Impressoras 3D fazem parte dos agentes aeroalérgenos
"Aeroalérgenos"
são as substâncias responsáveis pelas alergias respiratórias na infância. “No
Brasil, os ácaros domésticos são os principais culpados pela alergia. São
aracnídeos microscópicos que habitam os domicílios, sobretudo camas, cortinas,
tapetes e carpetes, constituindo um dos principais componentes da poeira
doméstica. Além deles, alérgenos de animais domésticos como cães e gatos, de
fungos responsáveis pelo mofo e de pólens (particularmente nas regiões mais ao
Sul do país com clima temperado) são importantes fatores para o surgimento e
persistência de quadros alérgicos”, explica Dr. José Roberto Pegler,
alergista e imunologista pela USP.
Segundo o médico,
as alergias mais comuns em crianças são a rinite alérgica, asma e dermatite
atópica, muitas vezes aparecendo de forma concomitante no mesmo indivíduo. As
alergias alimentares aparecem logo após, e vêm crescendo em prevalência nas
últimas décadas, assim como todas as doenças alérgicas em geral.
Além da poeira doméstica, o uso crescente de impressoras 3D, seja para uso pessoal em trabalhos escolares ou até uso profissional pelos adultos gera resíduos poluentes de nanoplásticos, que podem contribuir para crises de alergias respiratórias. “Já há relatos de exacerbação de asma devido a esta exposição, sendo este um potencial problema de saúde ocupacional no futuro”, pontua o alergista que também faz parte da equipe da Clínica Croce, centro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia, Reumatologia e Endocrinologia.
A exposição a alérgenos
domiciliares ou poluentes domésticos (substâncias químicas geradas por produtos
usados em casa, como cosméticos, materiais de construção, fumaça de cigarro
entre outros) gera uma fonte que inicia e perpetua as alergias respiratórias,
concentrando exposições em um ambiente onde passamos a maior parte de nossas
vidas.
Para os pais que
possuem crianças devidamente diagnosticadas com alergia respiratória, pede-se
restringir o quanto possível a exposição ao alérgeno associado, para melhor
controle dos sintomas. No caso dos ácaros domésticos, a retirada de carpetes e
tapetes, o uso de capas antiácaros nos colchões e travesseiros e a limpeza do
ambiente com panos úmidos e aspirador de pó com filtros adequados podem reduzir
a carga de alérgeno no ambiente. Também é essencial um ambiente
livre de tabaco, um dos principais fatores complicadores de alergias
respiratórias em crianças.
Os sintomas
dependem um pouco da característica da doença de base, mas é comum o surgimento
de espirros, coriza (secreção nasal) geralmente clara, obstrução nasal, coceira
no nariz e nos olhos. Quadros de falta de ar ou inchaços, apesar de mais raros,
demandam uma maior atenção e avaliação por profissional de saúde da maneira
mais breve possível.
As alergias
respiratórias possuem uma associação grande com a genética familiar, portanto, pais
alérgicos devem comunicar aos médicos estas informações para uma melhor
avaliação de seus filhos. “Hábito de vida saudáveis e medidas
como o aleitamento materno e ambiente livre de tabagismos colaboram para um
desenvolvimento com menos incidência de doenças alérgicas. É muito importante
identificar de maneira precoce a aparição das doenças alérgicas e de seus
desencadeadores, para poder auxiliar os pais no planejamento de controle e
prevenção das manifestações e tratamento de possíveis manifestações agudas”,
finaliza Dr. José Roberto.
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