Imagens retiradas da internet |
Na grande maioria
dos casos, o Aneurisma da Aorta, seja no tórax ou no abdômen, apesar de
provocar poucos sintomas e evoluir de forma silenciosa, é uma doença grave
localizada na maior e mais importante artéria do corpo, cuja função é distribuir
sangue para todos os órgãos.
De acordo
com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), a
doença na porção abdominal do vaso é de três a sete vezes mais frequente do que
no tórax, sendo mais comum em homens, principalmente brancos.
Aneurisma de Aorta é uma doença caracterizada pela
dilatação anormal da aorta, com aumento do diâmetro em mais de 50% do seu
tamanho original. Esta enfermidade é mais frequente em pacientes com
aterosclerose, onde há acúmulo de gordura e consequente perda da integridade da
parede. A presença de fatores predisponentes como erros alimentares, fumo,
obesidade, diabetes mellitus ou vida sedentária, pode acentuar sua gravidade.
O aneurisma de aorta pode ser completamente
assintomático. Entretanto, o efeito da dilatação pode determinar compressão nas
estruturas adjacentes. Quando há compressão sobre o intestino podem ocorrer
sintomas como prisão de ventre ou diarreia. Quando há compressão das vias
urinárias pode haver maior predisposição a infecções urinárias.
Todavia, dor de forte intensidade, especialmente na
região posterior das costas, na região lombar ou ainda nos membros inferiores,
pode ser importante sinal de alerta, já que pode significar crescimento agudo
do aneurisma ou a sua rotura, e exigirá que o médico seja comunicado de
imediato.
O diagnóstico do aneurisma se baseia na história
clínica e exame físico do paciente, mas é confirmado por meio de tomografia,
ressonância magnética ou ultrassom. Uma vez diagnosticado, a decisão pelo
momento certo de tratar o aneurisma estará baseada no seu risco de
rompimento. Aneurismas com maior risco para rotura
apresentam diâmetro igual ou maior que 5,5 cm e/ou rápida progressão. Há
dois tratamentos possíveis: o cirúrgico ou o endovascular.
No tratamento cirúrgico, que é classicamente mais
conhecido e tem maior histórico de acompanhamento, realiza-se a abertura do
abdome, abordagem do aneurisma, costurando-se uma prótese nas paredes da aorta
acima e abaixo do aneurisma comunicando áreas normais.
O tratamento Endovascular é mais recente, porém
apresenta excelentes resultados, principalmente para pacientes com maior risco
de complicações. Nele, tudo é feito pelo interior dos vasos. Após a
punção de uma das artérias da virilha, uma prótese com esqueleto metálico e revestimento
sintético é posicionada, com suas extremidades fixadas nas porções normais do
vaso acima e abaixo, para excluir a dilatação.
A opção pela técnica endovascular deve considerar
se há maior risco clínico do paciente para se submeter ao tratamento cirúrgico,
como o observado em pacientes muito idosos e, principalmente, fumantes ativos
ou com doença pulmonar obstrutiva crônica descompensada ou alterações
cardíacas. Nestes pacientes, há real benefício, com menor risco de morte
no período imediato após o procedimento, além de mais curta e melhor
recuperação pós-operatória. Nessas situações o tratamento endovascular, menos
invasivo, é o mais pertinente.
Dr. Airton Mota Moreira, médico do CRIEP - Carnevale
Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa - especialista em Angiorradiologia e
Radiologista Intervencionista, iniciou sua formação no estado do Piauí,
onde completou graduação em Medicina no ano de 1990 pela Universidade Federal
(UFPI). Tem residência médica credenciada pelo MEC em Cirurgia Geral e Cirurgia
Vascular Periférica. Obteve o título de especialista em Radiologia
Intervencionista e Angiorradiologia pela Sociedade Brasileira de Radiologia
Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice).
Instagram:
@clinicacriep
Facebook: @criep.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário