Uma nova estratégia de combate ao mosquito Aedes aegypti está em fase
final de testes.
Uma nova estratégia de combate ao mosquito Aedes
aegypti está em fase final de testes. Trata-se do método Wolbachia, um
microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no
Aedes aegypti. Esse microrganismo reduz a capacidade de o mosquito transmitir
dengue, Zika e Chikungunya. A metodologia inovadora insere o Wolbachia
artificialmente em mosquitos para que eles se misturem à natureza e diminua o
número de casos dessas doenças, como explica o pesquisador da Fundação Oswaldo
Cruz e líder do projeto, Luciano Moreira.
“A ideia é liberar esses mosquitos que não são
geneticamente modificados na natureza e eles ao cruzarem os mosquitos de campos
vão passando a bactéria e a ideia tem uma população que não vai transmitir os
vírus que eles transmitem.
E é totalmente complementar com vacinas, com outras
formas de controle, inclusive com inseticida se necessário”.
Os municípios que participarão dessa etapa do
projeto são Campo Grande (MS), Belo Horizonte (MG) e Petrolina (PE). O anúncio
da etapa final de avaliação da Wolbachia foi feito nesta segunda-feira (15)
pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante evento em Campo Grande.
Serão investidos R$ 22 milhões. De acordo com o ministro esse teste vai servir
como base para outras cidades.
Devemos fazer, em breve, outras cidades para
colhermos os frutos com desenvolvimento. Isso vai envolver trabalho da
assistência para ver os números de casos, vai envolver trabalho de
entomologista que são os especialistas em analisar mosquito para saber qual é a
prevalência. A gente começa com um número pequeno, a gente vai vendo como é que
ele vai se multiplicando, como é que ele vai se adaptando, e isso envolve
agentes comunitários, armadilhas colocadas a campo e o monitoramento dos
casos”.
Essa estratégia é uma parceria entre a Fiocruz e
Ministério da Saúde, e é um método seguro para as pessoas e para o meio
ambiente. É mais uma medida para proteger a população das doenças como dengue,
chikungunya e zika. Mas lembre-se: o combate ao Aedes aegypti é
responsabilidade de todos. Por isso, vamos ficar atentos e eliminar possíveis
criadouros do mosquito.
Fonte: https://www.agenciadoradio.com.br/
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