Divulgação Grupo São Cristóvão Saúde |
Quando o indivíduo
aprende a amar a si próprio, aumentam suas chances de construir relacionamentos
mais saudáveis
Se amar e aprender a se colocar em primeiro lugar é
fundamental para estar bem consigo e com o(a) parceiro(a). Mas como fazer isso?
A psicóloga do Grupo São Cristóvão Saúde, Aline Melo, revela que parar de focar
em agradar os outros é um dos pontos-chave no desenvolvimento do amor-próprio.
“Ao contrário do que muitos pensam, o amor-próprio não é um egoísmo, a pessoa
que se ama trata os outros com mais amor também e possui vínculos mais
saudáveis”, frisa.
O amor-próprio, segundo ela, é essencial para a
construção de relacionamentos saudáveis. “Normalmente, quando pensamos em amor,
é comum associarmos este sentimento ao outro. Porém, é necessário refletir como
o amor está sendo projetado a nós e por nós”, explica. É isso que permitirá uma
conexão mais madura, com mais respeito consigo e com o outro. A psicóloga alega
que, ao fortalecer o amor-próprio, a pessoa terá mais condições de reconhecer
suas carências e inseguranças, evitando projetá-las no parceiro.
Como a falta de amor-próprio
afeta sua vida e o seu relacionamento
Sintomas como dificuldade de autoaceitação (tanto
em relação à imagem quanto a sua forma de ser), baixa segurança, dificuldades em
reconhecer suas qualidades e potencialidades, autocobrança, culpa excessiva,
medos acentuados e busca de estímulos reforçadores constantes advindos de
outras pessoas em forma de elogios, por exemplo, são indicativos de que a
autoestima precisa ser trabalhada. Seus efeitos, e consequente falta de
amor-próprio, tão nocivos para uma pessoa, podem ser ainda mais devastadores
quando entra em jogo um relacionamento amoroso.
De acordo com a especialista, não ter o
amor-próprio bem desenvolvido pode fazer uma pessoa permanecer em relações que
a agridem emocionalmente, pois como não tem o amor por si desenvolvido, não
consegue identificar aspectos que dão subsídios para se proteger, e até mesmo
se esquivar, de situações como esta.
Além disso, conforme fala a psicóloga, uma pessoa sem
amor-próprio também se relaciona de maneira menos saudável com o outro. “Nesse
caso, é possível que haja situações de maior carência emocional, ciúmes,
projeções e exigências ao qual o outro não poderá suprir, pois pode haver o
desejo de que o amor que não consigo dar a mim eu busque no outro ou exija do
outro, mesmo não sendo essa a função do parceiro em nossa vida”, salienta.
Para ajudar nesse processo de autoconhecimento e
desenvolvimento do amor-próprio, a especialista dá 5 dicas importantes:
- Trabalhar o autoconhecimento
Analise diariamente seus gostos, suas atitudes,
coisas que te fazem bem, te trazem prazer e coisas ao qual você não gosta ou
não se identifica. Estabeleça um caminho de dedicação em reconhecer quem você
é.
“Prestar atenção nesses aspectos e desenvolver este
amor com generosidade para conosco nos auxilia a ter parâmetros mais claros
sobre tudo que nos faz bem ou nos prejudica. Ter essa relação mais amorosa
conosco nos ajuda a qualificar melhor nossos vínculos e vivências”, diz Aline Melo.
- Buscar e fortalecer suas qualidades
“Diferentemente do que muitos pensam, o
amor-próprio e a autoestima não estão conectados apenas a situação de auto
aceitar-se a nível de aparência ou atitudes, mas sim uma conexão mais profunda
consigo, com suas habilidades e particularidades”, frisa. Por isso, é
importante identificar em si o que você executa bem, quais são suas conquistas,
desde as menores até as mais significativas.
- Observar suas relações
Busque focar em vínculos que te façam bem e tragam
uma sensação positiva. A especialista do Grupo São Cristóvão Saúde conta que as
relações podem tanto ajudar quanto destruir o amor-próprio, dependendo da
qualidade do vínculo. “Se for um relacionamento amistoso ao qual
potencialidades e qualidades são estimuladas e reforçadas e que os problemas
advindos são resolvidos com carinho e acolhimento, o amor-próprio e a segurança
podem se desenvolver ainda mais”, comenta.
- Cuidar da sua casa/ do seu espaço de trabalho/ do seu quarto
Estabelecer um cuidado para com seus ambientes
também produzem uma sensação positiva e de cuidado com você.
- Evitar a autocobrança
Tente diminuir diariamente a cobrança excessiva que
muitas vezes estabelecemos conosco. Amor-próprio está associado à maneira como
a pessoa se relaciona consigo mesma, o respeito, o cuidado, o carinho e a
atenção que destina a si própria.
Segundo a psicóloga, essas práticas, quando
cultivadas, ajudam a combater problemas decorrentes da baixa autoestima que
tanto afetam as relações. No entanto, quando a pessoa identifica uma
dificuldade de criar essa conexão consigo mesmo e com o outro, o recomendado é
buscar o acompanhamento psicológico, sobretudo quando há um sofrimento
emocional.
Ela explica ainda que, embora sejamos levados a
acreditar que o amor está na relação com o outro, é muito difícil desenvolver
um vínculo saudável com alguém quando não se buscou isso primeiramente dentro
de si. “O parceiro pode ajudar nesse processo, mas depositar no outro a busca
por um fortalecimento emocional que você ainda não conseguiu estabelecer
sozinho tem grandes chances de gerar uma frustração”, finaliza.
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