Em artigo acadêmico, autores exaltam a diminuição da desigualdade social na comunicação entre os discentes, além do aprendizado organizado e mais colaborativo como resultados positivos da adoção do aplicativo de mensagens
Um estudo acadêmico realizado em 2018 traz à tona o
debate sobre o ensino a distância de teorias exatas, como matemática, por
exemplo. No artigo, os autores José Claudio Oliveira e Juliano Schmiguel, ambos
docentes da Universidade Cruzeiro do Sul — instituição que integra a Cruzeiro
do Sul Educacional — mostram na prática como a adoção do WhatsApp como
ferramenta de ensino e comunicação com os estudantes pode trazer inúmeros
resultados positivos.
Baseados também na facilidade de acesso à internet
pelo smartphone, os professores identificaram pesquisas que mostravam
inicialmente a presença constante do celular no cotidiano dos alunos e das pessoas
em geral. No entanto, a aplicabilidade no ensino-aprendizagem de matemática
ainda não havia sido testada.
“Em geral, os jovens estão sempre sobrecarregados,
alternando-se entre diversas atividades. Como o conteúdo no aplicativo é
enviado por vídeos, mensagem escrita ou áudio, o aluno pode acessar como e onde
estiver, sem interromper suas atividades e fazendo melhor controle do seu
tempo”, explica José Claudio.
Até pouco tempo, avalia o autor, havia também forte
resistência ao uso do celular como ferramenta de educação. Sua presença em
salas de aula, por exemplo, era proibida e seu uso permitido somente diante de
urgência. Agora, com a pandemia de Covid-19 e a necessidade de se estudar a
distância, as vantagens do uso do WhatsApp na aplicação de matemática ficaram
evidentes.
“Um dos ganhos mais significativos foi a
aproximação do professor com os alunos, principalmente fora do alcance escolar.
Com esse tipo de comunicação, o estudante se sente individualizado, conectado,
tornando o aprendizado mais perceptível, amplo e profundo, além de estreitar a
relação professor-aluno", diz o autor.
Outro benefício observado foi a diminuição do tempo
de exposição do professor em relação ao processo tradicional. Com isso, os
desgastes naturais com disciplina, organização da sala de aula e conversas
paralelas durante as explicações tenderam a zero, de acordo com José Claudio.
“O número de exercícios e aplicações foram aumentados e, em consequência, o
aprendizado também. O tempo foi otimizado consideravelmente para ambos os lados
no processo de ensino aprendizagem”, complementa.
O projeto do artigo acadêmico foi embasado em
estudo realizado com alunos do Ensino Médio de São Paulo durante três semanas
de 2018. O artigo e pesquisa completos estão disponíveis no link.
Universidade
Cruzeiro do Sul
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