Estudo recente revela os hábitos comportamentais que serão mantidos pelos brasileiros no "novo normal"
Para diminuir fome,
98,8% continuará doando cestas básicas
Compra pela internet
e mais tempo com família mantém índice de continuidade maior que 90%
O Brasil chega aos 14
meses de quarentena, e o brasileiro teve que se reinventar e realizar uma série
de adaptações no seu dia a dia, adotando uma postura de mais cuidados com essa
nova rotina imposta, tanto no âmbito mental como no físico. Pensando nisso, a
Hibou - empresa de monitoramento de mercado e consumo - fez um estudo que
revela como serão os hábitos e comportamentos com a vacinação e o fim do
isolamento.
"De forma geral,
muitos hábitos bacanas serão mantidos assim que tudo isso terminar. Estamos de
fato vivendo de uma maneira diferente e, para uma boa parte dos brasileiros, as
compras pela internet continuará sendo muito utilizada. A saúde física e mental
seguem com peso maior nas prioridades do dia a dia, assim como a interação
maior com a família e pessoas que amamos. Empatia e ajuda ao próximo devem se
manter presentes, já que 98,8% das pessoas que doam cestas básicas vão manter
essa iniciativa após a fase de isolamento.", explica Ligia Mello, sócia da
Hibou, e responsável pela coordenação da Pesquisa.
Lar, Doce Office Lar
O home office foi uma
grande mudança comportamental no novo normal dos brasileiros, 57,7% dos
entrevistados trabalham em casa e 64,8% deles deve manter o mesmo regime de
trabalho no futuro. Uma parte de 81,1% fica grudado no celular o dia todo e,
desse total, 72% pretende manter o hábito.
Bate-papos virtuais?
Sim, eles ficam
As atividades e
ferramentas digitais de integração social, principalmente no trabalho e na hora
de se distrair, foram desde o início e ainda são importantíssimas para a saúde
mental da população nesses tempos difíceis.
Dos 80,6% que se
divertem com amigos no whatsapp, 97,8% continuará brincando nos grupos. Para
eventos online de lazer e negócios (56,2%), reuniões virtuais (57,5%) e
reuniões de família pela internet (39,3%), respectivamente, o valor de
continuidade dessas atividades é 84,3%, 83,4%, 63,5%.
"Foi muito
interessante para nós observar como o brasileiro conseguiu se adaptar ao
momento difícil e conseguiu compor uma rotina com hábitos antigos ajustados à
necessidade de reclusão, e, agora, a grande maioria têm tudo para continuar
fazendo parte do nosso dia a dia. Basta olhar para as altas porcentagens que
medem a intenção comportamental de manter essas atividades assim que for
anunciado o fim da pandemia. Novos hábitos, é claro, também continuam, como as
compras de mercado pela internet ou apps. Aprendemos muito e optamos por manter
o que nos deu mais facilidade na rotina ou resgatou atividades pessoais.", acrescenta, Ligia.
Compras com um clique
Muitos sentem falta de
sair de casa aos finais de semana para passear e fazer compras. Com toda essa
mudança, a compra pela internet se tornou a salvação para os varejistas
sobreviverem de portas fechadas e, é claro, para que os consumidores possam ter
acesso aos produtos de interesse. Dos 72,4% que fazem compras em redes de
varejo online, 95,6% continuarão no mesmo processo, assim como os que consomem
roupas e sapatos pela internet, dos 68,5% que possuem o hábito, 90,9% devem
seguir com o mesmo estilo de compra. A grande mudança ficou com o mercado, já
que aqui esse é um jeito totalmente novo de fazer compras e, dos 44,4% que já
adotaram essa modalidade, 80,2% continuam da mesma forma com o fim da pandemia.
Saúde virou prioridade
A saúde física e mental
tem um peso ainda maior quando toda a população mundial encontra-se em
isolamento social por mais de um ano. No Brasil, a pesquisa também mostrou que,
com índice de continuidade acima de 90%, no cenário pós pandemia, ainda serão
hábitos atividades como exercício físico ao ar livre (58,9%), tomar vitaminas
diariamente (58,3%), meditação (28,2%) e faxina residencial (91,6%). Dormir
mais (74%) e usar álcool gel diariamente (96,4%), continuará firme no dia a dia
para 82,9% e 88,5%, respectivamente.
Uma maioria de 98,5%
utiliza máscara em locais públicos fechados, mas apenas 60,7% continuará usando
com o fim da pandemia. Metade dos entrevistados praticam exercícios em casa e
76,8% deve manter o costume.
E o Entretenimento?
No setor de cultura,
para atividades que precisam ser feitas fora de casa, o cenário não é dos
melhores. Apesar de ser uma fatia pequena dos que possuem o hábito de
realiza-las de acordo com o novo normal, ou seja, de maneira online, como
visitar museus (21%), assistir à peças de teatro (16,2%) e fazer cursos
(64,2%), em todos os três casos, mais da metade continuará com a prática sem
cair de casa.
Os números são bons
para o streaming. Dos que assinam três ou mais serviços (41,9%), 79,5% deve
continuar com as assinaturas. Outras atividades devem se manter forte com o fim
da pandemia, é o caso dos que leem livros e revistas (99%), dos que fazem
maratona de seriados (96,8%), jogam pelo celular (94,2%), ouvem podcasts
(93,8%) e jogam games de console (88,85).
Conexão mais profunda
com a Família
Estar em casa, mesmo
com as necessidades e os desafios do dia a dia, nos fez nos conectar mais com o
nosso interior e famílias. A promessa do brasileiro nessa área é a de manter
todo esse ganho com o fim da pandemia. Para os que separam um tempo maior para
a família (96,5%), se conectaram mais com pais e filhos (90,5%), realizaram
pequenos reparos domésticos (79,9%), reservaram um tempo maior para hobbies
(83,1%) e fizeram trabalhos manuais (58%), para todos esses, o índice de
continuação desses hábitos ficou acima dos 90%. O cenário oposto ficou com as
aulas híbridas das crianças, dos 35,5% que mantém essa rotina, apenas 52,1%
seguirá o mesmo regime.
Metodologia
Um total de 2.824
brasileiros respondeu a pesquisa de forma digital, entre 25 e 31 de abril de
2021, garantindo resultado com 1,84% de margem de erro. A pesquisa engloba todo
o Brasil, níveis de renda ABCD e todas as faixas etárias.
Hibou
consumo. http://www.lehibou.com.br
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