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Exportação pode
atingir novo recorde de 1,3 milhão de toneladas neste ano, aponta a Associação
Nacional dos Exportadores de Algodão
As perspectivas para o mercado de algodão
brasileiro são extremamente positivas. Com uma safra de 2 milhões de toneladas
e o consumo doméstico estável em cerca de 700 mil toneladas/ano, o desafio para
os exportadores de algodão, segundo o presidente da Associação Nacional dos
Exportadores de Algodão (Anea), Henrique Snitcovski, será atingir a marca
histórica de 1,3 milhão de toneladas embarcadas no período de julho de 2018 a
junho de 2019, o que representa o excedente desta safra.
De julho de 2018 a março deste ano, o Brasil já
embarcou cerca de 1 milhão toneladas de algodão em pluma, sendo que a China foi
o principal país consumidor, ao ser o destino de 38% deste volume (ver quadro).
“Acreditamos que durante os próximos três meses, que fazem parte do ciclo de
exportação da safra 2018, o Brasil irá exportar a maior parte do excedente da
safra e se tornar o segundo maior exportador do mundo”, diz Snitcovski.
Destinos das exportações do algodão brasileiro no acumulado de julho de 2018 a fevereiro de 2019 |
||
País |
Consumo |
Participação |
China |
332,052 |
37,9% |
Indonésia |
110,709 |
12,7% |
Vietnã |
123,08 |
14,1% |
Coréia do Sul |
38,974 |
4,4% |
Turquia |
46,148 |
5,3% |
Tailândia |
17,826 |
2% |
Paquistão |
26,974 |
3,1% |
Taiwan |
7,040 |
0,8% |
Malásia |
39,717 |
4,5% |
Bangladesh |
91,549 |
10,5% |
Outros |
41,264 |
4,7% |
Total |
875,153* |
100% |
Fonte: MDIC
Formatação: ANEA
Exportações de algodão em pluma por destino,
atualizados de Julho/18 até Fevereiro/19.
Ainda este ano, com a expectativa de uma nova safra
recorde pela frente, que pode atingir 2,8 milhões de toneladas de algodão em
pluma na temporada 2018/2019, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de
Algodão (Abrapa), o país terá o desafio de aumentar consideravelmente sua
participação no mercado internacional. “Além da qualidade da matéria-prima,
regularidade no fornecimento e planejamento logístico, é fundamental que o
Brasil se mantenha competitivo e presente nos principais mercados consumidores
para fortalecer o relacionamento comercial e estar à frente de novas demandas
de consumo das Indústrias Têxteis”, aponta Snitcovski.
Apesar das perspectivas positivas, há muito
trabalho pela frente, para que o Brasil não alcance apenas um recorde
temporário, mas efetivamente se consolide como segundo maior exportador
mundial, atrás apenas dos Estados Unidos, que lidera as exportações com mais de
3,5 milhões de toneladas no mesmo período. “A cadeia do algodão atua em
conjunto, através de grupos de trabalho, para o constante aperfeiçoamento dos
processos existentes e conquista de novos mercados”, afirma Snitcovski.
O último recorde histórico com a exportação
brasileira desta commodity foi de 1,03 milhão de toneladas, entre julho de
2011 e junho de 2012. Desde então, o volume embarcado oscilava entre 500 mil e
900 mil toneladas por ano.
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