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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Oncologista do Grupo Hapvida Notredame Intermédica explica sobre os tratamentos mais comuns para o câncer de próstata

 Hormonioterapia e radioterapia são os tratamentos mais indicados contra a doença

 

O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, perdendo apenas para o câncer de pele. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a previsão é de que sejam diagnosticados mais de 65 mil novos casos da doença em 2022. “A frequência do câncer de próstata é maior em pacientes com mais de 60 anos. Porém, há casos de diagnósticos em pacientes mais jovens, principalmente, se já ocorreram casos da doença na família. Isso pode gerar um grande transtorno para esse paciente, principalmente, na esfera sexual, quando é necessário que ele passe por um tratamento mais agressivo”, diz Francisco Miguel, oncologista da Medicina Preventiva do Hapvida Notredame Intermédica. 

O exame de PSA (Antígeno Prostático Específico) é o mais indicado para o controle e detecção da doença. “Trata-se de uma glicoproteína produzida pelas células epiteliais da próstata, encontrada em concentrações elevadas no líquido seminal e em menores concentrações no sangue de homens sem constatação da doença. Todos os homens possuem uma quantidade do antígeno no sangue, porém, em níveis baixos”, explica o oncologista do Hapvida Notredame Intermédica. 

O paciente ao apresentar sintomas urinários deve ser avaliado para a possibilidade de detecção precoce. “Os principais sintomas do câncer de próstata são: aumento da frequência urinária, diminuição do jato urinário e, inclusive, dificuldade para urinar. Mas estes sintomas ocorrer em tumor benigno (hiperplasia benigna da próstata). A partir daí, é iniciado o tratamento”, diz Dr. Francisco. 

O especialista ainda explica que, para pacientes mais idosos, pode ser realizado um acompanhamento do desenvolvimento do tumor, no qual o paciente fica em observação vigilante, sem a realização do tratamento. "Atualmente, outros tratamentos também são indicados, como a Hormonioterapia, que trata o tumor por meio de bloqueio do hormônio masculino, a testosterona. Há um avanço para esse tipo de tratamento. Nele, são aplicados medicamentos mais eficazes, que possuem a comprovação de que agem mais rápido. Na Medicina Preventiva do Hapvida Notredame Intermédica, podemos destacar o uso do Abiraterona, Enzalutamida e Apalutamida. Estudos recentes descobriram que, cada vez mais, a terapia hormonal possui agentes que reduzem a proliferação das células tumorais, aumentando a sobrevida do paciente, com melhor qualidade de vida, e diminuindo os riscos de efeitos colaterais, como problemas cardíacos e neurológicos", explica o especialista. 

Há também a possibilidade do tratamento ser feito por meio de cirurgia, em que é realizada a prostatectomia (retirada da próstata). Porém, quando a cirurgia é indicada, recomenda-se realizá-la de forma que não afete o paciente com o surgimento de efeitos colaterais, como a incontinência urinária e impotência sexual. 

A radioterapia também é uma opção e é feita com a finalidade de tratar a doença sem a remoção do órgão. “Essa forma de tratamento faz com que o tumor reduza o seu tamanho e sua agressividade. Após as sessões, é feito o controle com o PSA. Esse modelo de tratamento tem passado por modernizações, uma vez que, como a próstata está localizada próxima a órgãos como a bexiga e o reto, novas técnicas evitam que eles sejam atingidos”, diz o Dr. Francisco Miguel, que destaca que os tratamentos realizados na Medicina Preventiva do Hapvida Notredame Intermédica são realizados seguindo protocolos. 

Diante dos tratamentos disponíveis, é importante que o especialista converse com o paciente, para que ele decida qual o melhor tratamento a ser seguido. “Em alguns casos, os efeitos colaterais afetam muito mais o paciente do que a própria doença. Portanto, é importante essa troca entre as partes, para que se decida qual o melhor protocolo a ser seguido”, lembra o médico. 

Por fim, há também a quimioterapia, indicada quando o tumor não responde mais a hormonioterapia. “Se após a castração química, quando é feito o bloqueio da produção de hormônios, ou cirúrgica, com a retirada dos testículos, o tumor continuar se desenvolvendo ou, até mesmo, causando a metástase, é indicada a realização da quimioterapia. Atualmente, os medicamentos mais utilizados são o Docetaxel e o Cabazitaxel, que agem na regressão do tumor, melhorando a qualidade de vida do paciente. Outras terapias são indicadas quando o paciente apresenta metástases ósseas quando progride com os tratamentos instituídos, como a aplicação do medicamento Xofigo (Rádio-223)”, finaliza Dr. Francisco Miguel, oncologista do Hapvida Notredame Intermédica.

 

Superação 

Embora o câncer de próstata seja um problema comum que atinge diversos homens, a descoberta da doença ainda causa certo impacto em alguns pacientes e os levam a enfrentar alguns desafios. “Descobri a doença após notar alguns sintomas típicos, como a diminuição do jato de urina e a necessidade de ir ao banheiro mais vezes no decorrer do dia e da noite para esvaziar a bexiga”, relata Flávio José da Silva, de 68 anos, paciente do Hapvida Notredame Intermédica. 

Quando descobriu a doença, o professor universitário tinha 62 anos, realizou a prostatectomia radical convencional (aberta) de próstata e o tratamento com radioterapia, que durou um ano e nove meses. Hoje, com a constatação da cura, Flávio faz o acompanhamento no Qualivida da Hapvida Notredame Intermédica e diz que precisou enfrentar alguns desafios. “Durante o tratamento, precisei fazer uso da bolsa de colostomia e conviver com alguns efeitos colaterais, como incontinência urinária, impotência sexual, diarreia, aumento da frequência urinária, ardor ao urinar e sensação de bexiga cheia. Porém, me mantenho otimista e mais preocupado com a saúde”, relata. 

Com relação ao tratamento realizado no Qualivida, Flávio enfatiza que foi muito bom, com uma equipe prestativa. “Os profissionais usaram de empatia e foram bastante cuidadosos, reservando uma sala para que pacientes como eu pudeshsem realizar os tratamentos. Além disso, se mostraram bastante qualificados e, o mais importante, bem-humorados”, lembra o professor universitário. 

Para os homens que descobriram ou enfrentam a doença, Flávio deixa uma mensagem: “Tenha calma e pense que você irá vencer a doença e não é ela que o vencerá. Faça o tratamento de forma responsável, sem se prender ao tempo. Cuide da sua saúde mental, pois o fator psicológico é muito importante e, muitas vezes, é o que nos faz perder para a doença”, indica.

 

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