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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Pesquisa inédita do LinkedIn e Think Eva apresenta o ciclo do assédio sexual no ambiente de trabalho

 Projeto educativo criado pelo LinkedIn e Think Eva e intitulado "Trabalho sem Assédio", orienta como identificar casos no ambiente de trabalho. Mulheres negras e pardas e de baixa renda são as principais vítimas


 

O LinkedIn e a consultoria de inovação social Think Eva apresentam hoje o resultado de pesquisa que traça o cenário do assédio sexual em ambientes profissionais  on e offline. O resultado dá início a um projeto de promoção de um ambiente de trabalho seguro para mulheres dentro e fora da internet. A pesquisa inédita também priorizou a perspectiva racial e econômica para a busca de insights e traz como foco as mulheres, uma vez que o maior número de ocorrências se dá neste gênero. Entre os dados apresentados, uma em cada 6 vítimas pede demissão do trabalho após passar por um caso de assédio. 

 

A consultoria ouviu 381 mulheres usuárias de internet no Brasil para uma avaliação quantitativa e análise de percepção sobre como os casos de assédio são detectados e tratados. A análise ocorreu no início do ano, antes da pandemia instaurada por conta da Covid-19. De lá pra cá, o isolamento social não fez calar essa questão, ao contrário, enquanto muitos ambientes profissionais deixaram suas atividades presenciais, as mulheres continuaram sendo suscetíveis ao assédio no contexto online. O LinkedIn registrou, durante a pandemia, níveis recordes de engajamento, com crescimento 55% nas conversas entre os usuários na plataforma reagindo, comentando, compartilhando e respondendo a comentários. Com o incremento do diálogo, também houve manifestações de mensagens contendo assédio, cujos responsáveis são encorajados pela sensação de proteção que a tela do computador lhes dá. 

 

"Mais do que falar, queremos trazer a discussão para um nível de consciência e de quebra de um mercado profissional que pouco age em casos de denúncia. Temos como objetivo chamar lideranças empresariais e vozes relevantes nas redes sociais a assumirem um compromisso público e aberto de combate ao assédio no ambiente de trabalho, conclamando para a adoção de ações preventivas de contenção e proporcionando, assim, um ambiente mais seguro", afirma Ana Plihal, executiva de soluções de talentos e líder do Comitê de Mulheres do LinkedIn Brasil.

 

Mais de 95% das entrevistadas no estudo afirmam saber o que é assédio sexual no ambiente de trabalho, mas pouco mais de 51% falam com frequência sobre o tema. Neste universo de discussão, a maioria (54%) é de mulheres pretas ou pardas (seguindo nomenclatura oficial do IBGE) com renda entre dois e três salários, das regiões Nordeste e Centro-Oeste. Quase a metade das entrevistadas já sofreu alguma forma de assédio sexual no ambiente de trabalho (47,12%).

 

"O assédio sexual era, até pouco tempo, naturalizado e legitimado no ambiente de trabalho. Graças a muitas mulheres e campanhas comprometidas com tal questão, esse comportamento foi exposto à sociedade pelo que ele realmente é: uma violência de gênero que traz danos profundos e traumas irreversíveis para as profissionais. Mas, com esta pesquisa inédita, fica claro que os ambientes profissionais ainda encontram dificuldades em assumir sua parte nessa mudança cultural. Ao fechar os olhos para este problema, reproduzem  os mesmos comportamentos que, direta ou indiretamente, protegem o agressor e reforçam um cenário perverso em que ele, por sinal, é o único que não sai perdendo. A vítima é revitimizada e excluída do mercado, a própria empresa perde talentos e a diversidade de seu corpo de funcionários, e a comunidade segue vendo a violência ser perpetuada" , destaca Maíra Liguori, diretora de impacto da Think Eva.

 

O resultado mostra também que, apesar do aumento das conversas públicas sobre o tema, o entendimento sobre o que caracteriza assédio ainda é muito literal, associado à violência física apenas. Entre as consequências do assédio relatadas, as vítimas afirmam sentir raiva e nojo, sentimentos seguidos pela sensação de impotência e humilhação. Trata-se de um problema de larga escala (atinge uma em cada duas mulheres). 

 

O silêncio ainda é o maior desafio, apenas 5% das mulheres recorre ao RH das empresas para reportar um caso. O baixo índice de queixas está associado ao senso de impunidade, ineficiência de políticas internas e ao medo, além do sentimento de culpa pelo assédio sofrido. 

 

O levantamento mostra que, apesar de haver um debate da sociedade, no universo do trabalho, o que se vê é a reprodução de comportamentos que privilegiam o assediador e culpabilizam as vítimas. Perguntadas sobre quais caminhos podem levar a uma solução, as respondentes apontam:

 

·         Adotar tolerância zero para os casos de assédio denunciados

·         Responsabilizar os agressores

·         Monitorar constantemente os casos e as estatísticas

·         Ouvir e acolher as vítimas

·         Assumir publicamente o seu papel na luta contra o assédio

·         Atribuir maior responsabilidade às empresas para conter o assédio. 

 

A campanha de educação, cocriada entre o LinkedIn e a Think Eva, conta ainda com o lançamento de um vídeo para demonstrar quais comportamentos não são considerados profissionais e também peças onlines mostrando como denunciar esse ato antiprofissional na plataforma. O LinkedIn apresenta em sua ferramenta de denúncia uma opção dedicada ao registro de assédios como meio de garantir a segurança e privacidade dos usuários contra comportamentos indesejáveis.

 

Veja a pesquisa completa aqui


Vídeo da campanha




 

Metodologia

 

Este estudo, realizado pela Think Eva, contou com o recrutamento de entrevistadas do instituto NetQuest, no sentido de garantir uma amostragem científica representativa, sendo 414 respondentes e 381 entrevistas completas. A apuração possui 99%  de índice de confiança 7%  de margem de erro. (o Índice de confiança e margem de erro são calculadas com base no universo de mulheres de 18 a 60 anos que acessam a internet).

 

LinkedIn

www.linkedin.com

https://www.facebook.com/linkedinbrasil

https://twitter.com/linkedinbrasil 

 

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