Médicos atendem população gratuitamente na campanha Menos Pressão na
Mulher
Serão realizados quatro mutirões de saúde em pontos de grande
circulação: em 26 de abril, haverá mutirões da saúde para assistência gratuita
aos cidadãos na Estação Barra Funda da CPTM e no Conjunto Nacional, na Avenida
Paulista. Já em 17 de maio, as ações serão no Terminal Jabaquara – EMTU e na
Estação Santo Amaro- Linha Lilás do Metrô
COMO SERÃO OS MUTIRÕES
A hipertensão arterial pode atingir as mulheres em qualquer fase da vida, inclusive durante a gestação, sendo a principal causa de morte materna tanto no Brasil quanto no mundo.
Tendo esses fatores em vista, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) realizará, em 26 de abril e 17 de maio, a campanha Meça sua Pressão, que em 2019 recebe o slogan Menos Pressão nas Mulheres. Em 26 de abril, haverá mutirões da saúde para assistência gratuita aos cidadãos na Estação Barra Funda da CPTM e no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Já em 17 de maio, as ações serão no Terminal Jabaquara – EMTU e na Estação Santo Amaro- Linha Lilás do Metrô.
Médicos e demais profissionais da saúde estarão unidos contra a hipertensão. Haverá orientações sobre as melhores formas de prevenção, medição da pressão arterial gratuitamente, apoio psicológico em relação ao enfrentamento da doença, dicas nutricionais para manter a pressão controlada e também aconselhamento sobre a melhor atividade física para controle da pressão.
Dr. Luiz Bortolotto, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) destaca o valor da campanha:
“Por falta de conhecimento muitas vezes a hipertensão é negligenciada na mulher. É o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares que mais matam as mulheres. E na gravidez, em especial, é a doença que mais causa problemas, podendo inclusive levar a morte se não controlada adequadamente. Então procurar esses mutirões é aconselhável, já que lá serão feitos a medição da pressão e orientações de hábitos de vida para prevenir e controlar melhor a doença. A campanha serve como um alerta para as mulheres em geral, e também para as gestantes terem o conhecimento de sua pressão arterial”.
DADOS SOBRE A HIPERTENSÃO
Para o andamento tranquilo de uma gravidez, um dos pontos indispensáveis é o pré-natal desde o início da gestação, com um bom controle da pressão arterial. É essencial ainda que a futura mãe receba orientações médicas de quais hábitos saudáveis deve adotar como forma de prevenção para a ocorrência de hipertensão.
É importante destacar que a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia podem acometer também mães que não eram hipertensas antes da gestação, principalmente mulheres obesas, diabéticas e com antecedentes de hipertensão na família.
As complicações da hipertensão na gestação são responsáveis por 15% das mortes maternas no País, algo equivalente a uma morte materna por dia. Estima-se que, em nações desenvolvidas, entre 2% a 8% das gestações sejam impactadas com a doença e suas complicações.
No Brasil, a incidência pode chegar a 10%. O diagnóstico precoce e correto deve ser feito pelo obstetra, e os cuidados necessários para um bom controle da pressão tem de ser iniciados imediatamente. Ao menor sinal de alerta, é indicado o encaminhamento para uma unidade especializada.
Uma hipertensão não controlada pode levar a complicações e prejuízos para o feto, como seu desenvolvimento inadequado, levando inclusive o bebê a nascer abaixo do peso ideal e prematuro.
Contudo, mesmo diante de todas essas eventuais dificuldades, é possível ter uma gestação sem intercorrências, desde que seguidas as recomendações médicas. Com a pressão da mãe bem controlada, a criança poderá nascer saudável, no tempo certo e sem sequelas.
Além dos cuidados durante a gestação, as mulheres que apresentaram pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, ou mesmo aquelas já hipertensas desde o início ou antes da gestação, devem receber acompanhamento especial após o nascimento do bebê. Há várias evidências atualmente de que elas têm maior probabilidade de infarto, de acidente vascular cerebral no futuro e até de complicações da hipertensão. Outro detalhe relevante é que os bebês de gestações de mulheres hipertensas também têm maior possiblidade de se tornarem hipertensos.
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