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Passar
pela demência pode ser algo cruel para se passar, seja pelo próprio paciente
acometido pela doença, seja pelos amigos e familiares que acompanham a pessoa
demente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 50 milhões de
pessoas sofrem de demência no planeta. E, apesar de a doença ter, sim, um
componente genético, há estudos que mostram que determinados estilos de vida
incentivam o aparecimento precoce da demência ou contribuem para
desenvolvê-la.
Um
estudo publicado publicado no Journal of the American College of Cardiology,
que traz como principal autora Marta Cortes-Canteli, do Centro Nacional de
Investigações Cardiovasculares, na Espanha, mostra que alguns dos sinais
metabólicos da demência estão relacionados a alguns fatores de risco de doenças
cardiovasculares, como acúmulo de gordura nas veias e artérias. Isso implica
dizer que dietas majoritariamente gordurosas – e, portanto, não muito saudáveis
– podem contribuir para o surgimento da demência.
Vale
destacar que existem vários tipos de demência, tais como mal de Alzheimer,
demência vascular, doença de Parkinson, demência frontotemporal e demência com
corpos de Lewy. A demência é uma síndrome caracterizada pela deterioração
progressiva de funções cognitivas, sendo a mais comum dela a perda de memória,
linguagem e raciocínio.
Comer mal pode te levar a ter Alzheimer
O
estudo analisou cerca de 550 pessoas entre 40 e 54 anos, tendo participação
elevada de homens (82%) do Projeto PESA (Progression of Early Subclinical
Atherosclerosis – Progressão de Aterosclerose Subclínica Precoce). Entre os
participantes que tinham acúmulo de gordura e placas de gordura e cálcio nas
artérias carótidas e femorais – aquelas que ficam ligadas ao coração –, havia
também um metabolismo de glicose deficiente, em especial nas áreas do cérebro
ligadas a tipos de demência, como ocorre no mal de Alzheimer, doença que
acomete cerca de 60% a 80% dos casos de demência existentes.
Essa
constatação mostra que, antes mesmo de entrar na terceira idade, pessoas mais propensas
a doenças cardiovasculares também estão sujeitas à degeneração precoce dos
neurônios. De acordo com os pesquisadores, as áreas mais afetadas do cérebro
são aquelas ligadas à memória de curto prazo, linguagem, processamento visual e
aprendizagem.
Desta
forma, o estudo faz um alerta para que pessoas de meia-idade tenham bastante
cuidado com o estilo de vida levado, em especial para os riscos de ter uma
dieta não balanceada e sem prática de exercícios.
Como prevenir a demência?
Hoje,
uma série de estudos mostra que alguns hábitos podem prevenir ou retardar a
chegada da demência, estudados por profissionais formados em faculdade de enfermagem
e medicina. Entre eles, há bastante destaque para a prática de exercício físico
e adoção de uma dieta saudável e balanceada. Especificamente para manutenção do
cérebro, os especialistas destacam que o hábito de leitura e de jogos que
trabalhem a cabeça – sudoku, caça-palavras, quebra-cabeça, palavras cruzadas e
até mesmo videogames de lógica – também contribuem para a prevenção da
demência.
Outra
recomendação feita por médicos é diminuir o consumo de álcool, visto que a
bebida alcoólica comprovadamente traz danos permanentes às células cerebrais.
É
válido lembrar que os tipos de demência não têm cura, mas, sim, tratamento.
Sendo assim, investir na prevenção pode garantir uma velhice mais
saudável.
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