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quarta-feira, 1 de março de 2023

Março Amarelo: mês da conscientização da Endometriose

Uroginecologista esclarece dúvidas sobre o tema

 

A endometriose se desenvolve quando o tecido da camada interna do útero, o endométrio, cresce em outros lugares, como ovário, trompas e órgãos pélvicos, fazendo com que a mulher tenha cólicas intensas e desconforto durante o período menstrual. Em casos mais graves pode ocasionar na infertilidade, comprometimento intestinal e aumentando o risco de câncer de ovário.

 

Segundo levantamento da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), a endometriose afeta 6,5 milhões de mulheres no Brasil e 176 milhões no mundo. Como março é o mês de conscientização da endometriose, a cirurgiã ginecológica, médica assistente da Faculdade de Medicina da USP do Setor de Uroginecologia, Dra. Débora Oriá, esclarece algumas dúvidas sobre o tema.

 

 

Sintomas

A endometriose pode ser assintomática, e nesse caso só é descoberta por meio de exames. Quando apresenta sintomas, são:  cólicas fortes, fluxo menstrual intenso, dor na hora da relação sexual e dor e sangramentos intestinais e urinários durante a menstruação.

 

Se as fortes cólicas no período menstrual vierem acompanhadas desses sintomas, procure um médico.


 

Diagnóstico

O diagnóstico de endometriose é confirmado após a realização de exame físico, marcadores laboratoriais (CA125) e exames de imagem, como ressonância e ultrassom com preparo intestinal. A doença é classificada em leve, moderada ou grave.


 

Tratamento

Após a confirmação de endometriose, o médico irá avaliar o caso, o histórico de saúde da paciente e escolher o melhor tratamento. O uso de medicamentos com hormônios que bloqueiam o endométrio, como os anticoncepcionais orais, são formas de tratamento, já em muitos casos há necessidade de cirurgia.

 

Fisioterapia e acupuntura podem ser indicadas para ajudar no controle da dor.

 

A endometriose não tem cura, mas pode ser controlada!


 

Alimentação

Manter uma alimentação equilibrada é importante para a saúde e pode ajudar a evitar e aliviar os sintomas da endometriose.

 

Inclua no cardápio alimentos ricos em ômega 3, como peixes e folhas verde-escuras, como couve, brócolis e espinafre. Eles atuam como anti-inflamatório, amenizando os focos de endometriose. Se alimente também de fibras, vitaminas B e C.

 

Além de manter uma alimentação saudável, evite café, frituras, carne vermelha e alimentos processados.


 

Atividade física

A atividade física pode ajudar na prevenção e no tratamento da endometriose, pois libera endorfinas, que têm efeito vasodilatador e analgésico.

 

Lembre-se

que o diagnóstico precoce e correto é fundamental. Visite seu ginecologista

pelo menos uma vez ao ano, e ao sentir os primeiros sintomas da doença, procure um especialista.

  

Dra Débora Oriá - se especializou em Cirurgia Ginecológica e Uroginecologia no Hospital das Clínicas (USP). Trabalha como médica da equipe de Uroginecologia do Departamento de Ginecologia do Hospital das Clínicas, médica preceptora da Residência Médica em Ginecologia do Hospital das Clínicas, ginecologista do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e obstetra do corpo clínico da Pro Matre Paulista. @dradeboraoria

 

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