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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

SAÚDE DOS OLHOS

 Médicos oftalmologistas orientam brasileiros sobre situações que trazem riscos para a visão

 

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) faz um alerta à população: é preciso estar atento para não colocar a saúde de seus olhos em mãos erradas. Para isso, a entidade que congrega mais de 20 mil médicos oftalmologistas colocou no ar um site no qual esclarece sobre cuidados que devem ser tomados ao se procurar ajuda para resolver queixas aparentemente simples. Para a entidade, uma escolha equivocada pode trazer consequências irreversíveis, pois complicações sem o devido tratamento podem resultar até em perda parcial ou total da visão. 

Para o CBO, a melhor forma de se proteger desses riscos está em contar com o apoio de especialistas qualificados e capacitados para atender pacientes com sinais e sintomas de problemas oculares. Nestes casos, um médico oftalmologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico do transtorno e indicar o tratamento mais adequado. Esta é considerada a principal recomendação.

“Com sua formação e a ajuda de exames específicos que maneja, o médico oftalmologista consegue identificar o que se esconde atrás do que aparenta ser possível de se resolver com o uso de lentes de grau. Esse quadro pode ser apenas a primeira manifestação de situações mais complexas, como catarata, glaucoma e retinopatia diabética”, conta o presidente do CBO, José Beniz Neto.

Responsabilidade - No site, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia explica que não médicos ou estabelecimentos que vendem óculos e lentes de contato não podem assumir a responsabilidade por uma prescrição médica para tratar doenças da visão. Pela legislação, eles são proibidos de atuarem dessa forma, o que, quando ocorre, põe os atendidos em situação de insegurança.

“Ninguém tem outorga para ocupar o espaço que por lei está reservado ao médico oftalmologista. Quando profissionais não médicos realizam o diagnóstico de doenças e a prescrição de tratamentos são casos de exercício ilegal da medicina”, pontuou o Cristiano Caixeta Umbelino, vice-presidente do CBO.

Em e-book disponibilizado para a população, no site, o CBO mostra as formas como a armadilha se fecha sobre o paciente despreparado. Geralmente, ele é atraído por anúncios em óticas na forma de oferta de um “exame de vista” gratuito. A partir do momento que o interessado aceita o convite, ele é inserido num enredo de indicações e recomendações que, na maioria das vezes, o faz sair da loja após comprar um par de óculos ou de lentes de contato de grau.

“As doenças oculares vão muito além da necessidade de se usar óculos. Existem doenças que também afetam a qualidade da visão, mas são muito mais complexas. Somente o médico oftalmologista pode avaliar os sintomas, fatores de risco, histórico familiar e realizar os exames adequados para obter um diagnóstico preciso”, salienta José Beniz Neto. O presidente explicou ainda que essa ação de esclarecimento envolve ainda uma série de peças que circulam nas redes sociais.

Diagnóstico - Segundo ele, nos atendimentos prestados em óticas essa avaliação não é realizada. Assim, o acesso ao diagnóstico correto é retardado, o que permite a evolução do quadro clínico, tornando mais difícil o controle da deficiência. O CBO alega que não há motivo para a ação de não médicos, em especial em localidades do interior. Pelo cálculo da entidade, o Brasil conta com número significativo de médicos oftalmologistas para atender a demanda dos pacientes, com mais de 20 mil especialistas distribuídos pelo País.

 

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