Compostos ácidos
em excesso podem prejudicar os dentes
Se beber uma taça de
vinho era um regalo reservado a ocasiões especiais, a
pandemia ampliou esse conceito. O cenário inédito mexeu com o
comportamento do brasileiro e, em especial, em sua relação
com a bebida alcoólica. Segundo a Associação Brasileira de Estudos do
Álcool e Outras Drogas (Abead), houve um crescimento de 38% na venda
desses produtos pelas distribuidoras.
Em um momento em que as pessoas montaram os próprios “bares”
dentro de casa, as garrafas já não são apenas peças
de decoração. A necessidade de descompressão tornou a bebida uma
válvula de escape, que requer atenção e cuidado, visto que o seu consumo
prolongado pode causar efeitos maléficos para a
saúde.
Mas,
ao mesmo tempo em que certos tipos de bebidas podem
ser nocivos para a saúde bucal, manter atitudes simples de higienização ajuda
a prevenir não apenas as cáries, mas também problemas em
todo o corpo – inclusive, evitar bactérias que atingem o
sistema cardíaco.
De acordo com o sócio fundador
e diretor clínico da OrthoDontic, Edmilson Pelarigo, a ingestão de bebidas muito ácidas pode desmineralizar o esmalte
dentário. Uma vez que isso acontece, as estruturas internas ficam
expostas, aumentando a sensibilidade dos dentes e, nos
casos graves sem atendimento, podendo causar sérias infecções.
Se você curte tirar selfies e
sorrir sem preocupação, confira quais bebidas requerem mais cuidado ao serem
consumidas!
Álcool
Além de dissolver a camada de
cálcio pelo alto nível de acidez, o excesso de álcool reduz a quantidade de
saliva produzida, deixando os dentes mais desprotegidos e até causando
mau hálito. Os tecidos moles, como a gengiva, também podem ficar irritados – uma
porta aberta para infecções.
Por isso, quando ingerir
drinks alcoólicos, alterne com copos da água. Também é interessante acompanhar
na ocasião alguns aperitivos ricos em cálcio e fosfato, como queijos e
amendoim.
Energético
Uma pesquisa publicada
pela Academy of General Dentistry analisou mais de 10 marcas e os seus impactos na saúde bucal de
adolescentes. Para fazer o teste, eles submergiram o esmalte dentário
durante 15 minutos, quatro vezes diariamente, durante cinco dias consecutivos.
O resultado foi semelhante a escovar os dentes com ácido, relatou um dos
autores do estudo, Poonam Jain.
Quem não conseguir deixar de
lado as bebidas energéticas deve higienizar a boca após 30 minutos do
consumo, com pastas menos abrasivas. Nesse período, a saliva consegue
neutralizar o pH ácido da bebida.
Refrigerante
Cada vez mais presente na mesa
dos brasileiros, a sua composição é uma fonte rica em açúcar e ácido, grande
atrativo para as bactérias. A reação química, que enfraquece os dentes, começa
logo quando o líquido gasoso entra em contato com a boca.
Para evitar as cáries e erosão
dentária, o ideal é tirar a bebida do cardápio diário. Se esta não for uma
opção, o refrigerante não deve ser consumido sozinho, mas sim durante as refeições.
Dessa maneira, o fluído não ficará na boca por um longo período. Ao
finalizar, deve-se fazer um bochecho com enxaguante que
contenha flúor em sua composição.
Café
Para os fãs do sorriso branco,
a bebida é um grande obstáculo. Além de deixar um aspecto amarelado nos
dentes, se consumido frequentemente o café também pode prejudicar o esmalte
dentário, devido ao seu pH baixo. Para quem não consegue largar o hábito do
cafezinho, é interessante fazer um enxágue com água e comer uma maçã depois da
ingestão do café.
E, em caso de dor ou
desconforto, o ideal é buscar ajuda profissional!
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