A incontinência urinária acomete uma a quatro pessoas, acima dos 40 anos, atualmente no Brasil. Para falar sobre o tema, a fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier explica sobre o assunto e traz dicas de como amenizar e tratar o tema de forma aberta e sem estigmas. Confira abaixo:
Para
começar a falar sobre o assunto, é importante entender que existem três tipos
de incontinência urinária: por esforço, por urgência ou mistos, que engloba os
dois casos anteriores. Os gatilhos vão depender do estilo de escape que cada
pessoa tem. Por exemplo, os gatilhos por esforço podem ser tosse, espirro, uma
gargalhada, quando a pessoa vai correr para pegar o ônibus ou precisa pegar
algo pesado do chão. Já os gatilhos por urgência envolvem situações em que dá
vontade, a pessoa fica muito apertada e precisa correr para o banheiro, como
por exemplo quando está colocando a chave na porta ao chegar em casa e vem
aquela vontade incontrolável ou ainda quando ouve aquele barulhinho de água.
Existem
uma série de fatores que podem levar as pessoas a terem incontinência urinária.
Desde alterações do corpo com o avanço da idade, o período de gestação e
pós-parto, ou outras questões como quem toma pouquíssima água, pessoas obesas,
problemas metabólicos, pessoas sedentárias ou as pessoas que praticam atividade
física em excesso. Todos esses pontos estão relacionados ao enfraquecimento do
assoalho pélvico e se essa musculatura perde força, elasticidade e a capacidade
de funcionar, o xixi escapa.
Para
fortalecer a região, o tratamento de primeira linha para as perdas de xixi é a
prática de fisioterapia pélvica, com o acompanhamento de um profissional da
área, onde o paciente aprende a usar a musculatura adequadamente, segurar os
escapes durante o dia a dia e relaxar quando sentar no vaso para a eliminação
total da urina.
Alguns
hábitos de vida que são importantes para evitar escapes de xixi:
Horário de beber água
Ficar o dia
todo sem beber água e tomar dois litros de uma única vez, vai sobrecarregar a
bexiga e pode promover escapes de xixi. O que você
pode fazer é evitar consumir líquidos até 3 horas antes de dormir e distribuir
melhor o líquido ao longo do dia.
Segurar o
xixi
É importante
ir ao banheiro frequentemente. Ficar segurando o xixi, vai te levar a uma
urgência, que pode gerar os escapes – lembrando que escapes são comuns, mas não
normais. O ideal é fazer xixi de 5 a 7 vezes durante
o dia, se você vai menos que isso, uma dica é colocar o celular para despertar
a cada 3 horas para você não se esquecer. Se, ao contrário, você vai muito ao
banheiro, tente aumentar progressivamente os intervalos entre os xixis. Por
exemplo: se você vai ao banheiro a cada 30 min, tente ir a cada 45 min, depois
a cada 1 hora, 1h15... até chegar a um intervalo de pelo menos 2h30.
Existem
alimentos que podem atrapalhar os escapes
Alguns
alimentos são irritativos para a bexiga, ou seja, eles fazem você ter mais
vontade de fazer xixi. Se você é uma pessoa que vai no banheiro toda hora e
chega a perder xixi se segurar demais, vale a pena evitar alimentos como frutas
cítricas e seus sucos, café, chá preto, chimarrão, adoçantes artificiais,
refrigerantes, bebidas gaseificadas e álcool.
Exercícios para controlar o assoalho pélvico
Cerca de 30%
das pessoas não conseguem fazer os exercícios de primeira. É muito importante
saber como é o funcionamento do assoalho pélvico! Para isso, é preciso tratar
seu corpo como sua principal casa e se conhecer. Que tal pegar um espelho e
olhar para a sua região íntima, explorar o autoconhecimento ao olhar pra essa
região com carinho? Isso faz toda a diferença.
Um ponto muito importante é lembrar que a incontinência urinária pode atingir qualquer pessoa, então temos que naturalizar esses escapes de xixi sem ter vergonha, afinal, os escapes são comuns, mas não são normais. Por isso é importante ter uma equipe multidisciplinar para tratar caso a caso e ajudar a melhorar a vida do paciente.
Essas e mais dicas fazem parte do “Treino Viva +
Mulher by Plenitud”, iniciativa que conta com três aulas online, gratuitas
e super fáceis de fazer e cocriadas pela fisioterapeuta pélvica Yasmin Xavier,
a educadora física Cau Saad, a professora de ashtanga yoga Beth Pedote e a
ginecologista e obstetra Andrea Gonçalves Menezes, disponíveis no canal do
YouTube Plenitud Brasil: www.youtube.com/PlenitudBrasil.
Todas as captações seguiram os protocolos de segurança
recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os vídeos com as aulas
estão disponíveis nos links abaixo:
Sobre os treinos Viva +
Mulher by Plenitud
Treino 1 – como reconhecer o assoalho pélvico e qual a sua
importância
Treino 2 – contração e fortalecimento da região pélvica
Treino 3 – como fortalecer ainda mais o assoalho pélvico e cuidar
do bem-estar
Plenitud®
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