Modalidade mantém o participante estudando, garantindo renda e qualificação
Dados
recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística chamam a atenção.
No segundo trimestre deste ano, em meio à pandemia, o desemprego entre as
pessoas de 18 a 24 anos ficou em 29,7%, enquanto a média da população em geral
foi de 13,3%. Essa disparidade já ocorre há muito tempo e traz preocupação
sobre o futuro dos jovens. Existe alternativa?
A dificuldade pode ser melhor entendida quando analisamos o cenário educacional. Quase 60% dos alunos brasileiros entre 15 e 29 anos, em algum momento de suas vidas, conciliou trabalho com estudo. Os dados são de pesquisa do Ministério da Educação (MEC), Organização dos Estados Interamericanos (OEI) e Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
Não é fácil equilibrar uma rotina CLT com aulas, trabalhos e provas da escola e faculdade. Por isso, muitos acabam abandonando a formação para focar muito cedo apenas no labor. Isso gera profissionais pouco qualificados para competir no mercado e, consequentemente, resulta na falta de uma colocação.
Assim, o estágio surge como um conciliador da experiência prática, renda e educação. Afinal, ao mesmo tempo, proporciona a bolsa-auxílio, mas também determina uma carga limite de 6 horas diárias e 30 semanais na empresa, proibindo períodos extras. Portanto, é a melhor maneira de inserir as pessoas em formação no mundo corporativo.
É urgente priorizar a educação e políticas de inclusão dos jovens com a devida capacitação! As corporações são o ambiente ideal para isso. O estagiário poderá ver na prática o funcionamento de sua profissão, desenvolvendo competências técnicas e comportamentais. Além disso, os participantes trazem o frescor das novas ideias e dinamismo de pensamento às equipes. Vale a pena investir no estudante!
Carlos Henrique Mencaci - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios
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