Muitos casais que desejam engravidar não entendem
como ocorre o processo de doação de sêmen e isso pode, muitas vezes, ser um
empecilho para a concretização do sonho por conta da falta de informação. De
acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), toda doação de sêmen deve ser
anônima e sem nenhum tipo de envolvimento financeiro – ao contrário de outros
países, como os EUA, por exemplo, em que a identidade do doador pode ser
revelada. Ainda segundo o CFM, para poder realizar uma doação de sêmen, é ideal
que o homem tenha no máximo 50 anos e que ela seja feita de forma voluntária.
De acordo com o especialista em medicina
reprodutiva, Daniel Diógenes, a doação não pode ter caráter lucrativo ou
comercial. “As clínicas de reprodução humana não podem pagar a um homem pelo
sêmen doado, sob pena de irem contra as determinações da Resolução CFM nº
2.121/2015, o que é passível de punição”, disse.
As clínicas onde são feitas as doações devem
manter, permanentemente, um cadastro e uma amostra do material celular dos
doadores, de acordo com a legislação vigente. Mas quem vai receber o sêmen não
pode ter acesso a essas informações, sendo mantida em sigilo. “Essa doação é
anônima, ou seja, o sêmen tem que ser doado por alguém que não seja próximo ou
conhecido da pessoa que vai receber essa doação. Talvez essa realidade
mude no Brasil, tendo em vista uma nova resolução que pode sair ainda esse ano
envolvendo a questão da multiparentalidade, mas é algo que ainda precisa ser
estudado”, disse.
O diretor da Fertibaby e especialista em medicina
reprodutiva, Daniel Diógenes, ressalta que a prática de doação de sêmen deve
ser disseminada. “As pessoas costumam doar sangue para salvar uma vida, mas
precisam saber que doar sêmen pode ajudar a dar uma nova esperança de vida para
um casal infértil ou homoafetivo. Conhecer as regras e os pré-requisitos é o
primeiro passo para a realização dessa ação”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário