Longe de ser um
bicho de sete cabeças, especialista em UX traz os passos que as empresas podem
adotar para acompanhar as mudanças do mercado
Já faz algum tempo que a tecnologia se tornou mais
do que essencial para o nosso dia a dia. Uma empresa que ainda não se adequou e
que se recusa a acompanhar os movimentos do mercado provavelmente será deixada
para trás. Pode parecer radical, mas dados que corroboram para essa análise não
faltam. Um relatório da Ebit/Nielsen mostrou que, durante os meses de
isolamento, houve um pico nas compras online, levando mais de 7 milhões de
novos consumidores ao e-commerce. A previsão, que era um crescimento de 18%
para 2020, saltou para 70% entre abril e junho se comparado ao mesmo período do
ano passado. A conclusão é que, segundo a pesquisa, há 41 milhões de usuários
ativos no e-commerce. Ou seja, fugir da digitalização pode sim representar o
fim de uma empresa.
“Ao empreender, é preciso ter em mente que o
mercado corresponde a demanda e oferta e se existe uma demanda digital forte, é
muito difícil que uma empresa se sustente sem ouvir e se adequar aos hábitos
das novas gerações. E vale lembrar, inclusive, que tem sido crescente o uso da
tecnologia por parte dos idosos, além de integrar e ressignificar as relações
de até analfabetos que, por meio de símbolos, conseguem se expressar para mais
pessoas. O primeiro passo, então, é não resistir às mudanças, pois elas são
importantes para o amadurecimento da organização”, explica Melina Alves, CEO e
fundadora da DUXcoworkers, empresa pioneira no Brasil a fazer das boas práticas
de UX uma cultura de trabalho.
Para quem ainda não está familiarizado, a
digitalização busca a eficácia e eficiência de processos internos da
organização, podendo ser ou não customizados. Ou seja, por meio das ferramentas
digitais existentes, as empresas podem abrir desde novos canais de comunicação
com os clientes, ampliando os pontos de venda, até tornar mais ágeis
procedimentos administrativos, financeiros e, se possível, de produção.
“Podemos entender a digitalização como uma não aversão à tecnologia e que tem
uma relação forte com a cultura organizacional. Ela faz parte das operações
internas e tem como objetivo dinamizar os negócios que envolvem toda a cadeia
de negócios”, complementa Melina.
A executiva da DUXcoworkers explica que traçar o
caminho ou opções de forma determinista está longe de ser o ideal, pois cada
empresa tem uma característica exclusiva sobre si. “Para mensurar o nível de
digitalização, é preciso ponderar a proposta de valor, qual tipo de produto
desenvolve, qual é o consumidor que quer impactar e entender que diversificar
canais de venda não significa necessariamente em se digitalizar totalmente. A
dica é investigar, mapear e fazer um diagnóstico dos valores da empresa, do
produto ou do serviço, de forma a entender toda essa operação para que ela
possa fluir de maneira harmoniosa com a jornada de compra do cliente”.
Não adianta, sob a óptica da profissional, a
empresa se esforçar para digitalizar uma entrega de produto ou serviço se,
‘dentro de casa’, a operação não flui. É preciso, portanto, como ponto de
partida, compreender e identificar as tarefas e funções de acordo com as
habilidades dos funcionários. Só a partir daí, investir em ferramentas que
correspondam à cultura e maturidade digital da equipe, para que todos possam
usar de forma confortável a tecnologia e saibam extrair números e resultados
que, de fato, auxiliem no crescimento da empresa. Se o cenário assusta, Melina
avisa: “o que está dando certo, de imediato não pode ser abandonado. Existe uma
curva de aprendizado, que requer tempo e esforço, portanto, é preciso ter
tranquilidade nessa etapa de evolução”.
DUXcoworkers
Nenhum comentário:
Postar um comentário