Com a chegada do verão e das altas temperaturas é natural que as pessoas fiquem mais expostas ao sol, umidade, areia e piscina. Por essa razão, os cuidados com a pele precisam ser redobrados a fim de evitar as doenças típicas da estação. De acordo com o dermatologista da Santa Casa de Mauá Antonio Lui, no Brasil o risco de câncer de pele e algumas dermatites são mais elevados em razão do clima tropical. Estima-se que nessa época, há um aumento de 50% no número de consultas dermatológicas em todo o País.
A proteção envolve o uso de filtro solar - que deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol, inclusive nas mãos, orelhas, nuca, pés e reaplicado a cada duas horas; o uso de chapéu de aba larga; óculos de sol; roupa de proteção UV e evitar a exposição aos raios solares entre 10 e 16 horas. As crianças precisam de cuidados extras, já que a infância é o período mais suscetível aos efeitos da radiação, que se manifestarão na fase adulta.
O ressecamento da pele também é comum por conta da incidência solar e perda de água pela transpiração. Portanto, todo o organismo deve ser hidratado. A indicação é tomar entre dois e três litros de água por dia, além de hidratar a pele com cremes à base de ureia e vitamina E.
Segundo o dermatologista, o sol é fundamental para obtenção da vitamina D, ótima para o fortalecimento dos ossos. “Para um bronzeado saudável, invista nos alimentos com betacaroteno como cenoura, laranja, mamão, beterraba e manga. Os sucos dessas frutas contribuem para um melhor bronzeamento, ajudam na hidratação e são fontes de vitaminas”, explica.
A longo prazo, a exposição excessiva ao sol pode ocasionar sardas brancas, que surgem da ação acumulativa da radiação de forma prolongada e repetida. Já as manchas senis ou melanoses solares são escuras e aparecem nas áreas que ficam mais expostas, como face, dorso das mãos, braços, colo e ombros. Essas lesões são benignas e não evoluem para o câncer da pele. Entretanto, recomenda-se avaliação pelo dermatologista para diferenciá-las das suspeitas.
Os banhos muito quentes e demorados devem ser evitados, já que são prejudiciais à hidratação natural da pele e retiram a camada de gordura superficial, reduzindo a proteção natural. As cicatrizes devem ser protegidas, principalmente as mais recentes, que podem ficar escuras na exposição solar.
As pessoas de
pele negra têm uma proteção natural em razão da maior quantidade de melanina,
mas, não podem esquecer do protetor solar, pois também estão sujeitas a
queimaduras, câncer de pele e outros problemas.
Outra doença
típica do verão são as micoses - infecções causadas por fungos, os quais
atingem pele, unhas e cabelos, quando encontram condições favoráveis para o
desenvolvimento. A melhor forma de evitá-las é secar bem as áreas de dobras
como virilha, dedos dos pés e axilas; evitar andar descalço em pisos úmidos e
calçados fechados.
Vale prestar atenção nas brotoejas, pequenas bolinhas que surgem devido ao contato da pele com o suor, especialmente em bebês. Podem ser transparentes com pouca coceira ou avermelhadas com muita coceira. Para evitá-las, o ideal é optar por roupas leves e soltas, além de locais abafados que provocam a sudorese excessiva.
Muito recorrente no verão também é a acne solar, a qual é provocada pela mistura da oleosidade da pele, sudorese, uso do filtro solar e radiação solar. O ideal é lavar o rosto com um sabonete adequado para o tipo de pele, usar tônicos adstringentes e filtros solares com base aquosa ou em gel.
“Para curtir
o verão sem problemas também vale optar pelos sabonetes antissépticos, os quais
ajudam a eliminar as bactérias e outros microrganismos; não fazer depilação no
rosto e corpo no dia e na véspera da exposição solar, porque isto pode causar
manchas escuras; evitar os tratamentos de pele com laser e produtos químicos
durante o verão; esfoliar a pele uma vez por semana para eliminar as células
mortas e tomar banho de água doce quando sair da praia para retirar o sal e
areia”, sugere o especialista.
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