- O estudo “Futuro do Trabalho
em Logística” afirma que o envelhecimento da população e a escassez de mão
de obra afetam as cadeias globais de abastecimento
- As gerações Y e Z estão
procurando empregos com tarefas menos repetitivas e ambientes de trabalho
mais flexíveis
- Com a COVID-19, muitas
empresas adotaram rapidamente novas políticas de RH e tecnologias de
trabalho remoto
A DHL, empresa líder global em logística, divulgou “O Futuro do Trabalho
em Logística”, seu mais recente relatório de tendências. No documento, a
companhia examina como o conceito de trabalho - funções, responsabilidades,
sistemas, cronogramas, ferramentas e ambientes - mudará na próxima década. De
acordo com o estudo, o setor de logística enfrenta uma crescente escassez de
mão de obra e uma guerra por talentos, o que faz com que as organizações
precisem implementar estratégias para atrair, reter, desenvolver e motivar os
trabalhadores na era digital.
Pela primeira vez na história, o número de profissionais nativos digitais
começa a superar os profissionais da era analógica, gerando uma aceleração na
mudança de valores corporativos. Conforme o relatório, a geração Y e a geração
Z estão impulsionando o setor de logística a atender às novas expectativas em
temas como sustentabilidade, diversidade e inclusão, bem-estar dos funcionários
e ambientes de tecnologia avançada. Com o aumento da digitalização e do uso de
automação e Inteligência Artificial (AI), o impacto é significativo em empregos
e locais de trabalho em indústrias em todo o mundo.
"O estudo apontou que 9 entre 10 entrevistados consideram que a tecnologia
tem sido útil para suas carreiras. Ainda assim, mais de 50% admitem ver a IA e
a automação como uma ameaça potencial", diz Matthias Heutger,
vice-presidente sênior e diretor de inovação global da DHL. “É uma grande
oportunidade para empresas e governos agirem de forma rápida e colaborativa
para aliviar preocupações, fornecendo estratégias transparentes e demonstrando
o sucesso de ambientes de trabalho que combinam esforços humanos e mecânicos”.
Os especialistas não preveem que o setor de logística irá migrar rápida e
drasticamente do trabalho humano para a automação completa. Provavelmente,
haverá um período gradual de mudança de mais de 30 anos em que a tecnologia
apoiará diversas funções exercidas por pessoas, em vez de competir com elas.
Além disso, permanece a questão da aplicação desigual de tecnologias em
diferentes países do mundo, com alguns implantando mudanças mais lentas ou
menos profundas.
“A digitalização já está mudando fundamentalmente a maneira como vivemos e
fazemos o negócio. A pandemia apenas acelerou a execução dos planos que as
empresas haviam imaginado. Presumimos que 30-35 por cento de todas as
atividades poderiam ser automatizadas até 2030. No entanto, acreditamos
firmemente que a maior parte de nossa criação de valor continuará a ser
fornecida por pessoas”, disse Thomas Ogilvie, diretor de Recursos Humanos da
Deutsche Post Group, DHL. “Não há dúvida de que certos empregos vão mudar, mas
o emprego vai ficar. O que isso nos diz é que a aprendizagem ao longo da vida é
mais do que nunca a chave para o sucesso na era digital".
Para criar este novo conceito de Futuro do Trabalho, é fundamental compreender
não apenas as forças motrizes por trás da tendência, mas também abordar as necessidades
e preocupações da força de trabalho. Por exemplo, a maioria dos entrevistados
disse que deseja realizar suas atividades no escritório em tempo parcial ou
integral, com 6 em cada 10 colaboradores querendo trabalhar remotamente pelo
menos uma vez por semana, em comparação com 5 em cada 10 que gostariam de
permanecer no escritório. As organizações da cadeia de suprimentos devem
considerar maneiras de tornar o trabalho flexível mais acessível por meio de
novas políticas e tecnologias de RH, como a teleoperação.
“É importante perguntar aos funcionários como se sentem e o que desejam.
Confiamos muito neste feedback para introduzir horários e ambientes mais
flexíveis e para desenvolver novas formas de trabalho habilitadas pela
tecnologia. Também nos concentramos em práticas de relações humanas, como
momentos que importam, para que os funcionários se sintam cuidados tanto
funcionalmente quanto emocionalmente”, acrescentou Sabine Mueller, CEO da DHL
Consulting. "A DHL Consulting tem o orgulho de ter contribuído para este
relatório e está confiante de que a indústria se beneficiará dos insights que
podemos compartilhar como um player global em logística com profunda
experiência em manter o mundo em movimento".
A história recente mostra que conhecer a ordem, magnitude e velocidade da
disrupção digital é a chave para implementar a resposta colaborativa correta
entre humanos e máquinas. Em questão de semanas, um vírus conseguiu iniciar
mudanças que normalmente levariam anos ou mesmo décadas para as organizações
adotarem. Com lojas e restaurantes fechados há meses, o e-commerce experimentou
níveis sem precedentes de crescimento globalmente, à medida que mais e mais
pessoas compravam online e negócios físicos tradicionais se juntaram à economia
online. Este crescimento no e-commerce também levou a um grande aumento na
demanda por mão de obra de logística para ajudar transportar e entregar bilhões
de pedidos feitos anualmente. Para atender à crescente demanda por logística,
aliviar a escassez de mão de obra e construir mais resiliência nas cadeias de
suprimentos, a COVID-19 acelerou muito a transformação digital da logística.
Leia o relatório completo “O Futuro do Trabalho em Logística” - Ao
todo, mais de 7 mil profissionais da indústria de logística e cadeia de
suprimentos foram ouvidos para discutir as oportunidades e desafios que
enfrentam. A primeira parte do estudo está disponível em formato digital. Para
ler, basta acessar
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