias:
- Cultura
de trabalho colaborativa e inclusiva: É importante criar um ambiente de
trabalho colaborativo e inclusivo, onde todos os membros da equipe se
sintam valorizados e possam contribuir com suas ideias.
- Oportunidades
de desenvolvimento profissional: As empresas devem oferecer oportunidades
de desenvolvimento e crescimento profissional, como programas de
treinamento, mentoria e coaching.
- Flexibilidade
no trabalho: É importante oferecer flexibilidade no trabalho, como
horários flexíveis, opções de trabalho remoto e em diferentes locais fora
do escritório, como espaços de coworking e sem jornadas excessivas.
- Cultura
de propósito: Criar uma cultura de propósito é essencial para que os
funcionários se sintam conectados à missão e valores da empresa e vejam o
impacto positivo de seu trabalho.
- Ambiente
de trabalho tecnológico: As empresas devem oferecer um ambiente de
trabalho moderno, com ferramentas e recursos digitais para facilitar a
colaboração e a comunicação.
- Comunicação
aberta e transparente: As empresas devem estabelecer uma comunicação
aberta e transparente, com feedback regular e oportunidades para os
funcionários se expressarem.
“Adaptar-se à nova geração no mercado corporativo é
vital para o sucesso das empresas a longo prazo. As empresas que conseguem
criar um ambiente de trabalho atraente e inclusivo para a nova geração podem
atrair e reter talentos valiosos, inovar e crescer de forma sustentável. Essas
empresas também podem melhorar sua reputação e imagem da marca, atrair
consumidores conscientes e aumentar sua rentabilidade a longo prazo.” Destaca
Madalena Feliciano.
As empresas que não se adaptarem às necessidades da
nova geração de trabalho correm o risco de perder talentos valiosos e ficar
para trás no mercado. Elas podem enfrentar dificuldades em atrair e reter
talentos, baixa produtividade e desempenho, perda de competitividade, imagem
negativa da empresa e redução da inovação. A falta de flexibilidade e adaptação
às novas metodologias pode afetar negativamente a empresa em muitos aspectos.
“As gerações Y e Z são uma força crescente no
mercado de trabalho e traz consigo particularidades e anseios diferentes das
gerações anteriores. As empresas que desejam atraí-los e mantê-los engajados e
produtivos devem entender sua mentalidade, investir em feedbacks, dar mais voz
e espaço aos funcionários e ter um propósito bem definido. Além disso, é
importante que as empresas sejam comprometidas com o bem-estar, diversidade,
sustentabilidade e investir na saúde emocional.” Finaliza Madalena Feliciano.
Madalena
Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers,
IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua
como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20
anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano.
Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas
para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira,
empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional,
hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach,
Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados
para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre
muitos outros.
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