Deveres e desafios dos gestores com a saúde
integral dos colaboradores
A
Organização Mundial da Saúde apontou, em 2021, o Brasil como o país mais
ansioso do mundo e o segundo na classificação de diagnóstico de depressão. O
mesmo estudo mostra que 18,6 milhões de brasileiros sofrem com algum tipo de
transtorno de ansiedade. Aliado a isso, o Conselho Federal de Farmácias revelou
que a venda de antidepressivos e ansiolíticos têm aumentado cada vez mais.
Falar
de saúde mental não é apenas uma tendência que veio com a pandemia, ou um
assunto discutido no mês de janeiro com a campanha “Janeiro Branco”, mas é um
tema que deveria estar constantemente na pauta das empresas. Isso é o que
Eliane Ramos, presidente do Conselho Deliberativo da ABRH Brasil, defende.
“Todas essas informações vieram para mostrar que a saúde é o que temos de mais
valioso. Então, como teremos empresas que não cuidam da saúde dos
colaboradores? Digo a saúde integral: física, mental, social, espiritual e
financeira. Esse assunto é pauta das empresas, tanto que há organizações
criando diretorias de saúde e bem-estar para cuidar do seu maior patrimônio,
que são as pessoas”.
Eliane
explica que hoje há a conscientização do líder falar sobre suas dificuldades e
vulnerabilidades e isso deve incentivar os demais gestores a fazerem o mesmo e
a todos terem o mesmo cuidado. A Síndrome de Burnout foi classificada, a partir
de janeiro de 2022, como uma doença do trabalho, que é o estresse crônico e que
pode acontecer pela cobrança excessiva, horários irregulares, metas
impossíveis, relações desgastadas, ambientes tóxicos e inadequados.
“O
Burnout tem essa dimensão emocional e física e sabemos que esse estresse
decorre de uma gestão inadequada e insatisfatória da relação intra e interpessoal.
A pessoa que é diagnosticada com a síndrome não consegue administrar suas
tarefas e isso acaba aumentando o grau do estresse negativo, gerando o estresse
crônico, que compromete o desenvolvimento físico e mental desse profissional e,
claro, isso impacta diretamente sua produtividade. Homens e mulheres precisam
de um tratamento e cuidado e discutirmos essas práticas de bem-estar em um
ambiente corporativo é fundamental”, ressalta.
O
mundo está cada vez mais acelerado e pesquisas mostram que as empresas que têm
essa preocupação com o bem-estar do profissional, em média 80% das
organizações, possuem melhores resultados. “Sabemos o tanto que impacta nas
empresas os conflitos, problemas familiares, desalinhamento com a cultura,
cansaço, estresse, depressão, problema de relacionamento. Isso tudo sabemos que
é importante para a empresa. Qualquer programa de bem-estar representa um
investimento em tempo, claro, mas traz grandes benefícios. O reconhecimento da
saúde emocional é um fator fundamental para o engajamento dos colaboradores.
Ele vai promover uma saúde física, uma saúde mental, melhorando a
produtividade, elevando os resultados da empresa e é um tema extremamente
importante na área de RH”, finaliza Elaine.
ABRH
Brasil
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