Na Semana Nacional
de Prevenção ao Câncer de Boca, especialista ressalta a importância do
acompanhamento odontológico
Anualmente são registrados aproximadamente 15 mil
novos casos de câncer de boca no Brasil. O mais frequente é o carcinoma de
células escamosas ou carcinoma epidermóide que representa quase 90% dos tumores
da boca.
De acordo com o Cirurgião-Dentista, especialista em
estomatologia e presidente da Câmara Técnica de Estomatologia, Dr. Fabio de
Abreu Alves, esse tumor se desenvolve no epitélio de revestimento da boca e os
locais mais acometidos são a borda da língua e lábio inferior. Outros locais,
como assoalho bucal (tecidos moles, sendo totalmente recobertos por uma mucosa
delgada, vermelha, translúcida e apresentando-se frouxamente fixada aos planos
profundos), gengiva, palato e bochechas também podem ser envolvidos”.
Outro tipo de câncer menos frequente, segundo Dr.
Fabio, é o adenocarcinoma, que pode originar-se nas glândulas salivares, tanto
nas glândulas maiores (como parótida, submandibular e sublingual) quanto nas
glândulas salivares menores. Os sarcomas são outros tipos que podem
também acometer a boca e são ainda mais raros.
Prevenção
Diante dessas manifestações, vale o alerta: as
consultas ao Cirurgião-Dentista são importantes também neste contexto, pois é o
profissional que descobre este tipo de doença nos pacientes que
acompanha. “Sem dúvida, todo Cirurgião-Dentista tem obrigação de examinar
completamente a boca de seus pacientes. Verificar todas as regiões da boca e,
se encontrar algo impróprio, orientar o paciente e indicar um estomatologista,
profissional especializado no diagnóstico das doenças da boca, caso seja
necessário. Importante ressaltar que a parte lateral da língua é a principal
região acometida pelo câncer de boca”.
Dr. Fabio destaca que é relevante apontar, também,
quais os sintomas desses cânceres de boca e a importância do acompanhamento
odontológico para evitar quadros agravados.
De acordo com o Cirurgião-Dentista, ainda hoje,
aqui no Brasil, mais de 70% dos pacientes com câncer de boca têm seu
diagnóstico realizado em estágio clínico avançado. “O diagnóstico do câncer de
boca na fase inicial tem sido uma tarefa árdua. Os profissionais devem avaliar
cuidadosamente todas as regiões à procura de placas brancas e vermelhas. Devem
estar atentos também para feridas que não cicatrizam em 15 dias”.
Na fase inicial, o câncer pode ter sintomas leves,
ou até mesmo não apresentar sintomas (dor), como frisa Dr. Fabio. Fumantes
e consumidores frequentes de bebidas alcoólicas devem ter cuidado redobrado,
pois possuem maior risco de desenvolver câncer de boca.
Fique atento aos principais sinais:
- Lesões
na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias;
- Manchas,
placas vermelhas ou esbranquiçadas na lingua, gengivas, palato (céu da
boca) ou mucosa jugal (bochecha);
- Nódulos
(caroços) no pescoço;
- Rouquidão
persistente;
Nos casos mais avançados, podem ser observados os
seguintes sintomas:
- Dificuldade
de mastigação e de engolir;
- Dificuldade
na fala;
- Sensação
de que há algo preso na garganta.
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP
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